A Ilha

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#Aviso: este capítulo contém cenas que podem ser ofensivas para algumas pessoas. Tem mais coisas aqui, gente!#

Um lugar escuro, úmido...uma cela de vinho! Ela sentia dor nos pulsos, estava acorrentada nos braços e pernas. Cheiro de bolor. Ouvia uma voz masculina de longe, uma risada diabólica.

Leonor acordou sentindo todo o corpo doer. Tocou o chão onde estava deitada, folhas macias a protegiam da areia. Meu Deus, havia sido atirada na água. Estava viva! Mas, como?
- Oi? Olá!!! - não obteve resposta.
As ondas quebravam mansamente, provocando um som tranquilizante. Pelo menos o tempo havia se acalmado.
Não havia sentido em caminhar sem rumo pela praia. Esperaria ali mesmo, certamente alguém apareceria. Deitou-se novamente na cama de folhas e ficou a aguardar por longos minutos até que finalmente ouviu passos na areia fofa. Sentiu um frio na barriga. A possibilidade de ser um total estranho a assustava.
- Graças a Deus você acordou, Leonor! Estava começando a ficar preocupado. - o tom de voz aliviado de Allister a confortou. - trouxe bananas e abacaxis. Também vi que há bastante lagartos e tartarugas na ilha, de fome não morreremos!
- Por quanto tempo estive dormindo?
- Bem, eu amarrei uma corda em sua cintura e tentei manter seu rosto acima da linha da água. Fomos arrastados sem rumo por um bom tempo, até sairmos da tempestade. O céu já começava a clarear quando avistei esta praia e nadei até aqui, então acho que isso dá umas cinco horas desde que chegamos. - ele colocou uma fruta na mão dela.
- Cristo...o que faremos?? - comeu um pedaço da banana, estava faminta. - como nos encontrarão??
- Eu juntei algumas folhas e galhos mortos no sol para que sequem se eu avistar um navio acendo uma grande fogueira, assim eles poderão nos ver e estaremos salvos! - ele disse, com naturalidade.
- E se nenhuma embarcação passar?
- Então viveremos confortavelmente nesta ilha. Tem água fresca e bastante comida. Posso construir um abrigo. Seremos felizes aqui, como Eva e Adão!
Ela arremessou uma casca de banana na direção dele.
- Não podemos nem cogitar isso! Não suportaria viver sozinha em meio a suas crises emocionais!
Ele riu, mas logo ficou bem sério.
- Leonor, me perdoe pelo meu escândalo no navio. Eu estava bêbado e enciumado. Perdi a razão e este comportamento insensato acabou nos trazendo aqui. E Booker...
- Exatamente, Allister. É ao pobre Booker que você deve desculpas. Ele não havia feito nada de errado e acabou recebendo sua ira cega.
- Assim que retornarmos eu pedirei um milhão de desculpas a ele... - baixou a cabeça, arrependido.
Leonor aproximou-se dele, sentando-se a seu lado.
- E então. Conte-me o que você descobriu aqui! Algum tesouro enterrado? Uma civilização Canibal? El Dorado? - ela perguntou, animada.
- Sinto decepcionar, não vi nada disso. Mas encontrei uma cachoeira. Onde você poderá se livrar de todo este sal.
Ela se levantou.
- Mas é justamente o que eu preciso!
Ele se ergueu também e passou o braço pelo dela.
- Eu indico o caminho.
Andaram por alguns minutos até que Leonor começou a ouvir o som característico da queda d'água.
- Allister, pouco antes de você chegar eu tive um sonho.
- Algo a ver com seu passado?
- Parece que sim. Foi muito confuso. Uma adega e correntes...uma risada macabra. Pode ter sido apenas uma peça da minha mente, mas foi tão real... até mesmo os detalhes do lugar me eram claros e...me sinto tão frustrada por não me lembrar de mais coisas...
Ele a abraçou.
- Não se force. Tudo vai ficar claro quando for a hora. Tenha paciência... - ele a soltou. - Vou deixá-la a vontade. Se precisar de alguma coisa me chame e eu virei correndo.
Leonor o segurou pela mão.
