1 - Prólogo

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Victoria on

Acordei ao som do que era minha música favorita, até ela me acordar de um maravilhoso sonho em que eu tinha lindos filhinhos com o meu Coringuinha.
Abri os olhos com tristeza e estiquei a mão até a cômoda onde estava meu despertador e o peguei, atirando-o longe em seguida e ouvindo os pedaços dele se espatifando pelo quarto. Ao ouvi-lo se quebrar foi que percebi minha burrice, o despertador nem ao menos tocava música, apenas um toque irritante que me fazia ter que comprar um despertador novo umas quatro vezes por semana.
Sentei na cama choramingando e peguei meu celular de cima da cômoda, que tocava freneticamente a música Hit and run. Vi no visor a cara de um loiro fazendo uma careta boba e sorri automaticamente. O sorriso sumiu rapidamente ao ver o que horas eram. Bufei e atendi a chamada.
*Você só pode estar de sacanagem Sebastian, por acaso sabe que horas são?
*Hum, só um pouco... São quatro e dezessete, querida.
*Eu vou te matar.
*Vai não, sei que não quer ficar viúva ainda.
*Eu já sou viúva.
*Vai começar com esse papo do Ledger de novo? Tudo bem que o cara era demais e vamos combinar era gostoso pra caramba também, não é? Mas tô cansado dessa traição já, docinho.
Me joguei na cama sorrindo e negando com a cabeça.
*Você é tão gay as vezes.
*Oras, até eu preciso concordar docinho, o cara era...
*Sebs cala a boca, se continuar me chamando de docinho eu vou ter um enfarto aqui.
*Tá bem, docinho... Ah eu já ia me esquecendo que te liguei por um motivo.
*Ah, o que é?
*Lena precisa falar com você, tipo, urgentemente.
*Sobre o que?
*Sua irmã, a tal Drika. Aconteceu algo bem estranho na nossa última missão e agora Lena está toda estranha e a última coisa que falou antes de sair daqui foi que precisava de você pra encontrar Drika. Pediu pra que você viesse de manhã.
*O que de tão estranho aconteceu?
*Uma garota ruiva apareceu do nada, do meio de um mini tornado pra ser mais específico, por pouco Candy não pegou ela, mas a diaba foi mais esperta e logo até Lena chegou para lutar e quando viu o rosto dela paralisou e falou algo, mas não ouvi, a garota respondeu e o cabelo ruivo ficou loiro segundos antes de ela desaparecer no meio de uma neblina. Foi bem estranho.
*Estranho é muito pouco para definir isso.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
-Onde está indo?-meu pai perguntou enquanto eu ia até a porta.
-S.H.I.E.L.D.
-Fazer o que lá?
-Não importa.
-Claro que importa, sou o diretor de lá. Sabe que se eu não quiser você nem entra mais lá não é?
Parei no meio da sala e cruzei os braços o encarando. Ele estava de braços cruzados também, porém, sentado, com um notebook fechado em seu colo.
-Eu sei, mas também sei que não vai fazer isso.-desafiei.
-Não mesmo, você tornaria da minha vida um inferno.
-Sim, tornaria.
-Está indo ver a rapunzel?
-É... sim.
-Está mentindo, porque?
-Não sei também, mas se for o que eu acho, você logo vai saber. Você é o diretor da S.H.I.E.L.D afinal.
-E o que você acha que é?
-Espere e saberá paizinho.
-Não gosto disso, pra que tanto segredo?
-Nem é um grande segredo, se aquieta. Você viu a Cami? Ela não está no quarto dela.
-Saiu agora pouco, falando algo sobre ir encontrar o unicórnio dela.-ele falou e fez uma careta.-Essa garota é estranha.-ele franziu a testa e me olhou.-E você também, todas as mulheres pra falar a verdade. Vocês são todas estranhas. Completamente malucas.
-Está desiludido paizinho?
-Pff, estou falando a realidade.
Ele levantou e largou o jornal na mesinha de centro.
-Quer carona?
-Aceito.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
-Tori!-ouço uma voz masculina animada me chamar e viro.
-Oi Noah, oi Kath.-comprimentei sem animo.
-Quanta animação, chega ofuscar meu brilho.
-Ahaha. Culpa do meu pai. Vim escutando ele tagarelar sobre o quanto as mulheres são loucas sem parar até aqui. Me lembrem de nunca mais aceitar carona dele, por favor.
-Ué, o que aconteceu?-Kath perguntou curiosa.
-E eu que sei? Aquilo é louco, deve ser algum problema com...
-Vic! Nossa, finalmente você chegou. Vem comigo.-ouvi Lena e antes de me virar comecei a ser puxada.
-O que...
Fui arrastada por Milena enquanto Kath e Noah nos olhavam, se perguntando o que estava acontecendo.
Entramos em sua sala e ela fechou a porta, finalmente me soltando.
-Sebastian já te contou tudo?
Lena parecia tensa e ao mesmo tempo muito inquieta.
-Tudo que ele sabe, ao menos. A garota não era Drika né?
-Não, ela disse que seu nome era Rinda, mas aparentemente é a irmã gêmea "morta" da Drika.
Respiro fundo para processar a notícia.
-Eu não sei se fico triste ou aliviada.
-Como?
-Por algumas horas cheguei a pensar que Drika tinha virado um Satanás e estivesse por aí. E se ela estivesse eu poderia ao menos vê-la. Já faz tanto tempo...
-Seis anos.
-Seis longos anos.
-Você não parece tão surpresa pra quem achou que fosse a Drika.
