Noites de Inverno

Prólogo

Hello!!!

Pessoa, aqui é a Isabella de The Red Bow e a Cacau de From The day I saw you. Nós decidimos juntar as cérebros e escrever uma ficzinha bolinho, esperamos que vocês apreciem ❤

Aproveitem o prólogo, galerinha.
@shesmilawinezr e @aliittlelamb

Possíveis erros serão revisados e corrigidos depois.

Aaah!! As musicas dos capítulos serão postadas nas notas finais. Beeeeijo!

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"Fotografar é acima da arte de escrever imagens com luz. É eternizar momentos, sorrisos e lágrimas. Uma maneira de expressar o que se vê ou sente." Vinícius Aguiar.
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20 de janeiro de 1983. - Itália, Génova.

Mais um dia frio na pequena cidade de Génova. Os flocos de neve caiam livremente ao lado de fora daquela pequena casa, formando uma grande quantidade de neve nas ferragens que despencavam aos poucos até a porta de madeira velha. O frio daquela manhã poderia ser comparado a todos os outros frios que já ocorrera naquela época do ano. Mas, para Lauren, aquela manhã não era uma manhã comum.

Não é fácil passar pela dor de perder alguém. Não tem como fugir dos próprios sentimentos. Não tem como esquecer a própria dor, e Lauren enxergou uma forma que fazia seu coração se aquecer com um calor que há muito tempo não sentira.

O calor do amor.

Não um calor de amor entre ela e uma pessoa, mas o calor do amor enxergado em uma fotografia. Esse calor consumia cada fibra do seu ser. Uma sensação de plenitude e regozijo se firmara em seu coração sempre que conseguia expressar em uma simples fotografia os mais lindos momentos que muitas vezes os olhos naturais não enxergam.

Lauren levantou exatamente às 5:30 nessa manhã. O despertador antigo falhando em cada toque do alarme a fizera sorrir, pois para ela não há nada melhor do que as pequenas coisas em um dia como aquele.

Caminhou lentamente até o cordão em que pendurava suas fotografias e sorriu ao passar seus dedos em uma fotografia específica já seca.

Um casal de idosos sorrindo um para o outro no parque da pequena cidade. Os olhos de Lauren percorreram minuciosamente cada detalhe daquele registro. Era possível ver a cumplicidade daquele casal na forma em que o sorriso cansado do senhor de idade tinha um traço a mais. O traço do carinho.

Um sorriso sem mostrar os dentes brota nos lábios ressecados de Lauren pelo frio. Seus olhos mudam de fotografia e agora observa os pequenos detalhes de uma gestante acariciando sua barriga bastante desenvolvida devido a gravidez. O olhar de admiração daquela mulher ao ver a barriga esticada em suas mãos e o sorriso discreto em seus lábios mostrou à Lauren mais um motivo para prosseguir com suas fotografias. A felicidade.

Lauren retira as fotografias já secas do varal improvisado e as coloca em cima do pequeno armário ao lado de sua cama.

Com um último olhar direcionado para as fotografias, se ruma para o pequeno banheiro. Esse cômodo havia apenas uma privada e um chuveiro que não havia água morna.

Essa era a vida de Lauren.

Uma pequena casa de dois cômodos. Uma vida que para muitos era considerada uma vida pacata. Uma vida deprimente. Mas, poucos sabiam que era exatamente assim que Lauren se sente. Deprimida.

Lauren não é deprimida por causa de sua vida, muito pelo contrário. Ela é feliz com as pequenas coisas ao seu redor. Ela dá graças ao pão que come, ao café que bebe, ao ar que respira, aos cânticos dos pássaros e aos flocos de neve que cai.