-Fique comigo. Não há nada em mim que você já não tenha visto. - ela corou. - Acha que eu não sei que você me trocou no dia em que cheguei?
- Sim, é verdade. Você me descobriu...
- Então pode ajudar a me despir... - ela virou-se de costas, oferecendo a ele os cordões que prendiam o corpete.
Allister desfez os nós lentamente, com habilidade. Soltou a peça de roupa dos ombros dela, que caiu revelando o corpo desnudo de Leonor. Estava bem mais curvilínea, os quadris tomavam uma forma arredondada e as nádegas alvas formavam um relevo convexo, perfeito para ser apalpado. Allister sentiu-se enrijecer imediatamente. Se ela soubesse o quanto ele a desejava, o quanto queria adormecer e acordar do seu lado. Ele queria...queria muito mais do que apenas sexo. Desejava esta mulher para completar a sua vida! Mas a paranóia desenvolvida na juventude estava tão enraizada em seu ser que ele acreditava não ser merecedor de tamanha felicidade.
Ela virou-se de frente, cortando a linha de pensamento dele.
- Não é justo! Você pode ver-me, mas eu não posso fazer o mesmo!
- Mas você pode me tocar, se quiser...
- Ele pegou as mãos dela e as espalmou em seu rosto.
Leonor traçou com as pontas dos dedos as pálpebras emolduradas por cílios longos, o nariz e os lábios que beijavam suas palmas. Desceu pelo pescoço, por cima do pomo de adão, chegando ao peito amplo e musculoso. A pele tinha algumas cicatrizes, troféus de batalha. Contou mentalmente os gomos dos músculos do abdômen e seguiu a trilha de pêlos logo abaixo do umbigo até a barra da calça. Ela não podia ver, mas ele a devorava com os olhos, louco para tocá-la, mas esperando sua vez, controlando o desejo que ameaçava explodir dentro dele.
Leonor desabotoou o cós da calça e desceu as mãos, seguindo as covinhas formadas pelos músculos na altura dos quadris. Tocou-lhe o membro enrijecido, envolvendo-o com a mão e acariciando.
Allister soltou um gemido baixo, sôfrego. Era como se a simples carícia das mãos pequenas e inexperientes o deixasse fora de si. Tomou-a em seu colo, entrando na água fresca que formava uma piscina natural que lhe cobria até um pouco acima da cintura. Sem deixar de solta-la ele baixou a cabeça, tomando nos lábios um mamilo, depois o outro enquanto massageava carinhosamente as nádegas macias. Abaixou-se e largou Leonor, derramando água sobre os cabelo curtos dela e sugando a curva do pescoço, em seguida introduzindo o dedo em seu interior, como fez no Forte.
Ela agarrou o agarrou pelos ombros, cravando as unhas em sua carne e com a outra mão estimulava também o membro enrijecido. Foi ela a primeira a chegar ao orgasmo, contraindo-se ao redor dos dedos do amado.
Allister a ergueu no colo mais uma vez, apoiando as costas delicadas contra uma imensa pedra no lago e penetrando-a lentamente.
Leonor sentiu-se preencher por dentro enquanto movimentava os quadris, estimulando-o. Ele não pôde mais conter a ânsia que tinha em si. Estocava com força enquanto ela arranhava suas costas, balbuciando palavras sem sentido.
Ela quase protestou quando ele saiu de dentro de si, mas logo percebeu o que ele pretendia. Virou-a de face para a pedra, segurando-a pelos quadris e voltando a penetra-la, beijando-lhe a nuca exposta e sussurrando obscenidades em seu ouvido. Não demorou muito até que ele aumentasse o ritmo de seus movimentos, jorrando o liquido quente dentro dela.
Os dois ainda ficaram unidos por alguns segundos, recuperando o fôlego. Quando Leonor virou-se de frente para Allister foi surpreendida por um abraço apertado e terno, ele afundando o rosto na curva de seu pescoço.
- Fique comigo, Leonor. Fique à meu lado para sempre.

Do Mar(FINALIZADO - Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora