Noites de Inverno

Euforia

I GAVE YOU ALL OF ME, MY BLOOD, MY SWEAT, MY HEART AND MY TEARS... WHY DONT YOU CARE? I WAS THERE, I WAS THERE WHEN NO ONE WAS... QUE HINOOOOOOOOOOOOOO!

EU VOLTEEEEEEEEEEEI! Nem demorei tanto assim, né babys? Eu atualizei O Inconsciente, quem não viu, corre lá!

Eu vou tentar correr com as fics porque preciso dar atenção pra esse bebezinho aqui que tem poucos capítulos ainda, então quando eu finalizar WUAL e O Inconsciente minha atenção vai ser voltada apenas para Noites de Inverno, então as atualizações serão mais frequentes, ok?

"@tuts_tuts (mai 25) "Noites de Inverno"(o título) me trás uma sensação de profundidade e ao mesmo tempo de poesia. Pressinto que essa fanfic vai se tornar ainda mais especial do que já é." Obrigada por esse comentário maravilhoso, muitas coisas bonitas e tristes irão acontecer com essa história, muita coisa eu quero passar para vocês. Agradeço quem acompanha-la.

Obrigada a todos os comentários e votos, vocês são lindos, viu?? Pra galerinha que pediu capítulos maiores: eu não gosto de escrever capítulos grandes porque eu como leitora também, fico com preguiça de ler e acabo me cansando da fanfic, então eu evito escrever muito. Todos meus capítulos são entre 2mil palavras e 2500. Porém, vou tentar  escrever mais, ok? <3 Aproveitem o capítulo, pois ele relata a realidade da época e sobre Genova, cidade onde nossa amada boemia vive.

"A câmera não faz diferença nenhuma. Todas elas gravam o que você está olhando. Mas você precisa ver. Você precisa sentir, precisa descobrir. " - Ernst Haas

2 de fevereiro de 1983. - Itália, Génova.

Já havia se passado dez dias desde o fatídico acontecimento e Lauren se sentia cada vez mais pra baixo, pois seus olhos não podiam contemplar a beleza da pequena garota que vira dias atrás. Sentia-se envergonhada. Ela foi humilhada diante da garota pela qual tanto sentia vontade de estar perto, e o pior, ela havia sido terrivelmente agressiva com suas palavras. Com um rugido sôfrego, tampou seu rosto com o travesseiro, abafando assim o mesmo grito. Sentia-se perdida, pois algo dentro dela pedia para desculpar-se, mas sua razão achava melhor manter a pequena garota longe de sua realidade. O que Lauren podia oferece-la? Dias e noites preocupadas se vai ter o que comer no dia seguinte? Um banho gelado na noite mais fria do ano? Não. Definitivamente, Lauren não queria isso.

Ela não conseguia diminuir esse sentimento que a sufocava dia após dia. Sentia-se culpada por ter permitido sentir afeto por alguém que a não conhecia, não sabia de sua vida nem do inferno que ela passa por ser assim.

Assim como? Pensou. Lauren é uma mulher, seus traços femininos marcantes são como registros de sua realidade. Mas, algo errado aconteceu em seu desenvolvimento hormonal. Uma genital masculina entre suas pernas. Por muitos e muitos anos ela havia negado a si mesma, ela não se aceitava como mulher, nem como homem. Por muitos anos ela viveu em uma confusão total, seus pais sempre tentaram o máximo proteger esse grande segredo da sociedade, pois poderiam matá-la. Não é fácil ser o que as pessoas querem que você seja, mas e quando nem você sabe quem realmente é?

Aos 17 anos, Lauren descobriu sua identidade. Ela seria mulher, mas ela seria uma mulher diferente assim como nasceu. Com roupas masculinas, com sua forma de tratar uma mulher com cavalheirismo, seu jeito de ser seria diferenciado, pois ela não é como as outras mulheres. Ela não é como Camila.

Levantou-se de sua cama e caminhou até o varal onde prendia suas fotografias para secá-las. Suspirou ao olhar o relógio quadrado que estava ao lado de sua cama, onde marcava em vermelho 05:00 da manhã. Ela iria para o Centro de Bolonha vender suas novas fotografias, estava ansiosa, pois precisava de dinheiro para comprar mais café e alguns pães.