AU LLL - PARTE 1

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Notas da autora:
Oi amores da mãe, estava com tanta saudade de vocês e de escrever qualquer coisa de LLL também. Eu já falei sobre essas capítulos para vocês, mas faz muito tempo. Para quem não sabe, serão apenas alguns capítulos mas que mostraram como nasceria Driki em um universo alternativo sem heróis. Pretendo escrever mais alguns bônus depois que terminar esse que deve durar no máximo cinco capítulos então quem quiser me mande sugestões do que quer ver. Aproveitem a leitura amores, nos vemos nos comentários♥

Empurrei a porta com força, causando um estrondo que ecoou praticamente pela casa toda. Eadlyn que estava sentada na cama pintando as unhas deu um grito assustada. Ouvi minha mãe no andar de baixo perguntando o que tinha acontecido. Fechei a porta rápido ao ouvir ela subindo as escadas. Virei novamente para Eadlyn e ela agora estava de pé com o abajur na mão e tinha os olhos arregalados. Sabia o que a aguardava.
-Eu vou matar você e esse abajur não será o suficiente para me impedir.-ameaço em fúria.
-Sai daqui Drika! Mãe! Mãe me ajuda, a Drika surtou!-a sonsa choramingou falsamente.
Ouvi batidas na porta atrás de mim, minha mãe tentava forçar a maçaneta. Nem me movi, continuei fitando a minha gêmea demoníaca com ódio.
-Abram essa porta agora! Não estou para brincadeira hoje, meninas.-minha mãe diz aos berros, mas a ignoro.
-Você vai pagar pelo que fez.-continuo ameaçando e me aproximando.
-Drika, deixe sua irmã em paz. Abra essa porta já!
-Eu não fiz nada, não tenho culpa. Foi ele quem me seduziu.-ela finalmente confirma o que eu já sabia.
-Ah então você sabe realmente do que se trata, achei que você poderia se confundir com alguma outra maldade que fez.-falo e ela faz uma careta.-E eu sei que George não te seduziu! Você é uma piranha e se passou por mim e ele caiu feito bobo. Achou que eu não descobriria?
-Eu me apaixonei por ele. Ninguém manda no próprio coração. Me perdoe Drika.-ela fala e vejo as lágrimas de crocodilo encherem seus olhos, mas não caio nessa, já aprendi com os erros.
-Se eu tiver que arrombar essa porta você vai se ver comigo mocinha!
Ignorei novamente os gritos irritados de minha mãe. Eu me aproximava cada vez mais de Eadlyn. A cada passo que eu dava para frente ela dava um para trás, ainda segurando firmemente o abajur.
-Você não ama ninguém Eadlyn, você é uma vaca sem coração. Só o que você faz é tirar tudo de mim desde pequena. A filhinha perfeitinha. A que se dá bem com todo mundo, a popular, a divertida. Só o que não veem é que você é uma vagabunda desprezível.
-Eu sabia. Você é uma invejosa.-ela acusa e paro de andar apenas para dar uma risada debochada.
-Eu sou a invejosa? Quem foi que tranzou com o namorado da própria irmã? E o seu namorado? Já cansou dele ou ele finalmente acordou e te chutou?
-Vá pro inferno. Você é um nojo, pior que um verme. Ninguém se importa com você, ninguém quer você. Nem papai gosta de você. Você é uma pedra no sapato de todos.
-Não que ele se importe com você não é? Ele te dá tanta atenção quanto a mim.
-Isso é mentira, papai me ama. Me liga todos os dias.
-Estou vendo a mentira na sua cara. Não suporta ser rejeitada não é? Não suporta ser tratada pelos outros da mesma forma que eu sou tratada. Pobrezinha, fica se fazendo de superior quando é mais fraca do que a depressivinha aqui não é? Precisa roubar tudo que é meu para mostrar que é melhor, apenas porque sabe que não é.
-Sai daqui...sai daqui! Vai pro inferno Drika Stark! Eu te odeio! Eu te odeio!-ela grita furiosa.
E então o abajur voou na minha direção e desviei habilmente, fazendo-o bater na parede e causando uma chuva de cacos de vidro. Prestando atenção naquilo, espantada, não percebi Eadlyn correndo em minha direção. Ela pulou em cima de mim, levando nós duas ao chão. Fiquei atordoada por alguns segundos e por isso levei alguns tapas e arranhões. Mas assim que acordei para o que estava acontecendo segurei ela pelos cabelos e virei, ficando por cima dela. Ela me deu um soco no peito e minha respiração falhou por um momento enquanto ela continuava tentando se livrar de mim. Vi a fúria em seu rosto e percebi que ela me daria mais um soco então segurei seu punho e puxei sua outra mão para cima a prendendo com a outra.
