30 - Epílogo-Live Like Legends

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Notas da autora:
Eu não sei nem como começar a falar. Só o que tenho é agradecer, por todo o tempo que vocês estão aqui comigo. Acompanhando a história desde o começo. Dedicando seu tempo e gastando seu estoque de xingamento quando eu atrasava demais. Kkkkk até eu né xingava, acreditem.
Eu posso dizer que essa história mudou minha vida. Sei que não é a melhor fanfic e tudo mais mas ainda assim ela serviu para juntar tanta gente. Pessoas que nem imaginavam que se conheceriam um dia. Por causa dela eu ganhei uma nova família. E isso me manteve de pé enquanto precisei.
Eu não queria acabar, enrolei o máximo que pude mas agora não tem mais jeito, é o fim, a história de Drika e Loki se encerra por aqui.
Tá, não exatamente aqui porque ainda pretendo lançar alguns bônus pra vocês lá no Tudo sobre LLL, quando eu tiver mais tempo, mas por enquanto esse é o final.
Eu não tenho mais o que dizer, mal consigo conter as lágrimas. Eu vou sentir falta de todo o amor que vocês dedicaram a essa história e a mim também. Por cada sorriso que me fizeram dar com seus comentários maravilhosos, um imenso obrigada. Obrigada, obrigada, obrigada. Eu amo todos vocês.
Boa leitura e até os comentários. Beijos minhas little legends

20 anos depois...

Olho por sobre o ombro de Thor, para os elfos negros. Eles agiam normalmente, como se matar uma aldeia inteira de elfos de luz fosse a coisa mais normal de seu dia-a-dia.
Há semanas Thor reuniu um grupo de guerreiros para vir descobrir quem estava massacrando os elfos de Álfheim e claro que eu não poderia ficar de fora. Depois de mais uma das constantes brigas que eu e Loki vínhamos tendo eu tive certeza que deveria vir. Seria até melhor ficarmos afastados por um tempo. Isso daria tempo pra ele pensar e perceber que devia parar de ser um babaca.
Anos atrás, quando contei que eu não era uma "imortal" como ele, ele pareceu não se preocupar tanto e falou que aproveitariamos cada segundo juntos. Mas de uns anos pra cá, mais especificamente depois que fiz 40 anos, ele começou a se tornar insuportável de tão paranóico. Temos os nossos momentos maravilhosos no meio disso, mas eles acabam sumindo no meio das brigas. Ele se tornou possessivo e muito, muito paranóico. Nem uma mosca pode encostar em mim que ele já fica achando que vou morrer. Além de não querer ficar longe nem um minuto.
Eu avisei a ele, que essa seria nossa última briga, se eu voltasse para casa e ele continuasse daquele jeito e acabassemos brigando de novo, eu iria me separar dele e voltaria para Midgard com meus filhos.
Sinto um cutucão no ombro e olho para trás, onde Sif me indica com o queixo um grupo de elfos em um canto mais afastado. Eles eram poucos, lidariamos fácil com eles. Ela aponta para mim e para ela e aponta para lá, então aponta para Thor, que só agora percebo que nos observava, e para os outros apontando para o grupo a nossa frente. Concordo com a cabeça e ela sai de posição lentamente se esquivando para não ser vista. Vou atrás dela, segurando firme o arco na mão.
Chegamos em um ponto cego para eles. Podíamos vê-los claramente, mas eles não conseguiriam. Aquela parte do grupo estava vigiando elfos de luz que estavam presos a árvores.
-Quando?-pergunto com uma flecha já posicionada.
-É... Agora!-ela manda e atiro a flecha direto na cabeça de um deles.
Vejo os outros olharem ao redor para ver de onde a flecha tinha surgido e então tudo começa. Thor e os guerreiros saem e começam a lutar. Olho para Sif e ela sorri.
-É hora de lutar, princesa.
-Já não era sem tempo, majestade.
Pulo da pedra e desço sentada pelas folhas no barranco. Acerto um elfo que cai em cima de mim e o empurro, levantando.
Sem demora o lugar estava limpo. Com tantos elfos negros mortos, quanto vivos e amarrados. Agora eu terminava de soltar os elfos de luz com Sif ao meu lado.
-Foi tão fácil, passamos quase uma semana só procurando pra acabar isso em meia hora. Que sem graça.-Sif reclama e nego com a cabeça.
-Você tem uma visão estranha de graça. Devia estar feliz por acabar isso rápido. Vai poder finalmente voltar pra sua filha.
-Thrud não deve estar nem querendo olhar para mim. Ela deu um ataque quando falei que viria em missão com o pai dela.
-Vidar foi quase isso, ele só ficou irritado por não poder vir junto.
