Capitulo 5- Enviados para Matar

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Não consegui entender como eles conseguiram descobrir onde nos estávamos, a missão era totalmente secreta. O tutor de Maxwell escolheu nossa guilda para não levantar suspeitas. Tínhamos um traidor entre nós ou alguém estava sendo chantageado. Não demorou muito alguém bateu na porta, provavelmente eram os magos. O medo se apossou de mim, será que eu seria capaz de matar os 3?Mirian era muito mais rápida que eu, só consegui acerta-la por que ela estava de costas. Antes de abrir a porta me virei em direção a Max que naquele momento estava se debatendo tão intensamente quanto no dia anterior. Saquei minha espada e abri a porta. Senti uma faca penetrando minha malha e não encostou em mim por milímetros, ergui minha espada e a desci com toda a minha força no ombro de um deles. Antes que eu pudesse comemorar qualquer coisa um segundo me acertou no rosto fazendo um profundo corte ao lado de minha boca, ignorei a dor e enfiei minha espada na barriga dele, a puxei com raiva fazendo com que o corte se abrisse mais. O terceiro era mais esperto segurava uma lança e era rápido como nenhum outro. Primeiro limpei o sangue do meu rosto e logo após fui pra cima dele com a espada na frente de meu corpo. Ele desviou de maneira sublime depois disso recebi dezenas de ataques todos defendidos por mim. A luta se estendeu até o convés do navio, lá os empregados e toda a tripulação nos cercaram fazendo uma espécie de arena para a pudéssemos lutar. Eu já estava cansado e meu oponente não aparentava ter nenhuma fadiga e isso me deixou desesperado, era fato que eu não era tão jovem, mas meu despreparo físico chegava a ser ridículo. Tomei fôlego e fui em sua direção, outra vez o lanceiro se apoiou em sua arma e desviou de mais um golpe fazendo a plateia delirar. Antes de tentar me atacar outra vez se pendurou em sua lança e pegou impulso, veio como uma flecha em minha direção. Meu poder de reação foi reduzido à zero, ele acertou um golpe na lateral do meu abdômen. Sentindo o gosto de sangue dominar minha boca percebi que ele se afastou de mim apoiado na lança. Conclui que não era ele que estava me vencendo e sim sua arma, ele era dependente dela e isso era uma vantagem para ele. Dei uma nova investida, mas dessa vez quando cheguei perto mudei a rota de maneira brusca em direção a lança que nesse Ponto de transformou em duas com o corte que fiz. O semblante do meu adversário foi de soberba a indignação, ele percebeu que não conseguiria me vencer sem seu principal fator. Cheguei perto dele e o acertei na altura do peito. Cuspindo sangue ele se ajoelhou e abaixou a cabeça. Ergui minha espada e quando estava pronto para acabar com aquilo o monge de Gelo se virou e lançou um raio de energia contra mim, mas antes que pudesse me atingir outro raio entrou na direção dele, me defendendo. Naquela hora Max havia invadido o campo de batalha e salvado minha vida. Depois de um belo embate de pirotecnia dos dois Max saiu vitorioso. Todos inclusive eu ficaram assustados, depois disso recolheram os corpos e jogaram no mar. Magos além de serem temidos eram muito respeitados e com certeza ninguém iria nos incomodar depois do ocorrido.


-Eu sei o que pensa sobre magos, por isso não te contei. Espero eu tenha me perdoado se na fosse por mim você teria virado pó. -Disse Maxwell apreensivo e tentando se desculpar comigo.


"Acho que quando a magia é usada contra outro mago ela deixa de ser um pouco covarde.Converamos sobre sua mentira depois, por agora quero saber como você soube que ele iria jogar aquela bruxaria contra mim.


-Do mesmo jeito que soube que aquela moça tentaria me matar, com as minhas visões.


Já havia esquecido das habilidades de vidente de Max. De qualquer forma não posso confiar tanto nele sabendo que ele é um mago nossa relação tem que ser apenas profissional se ele não tivesse usado à magia dele para me ajudar não sei se continuaria a missão. Durante minha vida toda meu pai dizia para nunca confiar em bruxos, mas acho que ele nunca conheceu um talvez seja por isso que me dizia isso. Depois que refleti um pouco sobre Max, procurei algum trapo para cobrir meu ferimento. Ele não era tão profundo, mas o sangue saia cada vez mais. Acabei achando nas gavetas algumas ataduras e mesmo sem muita prática fiz um curativo envolvendo meu abdômen, cobrindo todo o meu ferimento.


O Guerreiro de YenukOnde histórias criam vida. Descubra agora