-Aquela história do diário da tal Singrid ou Eliza, seja lá quem ela for, de se livrar de uma bebê mesmo tendo aquela profecia, nunca fez muito sentido pra mim. Acho que no fundo eu sabia. Bom e depois das profecias de Sue devíamos ter esperado por isso, estava totalmente claro quem era a garota das visões dela, só não notou quem não quis.
-Isso é. Bom, mas eu te chamei aqui por um motivo específico.
-Pode falar.
-Sei que você tem se falado com Drika faz um tempo.
Prendi a respiração e Lena sorriu vitoriosa.
-Como sabe disso?
-Qual é Victoria, sou eu, Milena. Te conheço desde que você tinha treze anos. Eu sabia que uma hora você conseguiria. E agora sei que estava certa.
-Não acredito que estava jogando verde comigo.
-É, mas eu estava. Rá, eu sou demais.
-Você é doida isso sim.
-Doida ou não, eu estava certa. Você sabe onde ela está?
-Claro que não! Não sou idiota de entregar minha irmã de mão beijada assim para ser presa em Asgard. Se eu rastreio ela e Loki, Heimdall pode descobrir e não vou permitir isso.
-As vezes esqueço como são os Stark. Mas então, agora precisamos dela aqui, tipo, de verdade. Você precisa rastreá-la.
-Nem pensar, não enquanto ela pode ser presa.
-Victoria...
-Eu não vou mudar de ideia Milena.
-Pode ao menos mandar uma mensagem para ela?
- Não.
-Caramba Victoria e o que vamos fazer? Você tem noção do que está acontecendo?
-Eu entendo bem o que está acontecendo, mas se Drika vier ela não poderá fazer nada para ajudar, pois ela e Loki serão presos automaticamente.
Lena ficou quieta por um tempo apenas me encarando.
-Já sei o que fazer.-ela disse de repente e virou.
-O que... Lena, onde você vai?
-Procurar Suellen.
-Pra que?
-Depois te digo.
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Continuei acariciando os cabelos de Sebastian enquanto prestava atenção na TV, onde Noah e Cami jogavam Resident Evil.
Depois de esperar muito tempo e Milena não aparecer resolvi chamar minha amiga pra cá, para não deixá-la as moscas em casa.
Já estava quase anoitecendo e nada de Lena. Onde essa maluca tinha ido?
-Noah, você sabe onde a Candy Crush tá?
-Porque quer saber da Candice?-perguntei desconfiada.
-Não precisa ficar com ciúme amor, sabe que Candice para mim é como um irmão.
-Você quis dizer irmã.
-Não, é irmão mesmo. Um irmão mais velho e muito chato.
-Você é louco.-Cami disse e Sebs piscou pra ela.
-Louco e maravilhoso. Agora fale, garoto dos falsetes.
-Não tenho ideia, ela deve estar com o...
-Victoria! Sabia que estaria aqui. Ótimo, vem comigo.
Lena entrou correndo na sala e me pegou pelo braço, me puxando e quase derrubando Sebastian do sofá.
-Meu deus, hoje é o dia mundial de arrastar a Victoria?-perguntei e Lena revirou os olhos.
-Nos vemos depois docinho?-tive apenas tempo de mostrar o dedo positivo para Sebs.
No corredor paramos na frente de uma Sue com suas cotidianas roupas de aparência cigana e de uma Beatriz com um longo vestido azul marinho com detalhes em ouro e um pequeno diadema de ouro com forma de folhas nos cabelos que estavam estrategicamente arrumados para o lado esquerdo, sobre os ombros.
-Drika foi perdoada.-Beatriz falou.
-Como?-perguntei confusa.
-Meu espectro foi para Asgard pedir por um perdão para Drika e Loki, para o rei e a rainha. Foi um pouco mais complicado do que imaginávamos que seria, pois Odin não perdoa muito fácil e mesmo não estando mais no trono precisam acatá-lo.-Sue explicou.
-A sorte é que ele gosta de Sue e ela conseguiu convencê-lo.-Beatriz falou sorrindo para Sue.
-Sério? Fácil assim?-perguntei incrédula.
-Fácil? Você devia ter ido junto pra ver o fácil, larguei minhas filhas o dia inteiro com Peter, quem sabe a desgraça que deve estar aquela casa agora.-Sue disse parecendo desesperada.-Mas na verdade não é simples assim, eles terão de ser julgados e então decidirão se merecem ser livres ou ficarão confinados em Asgard por mil anos. Mas não na prisão, apenas não poderão sair do reino mais.
-Mil anos? Drika nem irá viver por todo esse tempo.
-Talvez sim, Asgard é um lugar diferente, as pessoas não envelhecem como nós, e uma mistura de lá com Midgard pode viver milhares de anos ou normalmente como na terra. Já existiram outros casos e eles divergem muito, então é difícil saber.-Beatriz explicou.
-Uau.-falei pasma.
-Então, vai mandar a mensagem agora?-Lena perguntou se dirigindo a mim.
-Não, muito melhor. Me levem até um computador. Minha irmã terá uma visitinha.

Don't you think that it's boring how people talk?/ Você não acha que é chato como as pessoas falam?
Making smart with their words again, well I'm bored/ Se fazendo de inteligente com suas palavras de novo, bem, eu estou entediada
Because I'm doing this for the thrill of it, killin' it/ Porque eu estou fazendo isso pela emoção, destruindo
Never not chasing a million things I want/ Nunca não perseguindo um milhão de coisas que eu quero
And I am only as young as the minute is, full of it/ E eu só sou tão novo quanto o minuto, cheio de si
Getting pumped up from the little bright things I bought/ Sendo bombeada pelas pequenas coisas brilhantes que eu comprei But I know they'll never own me (yeah)/ Mas eu sei que elas nunca vão me possuir (yeah)-Tennis court-Lorde.

Live Like Legends - Season 3Onde histórias criam vida. Descubra agora