-E Loki foi pelo mesmo motivo?-ela incita e eu bufo.
-Você sabe porque ele ficou irritado. Porque eu vou morrer logo e estou me arriscando. Se ele acha que eu vou ficar presa, me protegendo do mundo porque ele é doido, ele está muito enganado.
-Eu acho que...
-Não ache nada, eu já sofri tentando ajudar esses dois. Melhor deixar tudo se resolver sozinho.-Thor fala se aproximando da esposa.
-Ele deve estar irritado com você, por me deixar vir.-comento.
-Quando ele não está? E aliás, eu não podia fazer nada para te impedir, ele sabe disso. Nem ele conseguiu.
-Ele tentou de todo jeito que podia "Quem vai obedecer o príncipe regente se nem sua mulher obedece?"
-E? Me diga que deu uma surra nele.-Sif pede, divertida.
-Não, mas só porque Anthony estava perto. Mas isso não me impediu de enviar uns pensamentos bem malcriados para ele. E Anthony que não é burro nem nada percebeu o que eu fiz e riu igual um louco na frente do pai que ficou uma fera e saiu resmungando.
-Esse é o meu garoto.-Thor brinca.
Sorrio para eles e sinto uma fincada em minhas costas, perto do ombro.
Vejo os rostos apavorados a minha frente e Sif me segura, quando quase tombo para frente. Ouço gritos e passos para todos os lados. Um outro grupo de elfos negros estava atacando. E sua primeira vítima fui eu. Ótimo, obrigada por isso!
-Calma, você vai ficar bem.-Sif fala.
-Calma você, eu estou bem. Está tão feio assim?-pergunto tentando olhar para trás.
-Melhor levarmos você logo para Asgard.-ela parecia realmente preocupada, o que acaba me deixando alarmada.
-Sif, o que... Aaaai. Mas que droga.-reclamo quando ela puxa uma lâmina com algo esverdeado nela.
-Tem veneno.
-Você só pode estar de sacanagem.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
-Eu estou bem, dá pra calar a boca? Bernard manda seu pai calar a boca.-ouço risos de Vidar e Anthony e um resmungo inaudível de Bernard.
-Devia levar isso mais a sério mãe. A senhora quase morreu.-Astrid repreende.
-E quase perdeu nosso filho, que eu nem sabia que você estava esperando.-Loki acusa.
-E você acha que eu sabia?
-Eu não duvido, parece até ritual. Toda vez que fica grávida se mete em confusão.
-Eu não vou nem te responder isso. Até parece que coloco meus filhos em risco por gosto.
-Hey, hey, hey. Já chega, não briguem na frente de seus filhos. Eles não precisam ver isso.
Olho para a entrada, de onde Thor vinha ao lado de Knut, que trocou um olhar discreto com Astrid. Aqueles dois, isso daria uma confusão quando Loki descobrisse que sua princesinha estava namorando o "primo".
-Nós adoramos tio. É engraçado ver eles falando que se odeiam pra minutos depois se trancarem no quarto por um dia inteiro.
-Anthony!-Loki repreende e ele ri.
-Esse garoto honra o nome de quem o herdou.-Thor brinca.
-Eu vou arrancar sua língua se falar algo do tipo na frente do seu irmão de novo.-falo e ele olha para Vidar que lança um olhar confuso para ele.
-Táá.-ele joga as mãos para o alto e Astrid revira os olhos ao seu lado.
-Eu posso ir para meu quarto já ou vão me prender muito mais aqui?
-Vai ir pro quarto mesmo ou vai dar mais umas voltas em Álfheim?-Loki pergunta debochado e o encaro sem paciência.
-Eu preciso de férias de você. Não dá para aguentar.
8 meses depois...
-Vocês deviam conversar e sobre isso. Estão sofrendo por besteira.-Bernard fala e resolvo dar uma de boba.
-Quem está sofrendo? Loki está sofrendo?
-Está, e a senhora também.
-Bernard, seu pai merece o vácuo que está levando.
-Mãe, já faz um mês. Isso não é saudável para vocês e muito menos para a senhora que já não está tendo uma gravidez muito comum. Ainda mais agora que está no final.
-Vocês estão armando não é? Quem está falando com ele?
-Anthony.-ele fala e olha para baixo brincando com os dedos. Acabo rindo.
-Sério, vão tentar nos reconciliar usando Anthony?
-Astrid está sumida desde cedo, então...-ele dá de ombros.-Mãe, só, por favor, parem com essa briga. Todos sabem que a senhora e papai se amam. É difícil vê-los tão distantes.
-Tudo bem.
-Sério?
-É, já está sufocante ficar longe da minha rena por tanto tempo.
-Rena?
-Piada interna.
-Ah, aquele negócio do vovô?
