"O amor não é apenas um fruto de coisas que acontecem a nossa volta e tem relação com a pessoa que está próximo a nós, é algo além, é um sentimento que cura e transforma. "
- Desconhecido.
Estava com medo no início. Medo de me apaixonar outra vez, medo de ferir os sentimentos dele. No começo eu estava seguindo esse caminho por pura curiosidade, depois eu realmente vi como Adrien Agreste era. Marinette tinha toda razão em se apaixonar por ele durante sua estadia nesse mundo.Adrien foi liberado hoje do hospital. Pedi demissão por assuntos específicos que envolviam minha tia e sua possessão pela área da medicina, que por acaso nunca foi uma coisa que eu gostei de fazer.
Levei Adrien para minha casa, antes paramos em uma lanchonete de esquina e pedimos um cappuccino e um café normal para viajem. No meio do caminho Adrien contou-me um pouco sobre sua vida e como ela ficou de cabeça para baixo depois do acidente.
"Eu te conheci numa época boa, Dan. A época que eu mais precisava de alguém ao meu lado para me ajudar a superar os momentos mais difíceis. E eu passei por muitos enquanto estava no hospital. Ver você lá para me apoiar foi uma dádiva que eu nunca poderei agradecer à altura. Obrigado mesmo assim...".
E assim fomos o caminho inteiro, conversando e rindo enquanto bebericávamos nosso café. Pensei em todos os nossos momentos juntos e de como minha barriga ficou quando nossos lábios se encontraram no jardim, naquela noite estrelada.
Nunca tinha parado pra pensar desse modo nos meus sentimentos por ele e nem sei se conseguiria algo sério.
- Desculpe comentar, mas você sabe quando vai ser o enterro da Marinette? – Pergunto desviando o olhar da estrada por um breve momento. Falava dela como se fossemos intimas e isso me fazia sorrir abertamente.
- Ainda não sei. – Murmurou olhando através da janela.
- Tudo bem. – Sorrio e pego sua mão por puro instinto. – Tudo vai melhorar. Eu prometo.
- Já está melhor. – Ele sorriu e apertou minha mão de leve, entrelaçando nossos dedos.
Não me importei com o gesto. Pelo contrário, apertei seus dedos contra os meus.
- Chegamos. – Sorrio e tiro a chave da ignição antes de sair do carro e abrir a mala.
- Onde fica meu quarto? – Perguntou após pegar as bolsas e fechar a mala. – Espero não incomodar, só até a casa ser colocada em leilão e eu comprar uma nova...
- Não precisa! – Digo apressadamente. – Desculpe. Eu só... Você pode ficar o tempo que precisar.
- Dan? – Ele aproximou-se, colocando a mão em meu rosto. – Eu preciso...
- Nosso café! – Disse rapidamente, afastando-me e pegando os cafés em cima da mesa. – O seu é o café normal?
- Amor. – Ele chamou pegando-me pela cintura fazendo-me derrubar o café no chão.
- Olha o que você... – Interrompi minha fala. – O que você disse?
- Eu acho que estou apaixonado por minha cuidadora e ex-enfermeira. – Ele selou nossos lábios em um beijo calmo e lento, acariciando meu rosto.
Depois ele que limpou o café no meu piso de madeira.
Vê-lo feliz me faz feliz. Por isso eu amo fazê-lo feliz. Eu nunca tinha sentido isso por ninguém, com essa intensidade, esse amor infinito que dá borboletas na barriga e faz seu rosto queimar com qualquer aproximação.
- Adrien? – Chamei-o enquanto subia as escadas em direção ao andar de cima, onde ficava meu quarto e uma sala de TV.
- Aqui. – Murmurou.
Preocupei-me e apressei o passo, entrando em meu quarto. Vi ele com um porta-retrato na mão de quando eu era pequena. Eu estava com os cabelos soltos e uma linda coroa na cabeça. Estava sem óculos.
- Eu sonhava em ser princesa. – Sussurrei sorrindo fraco.
- Você é. – Ele sorriu e deixou o porta-retrato em cima da cômoda. – Posso fazer uma coisa?
- Tudo bem. – Sorri de lado. Ele se aproximou e lentamente retirou meus óculos, acariciando meus olhos e o contorno deles.
- Abra-os para mim, Dan.
Assim que abri meus olhos, ele sorriu instintivamente.
- O que?
- Seus olhos são lindos. – Ele sussurrou.
Comecei a rir e correr pela casa enquanto ele tentava me pegar. Estava sem óculos por isso caía no meio do caminho ou tropeçava no tapete.
- Dan, que árvore é aquela lá fora?
-Eu comprei. – Dei de ombros parando em frente à janela que daria para o jardim da frente. - Nunca consegui tempo para planta-lá no jardim.
- Porque não a plantamos agora?
- O que? – Virei-me para ele. – Sério? Tudo bem!
- Claro. Vamos! – Ele sai pela porta da frente todo animado, catando as ferramentas necessárias.
Sorri olhando-o. Ele fez um buraco em minha grama do tamanho médio logo depois tirou o plástico da mesma e colocou-a ali, empurrando a terra para cobrir o buraco novamente.
- Pode pegar a água? – Pedi agachando-me na frente daquela árvore e nivelando o excesso de terra.
Ele sorriu e pegou a água, despejando-a naquele pequeno broto, logo se agachou do meu lado e começou a nivelar a terra. Suas mãos grandes ficaram cheias de terra, principalmente entre seus dedos. Nossas mãos se encontraram e ele novamente colocou a dele em cima da minha, fazendo as borboletas me minha barriga acordarem.
- Esse será nosso legado. – Ele virou-se em minha direção e sorriu.
- Sem dúvida. – Sorri de volta, entrelaçando nossos dedos.
Chegamos ao término de mais um livro! Espero ter feito muitos chorarem, essa era a intenção ao criar o livro "Eu Sem Você", obrigada pelo carinho e a paciência! <3
Vou voltar nas ativas com "Segredo". Obrigada novamente!

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Eu Sem Você
Fanfiction#19 em conto: 22/11 #30 em conto: 31/10 Começo: 27 de Outubro de 2016. Término: 20 de Novembro de 2016. - Um dia você terá motivo para passar a acreditar, como eu tive, e até lá estarei aqui para te guiar. - Ela acariciou as asas da borboleta, faz...