Classificação 12 anos.
É importante pois contém cenas fortes.
Obrigada!
O casal estava saindo de casa no dia em que aconteceu o acidente. Um dia após o Natal, Marinette praticamente obrigou Adrien à leva lá para tomar café da manhã fora. A garota não colocou o cinto e, no cruzamento, um carro cinza bateu de frente com o veículo que eles estavam. Os paramédicos chegaram quase cinco minutos depois do acidente, Adrien estava bem graças ao Air-Bag, mas Marinette... Acabou com o corpo gravemente ferido, morreu na hora. Seu corpo foi jogado para frente, quebrando o vidro do carro.
Adrien ficou hospitalizado durante quase um mês. Fizeram de tudo para Marinette sobreviver... Mas não foi possível. O impacto foi forte demais. Seu corpo foi praticamente quebrado por completo...
- Marinette - Sussurrou Adrien, enquanto se movia na cama de hospital.
- Ele está acordando! - Gritou a enfermeira e chamou o médico, que logo se aproximou com os equipamentos necessários para um exame rápido.
- Sr. Agreste? - Perguntou a enfermeira.
- Deixe-o, Daniela. - Disse o médico, enquanto examinava o coração do garoto e acompanhava as frequências no monitor.
- Tudo bem. - Respondeu a enfermeira, se afastando da cama.
- Adrien, está me ouvindo? - Perguntou o médico.
O garoto ouvia a voz do médico distante. A luz, que esticou uma única mão para dar a ele uma chance de viver, ofuscou seus olhos. Ele precisava voltar, não poderia deixar a pessoa que ama sozinha nesse mundo cheio de perigos. Ele queria viver ao lado dela, para sempre.
O garoto agarrou aquela mão que o puxou, inundando-o de luz e esperança.
Adrien abriu os olhos. Tentou falar algo, porém apenas um ruído saiu de sua boca. Ele voltou. Estava vivo.
-... Água - Sussurrou. Sua voz saiu arrastada.
- Água Enfermeira! Rápido! - Ordenou o médico.
A enfermeira rapidamente pegou um copo de plástico e colocou uma boa quantidade de água, se dirigiu até o garoto e levou o copo até seus lábios.
- Beba. Está tudo bem. - Sussurrou a enfermeira.
Adrien engoliu o líquido rapidamente, seguido de ima tosse irritante.
- Está tudo bem com ele, Doutor? - Perguntou Daniela, preocupada.
- Sim. Precisamos ficar atentos, apenas. - O médico se afastou da cama, verificando rapidamente os batimentos cardíacos.- Onde... E-Ela está? - Sussurrou o garoto tentando se levantar da cama. - E-Eu q-quero vê-la!
- Acalme-se. - Pediu o médico.
- Doutor, se não for pedir demais, poderia deixa-lo comigo por alguns minutos? - Perguntou Daniela com as mãos entrelaçadas na frente do corpo.
- Mas... - O médico suspirou, confirmando com a cabeça. - Se precisar de algo, chame. Não hesite.
- Sim Senhor. - Confirmou Daniela.
Rapidamente o médico se virou e saiu da sala. Daniela sentou-se na poltrona ao lado da cama do garoto, enquanto sua mão direita pousava em seu cabelo e acariciava o mesmo.
- Eu sinto muito, mas preciso te dizer uma coisa, querido. - Sussurrou. - Eu estou aqui para o que você precisar, só quero que saiba disso. Não irei deixa-lo só. Eu prometo.
- V-Você está me assustando. - Sussurrou o garoto, assustado.
- Eu... Estava com sua namorada há alguns dias atrás. - Sussurrou Daniela, juntando coragem para dizer a ele o acontecido.
Tinha medo de sua reação, mas também queria contar a ele. Queria ficar ao lado dele se por acaso ele precisar chorar. Ela era a pessoa qualificada para isso naquele momento. Só faltava coragem.
- Então ela... Saiu do hospital? - Sua face iluminou com um breve sorriso.
- Não exatamente... - Sussurrou. Criou coragem e soltou o ar. - Ela morreu Adrien.
O mundo do garoto começou a desabar. Descascar, lasca por lasca, até não sobrar nada para ele se apoiar e aguentar o sofrimento que seu coração estava para suportar. Adrien caiu em um choro doloroso e intenso. Cheio de rancor. De arrependimento.
Eu... A matei? Eu a matei. Eu... Meu deus, ela morreu.
Adrien se condenava com seus pensamentos, cada vez derramando mais lágrimas. Não via mais o chão sob seus pés. Deixou-se deitar na cama novamente e seu rosto acariciado pela enfermeira. Ela também estava sofrendo. Sofria cada vez que precisava dar aquela notícia ao paciente próximo a vítima ou quando presenciava as cenas. Sentia-se pressionada. Queria poder ter salvado aquela vida.
- Vai ficar tudo bem, menino. Ela está melhor lá. Ela está feliz. - Sussurrou Daniela.
- Ela está morta. Por que ela não me levou também?! Você não entende! Eu não vivo sem ela! - Gritou o garoto.
O médico, do outro lado da parede, ouvia tudo atentamente. Foi ele que cuidou do caso. Que desistiu de faze lá reviver. Talvez ele seja egoísta ou realista pelo fato de não haver mais esperança diante da situação.
- Eu sinto muito. - A Enfermeira repetia.
Adrien desistiu de chorar. Desistiu de sentir dor, desistiu de viver. Afinal, ele só lutou pela vida graças a ela. Ele poderia estar fazendo um ato egoísta consigo mesmo, pois ele só tinha 25 anos, ainda tinha muito que viver, mas não valia a pena sem ela. Ela era a luz que iluminava seu caminho. Ela era a esperança que ardia dentro do peito. Ela era a luz que nunca se apagava. E ele a perdeu.
- Daniela, pode me fazer um favor? - Sussurrou.
- Claro o que quiser. - Sussurrou.
- Me mate. - Sussurrou Adrien enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. - Dobre os remédios, o soro, faça qualquer coisa. Só me mate. Eu preciso viver ao lado dela.
Daniela deixou escapar uma lágrima, agarrou as mãos do garoto e se aproximou.
- Nunca! Nunca vou te matar! Não posso fazer isso! Você ainda tem muito que viver, eu sei que consegue superar... - O garoto a interrompeu.
- Eu não vivo sem ela. Não entende? Eu a amo. Muito. Incondicionalmente. Não posso... Viver sem ela. Entenda, por favor. Faça isso. - Sussurrou.
- Mas...
Adrien fechou os olhos.
Ela sabia que não poderia fazê-lo mudar de ideia. Queria tentar mais uma vez, ou mais um milhão de vezes, mas sabia que não adiantaria. Confirmou com a cabeça e se levantou, se aproximou do remédio e rapidamente aumentou a dose. Minutos depois ele já tinha ido.
Daniela sentou na cadeira com as mãos na cabeça, frustrada. Torcia para que ele acordasse novamente amanhã já calmo e com os pensamentos no lugar, mas duvidava muito disso.
O livro está disponível fisicamente💜🌹🌻
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Eu Sem Você
Fanfiction#19 em conto: 22/11 #30 em conto: 31/10 Começo: 27 de Outubro de 2016. Término: 20 de Novembro de 2016. - Um dia você terá motivo para passar a acreditar, como eu tive, e até lá estarei aqui para te guiar. - Ela acariciou as asas da borboleta, faz...