-Exatamente.-confirmo sorrindo.-Ajuda.-estendo a mão para ele que levanta da sua cadeira e vem até mim, me ajudando a ficar de pé.-Vamos até a rena irritante. Onde será que ele está?
-Biblioteca? Ou talvez na sala do trono com o titio?
-Vamos passar primeiro na biblioteca, que está mais perto.
Vamos conversando até chegarmos na biblioteca. E quando chegamos nos olhamos espantados ao ouvir os berros que vinham de dentro. Entro preocupada com Bernard ao meu lado.
-O que diabos está acontecendo aqui?-pergunto então percebo Astrid ao lado de Knut.
-Encontrei esse dois se agarrando aqui, as escondidas como se Astrid fosse uma meretriz.
-Não fale assim dela!
-Não abra essa sua boca e saia de perto da minha filha.-Loki puxa Astrid para seu lado mas ela se solta e o encara.
-Não, você não pode me impedir de ficar com ele. Pai, o senhor é o último que poderia me impedir de viver meu amor. Sei que seu amor com mamãe não foi dos mais aprovados e no fim deu tudo certo. Por favor, por favor, nos amamos, não nos impeça de viver isso.-Astrid pede fazendo sua melhor cara de coitada. Aquela peste.
-Há quanto tempo isso acontece?-Loki pergunta parecendo ter amolecido.
-Faz alguns...
-Anos?
-Meses, Anthony!-ela fala e cerra os dentes para ele.
-Se você ousar magoar minha filha eu simplesmente esqueço quem é você e quebro seu pescoço.-Loki ameaça e Knut não se abala, apenas sorri.
-Eu nunca a magoarei. Amo Astrid mais que tudo.
-É bom que ame mesmo.
Loki passa por mim exalando ódio. Ele nem me olha. Já havia se acostumado comigo o ignorando e parece que se conformou. Bernard se aproxima dos três.
-Eu não gostei nada disso, saibam que vou ficar de olho.-ouço Anthony, antes de sair da biblioteca atrás de Loki.
O vejo no fim do corredor e apresso o passo, mas do jeito que a barriga pesava ficaria difícil de alcançá-lo, então o chamo. Ele vira surpreso.
-Acabou o vácuo?
-Depois desse ataque de fofurismo, impossível não acabar.
-E lá vem você. Onde teve ataque de fofurismo?
-Em tudo. Eu não achei que você deixaria eles ficarem juntos tão fácil assim.
-Se eu não deixasse não mudaria nada. Ela é nossa filha afinal. Só o que aconteceria é ela me odiar e fugir com ele pra se casar escondida.
-Acho que ela não seria tão ousada.
-Não!? Era só nisso que ela pensava quando a encontrei.
-Ela puxou isso de você, eu não chegaria a isso.-acuso e ele cruza os braços com um sorriso.
-Claro que chegaria, nós praticamente fizemos isso. Só não nos casamos de verdade.
-Saudades daquele tempo.
-Temos que voltar a aquele tempo. Essas brigas já passaram da hora de acabar.-ele fala e suspira.
-Culpa sua, que não consegue aceitar que sou normal.
-Você também tem sua culpa. Não precisa se colocar em perigo o tempo todo.
-Eu sou uma Stark, o perigo vem até mim. Mas tá, prometo que vou tomar mais cuidado agora.
-Mesmo?
-Sim, juro pelos nossos filhos.
-E eu juro que vou parar de me preocupar tanto. Vou apenas viver cada momento, como falei que viveria, 20 anos atrás no nascimento de Astrid.
-Aah, eu estou mesmo velha, minha filha está uma mulher.
-Uma linda mulher.
Vemos eles saindo da biblioteca juntos. Astrid pega a mão de Knut e sorri para ele. Suspiro e pego a mão de Loki, que me olha e me puxa para perto, passando o braço por meus ombros.
-Te amo foguinho.-ele fala e viro meu rosto para ele.
-Te amo rena.-ele nega rindo e me dá um selinho.
. . . Meses depois, em Midgard . . .
Brinco com a mãozinha da pequena Beatriz. Ela segura meu dedo e puxa até sua boca. Rio e o puxo. Loki se abaixa ao meu lado e ela cansa de mim e pega a mão do pai.
-Seu pai está todo fresco para Knut.-Loki resmunga.
-Deixa ele ser feliz, a neta dele está namorando e não é com um vilão. É normal estar orgulhoso.
-Então só porque o pai é um vilão e a mãe uma anti-heroina, ela teria arrumado um vilão?-ele questiona inconformado.
-Ao estilo Coringa.-ouço Sue e a vejo se aproximar junto com Lena e Lexi.
-Oi amorzinho da vovó.-Lena brinca e então faz uma careta.-Tá, isso continua estranho. Quem sabe no próximo filho né?
-Vira essa boca pra lá, já esgotei minha cota de filhos.-falo e elas riem.
-Tá na hora do rango!-ouvimos Rita de longe.
Vamos até a enorme mesa com toda nossa imensa família e depois de almoço todos damos um tempo novamente. Nos espalhamos e conversamos em grupos. Eu estava sentada sozinha no balanço do quintal cantarolando para Beatriz dormir. E enquanto isso observava todos de longe.
Estávamos quase todos reunidos, uma pena que Ale e Pietro não puderam deixar a Rússia para se reunir com a gente no dia de ação de graças e também T'Challa e Jessy, ou George que tinha recomeçado a vida em Wakanda depois de uma proposta de T'Challa.
Sue e Peter estavam lá, sempre juntos em seu mais puro amor que começou na escola e durava forte até hoje, com seus quatro filhos, Tessa, Morgana, Robert e Abelle.
Lena com seus três filhos, dois deles com meu pai. Meus irmãos mais novos, Amélia a cópia exata da mãe e o pequeno Christian uma pestinha adorável.
Bucky acabou ficando firme com Leonor, eles casaram e tiveram dois meninos, Jack e Liam que não desgrudavam do irmão mais velho, John.
Lexi com Wade, que depois de tempos de pega e  não pega, finalmente ficaram juntos. E de suas gêmeas com Matthew, apenas Joanna continuava morando com eles. Melina tinha casado com Harry, um garoto que conheceu na faculdade.
Matthew nunca mais se casou, teve uns rolos ou outros, mas nada que ele levasse para a frente.
Wanda e Visão com seus trigêmeos eram o casal mais fofo e confuso. Eles viviam arrumando confusão para conter as crianças e isso era um amor. Não para eles claro, mas, ah, whatever.
Rita e Steve eram o casal mais unido de todos, chegava a ser invejável. Brian estava na faculdade de medicina, era o orgulho de Rita.
Vic estava até hoje com Sebastian, ele depois de algum custo se conformou que ela não queria esteriotipos como o casamento e que não nasceu para ser mãe e eles eram muito felizes assim. É muito amor nisso. E além disso eles tinham os afilhados, o filho de Candice com Stephen e a filha e o filho de Cami e Noah. Eles viviam cercados de crianças o tempo todo. Por falta de "filhos" eles não reclamariam.
E então aqui estava eu, a mãezona com a mais nova da família nos braços. Se alguém dissesse para aquela garota teimosa e estranha, de anos atrás, que ela teria 5 filhos com o maluco que destruiu Nova Iorque... Bom, ela não acreditaria, mas fantasiaria na cabeça a história mais clichê que pudesse haver entre um vilão e uma mocinha. E não foi assim que aconteceu. Nossa história foi... anormal, cheia de altos e baixos, perdas e ganhos, brigas e reconciliações, dores e alegrias.
Não me arrependo de nenhum momento que vivi, pois todos me trouxeram até aqui, até a minha família enorme reunida, até a minha felicidade plena. Eu sei que as coisas ruins não acabaram por aqui, porque, caramba, eu sou uma Stark e casada com o trapaceiro Loki, sempre haverá alguém contra lutar, mas nem isso impediria minha felicidade. Eu não me importava em viver dessa forma, tornava tudo mais interessante, cada momento bom, mais importante.
Nós éramos lendas, e lendas nunca morrem, nem depois do fim. Se fosse para ser assim, seria. Eu aceitava, eu aceitei essa vida de bom grado e sou feliz com isso.
Suspiro e percebo que a pequena dormia. Levanto com calma e vejo Loki vindo até nós. Ele para a minha frente e me dá um selinho e então um beijo na cabecinha da pequena.
-Pronta para a foto em família?-assinto e seguro Beatriz com apenas um braço, estendendo a mão para ele que sorri e entrelaça nossos dedos.
Ele me olha ternamente por alguns segundos e acaricia meus dedos, eu sabia o que aquele olhar dizia e retribuo. Digo um eu te amo sem som para ele que sorri satisfeito e partimos para onde nossa família nos aguardava.




 
This is our time/ Este é o nosso tempo
No turning back/ Não pode voltar atrás
We could live, we could live like legends/ Nós poderíamos viver, nós poderíamos viver como lendas
Live like legends!/ Viver como lendas!
We could live like legends/ Poderíamos viver como lendas!
Faith blows hard on our shoulders/ Fé sopra forte em nossos ombros
But legends never die!/ Mas lendas nunca morrem!-Live like legends-Ruelle.

Live Like Legends - Season 3Onde histórias criam vida. Descubra agora