-Nunca mais toque em mim ou eu juro que vou destruir seu rosto e ninguém nunca mais vai perceber que somos gêmeas.
-Me solta sua idiota. Você nunca vai tocar em mim, é uma fraca, e boazinha demais para machucar qualquer um.
-Se acha que sou tão incapaz de machucar alguém, porque ficou com tanto medo quando entrei?-provoco e ela parece estar articulando uma resposta em sua mente.
-Foi a surpresa, eu não tenho medo de você.
-Pois você deveria ter, irmãzinha.
Ouço o estrondo na porta e levanto o olhar na direção dela, que agora estava aberta. Álisson, Tamara e minha mãe estavam lá, parados de olhos arregalados.
Eu estava tão irritada que nem percebi os gritos de minha mãe se silenciarem. Ela tinha ido na casa ao lado pedir ajuda ao meu cunhado e minha irmã.
Eles correram até nós e Álisson me tirou de cima de minha irmã. Me deixei ser puxada sem resistir, já tinha feito meu trabalho. Assustá-la tinha sido o suficiente.
Minha mãe se ajoelhou no chão ao lado de Eadlyn e a puxou para seus braços. Enquanto balançava como um bebê uma Eadlyn se fazendo de frágil, ela dizia palavras de conforto.
Olhei para Tamara que tinha uma careta para nossa mãe.
-Pode me soltar.-digo a Álisson,que com receio me largou.
Vou na direção da porta mas sou segurada, minha mãe agora estava de pé e me olhava irritada.
-O que você pensou que estava fazendo?
-Mostrando para essa sua filha nojenta, que não se mexe com o que é meu.-respondo e puxo meu braço.
-Do que você está falando? Eu não fiz nada a você.-ela choraminga enquanto se levanta.
Vejo Tamara revirar os olhos, ela também conhecia bem a nossa irmã. Sabia o quão infernal, falsa e manipuladora ela era.
-Claro, por que a santa nunca faz nada. Só dorme com o namorado da irmã, mas não é nada demais não é?-ironizo.
-De onde tirou isso?-ela pergunta se fazendo de ofendida.
-Você perdeu a cabeça? Sua irmã não faria isso com você. Eu não estou acreditando que aquele homem está te virando contra sua própria irmã. Eu sempre disse que você não deveria namorar alguém como ele.-minha mãe fala e a encaro.
-Alguém como ele. O que quer dizer mãe? A parte de ele ser mais velho ou sobre sua inveja pela irmã dele ter casado com meu pai, sendo que ela não fez o menor esforço e você mesmo tentando dar o golpe da barriga não conseguiu segurá-lo?-em segundos sinto meu rosto arder com o impacto de sua mão. Quando viro o rosto novamente, ela me olhava com arrependimento, e tenta me tocar mas dou um passo para trás.
-Eu sei, eu mereci.-falo e dou um sorriso forçado, tirando a mão do meu rosto, que fervia.-Não se preocupe Eadlyn, sua irmã maluca não vai mais te perturbar nem te acusar de absurdos, que estranhamente você confessa e depois se faz de santa. Mas enfim, não está mais aqui quem falou.
-Drika.-minha mãe chama com a voz embargada mas não olho para trás.
-Eu estou bem mãe. Só quero ficar sozinha um pouco.-falo indo na direção do meu quarto.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ouço alguém bater na porta e respiro fundo, ignorando e continuando a arrumar minhas minhas malas.
-Drika, sou eu, abre aqui.-ouço Tamara e suspiro.
-Me deixe sozinha Tam.
-Não, eu não caio mais nessa. Você precisa de mim.
-Eu preciso de paz!
-Drikaa.-ela insiste batendo irritantemente na porta.
-Jesus Tamara!-reclamo, mas vou até porta e abro, logo voltando ás malas.
-O que está fazendo agora sua maluca? Vai fugir?-ela pergunta fechando a porta.
-Não, só vou embora. Não aguento mais conviver com aquela garota e depois do que falei não sei como vou olhar na cara da nossa mãe de novo.
-Você errou, mas todos erram. Mamãe está mais magoada consigo mesma por te bater do que com você. Você não pode desistir do que é seu por causa de Eadlyn.
-Eu não estou desistindo, apenas tomando caminhos certos uma vez na vida.
-Caminhos certos. Você vai pra onde, garota? Debaixo da ponte?
-Pra casa do meu pai. É pior que ir pra debaixo da ponte mas ao menos terei Lena lá.
-Está brincando.
-Não, ela me ligou para saber o que aconteceu entre mim e George e eu contei tudo falei que ia embora, ela me chamou de maluca como o esperado e então meu pai surgiu do além e me chamou pra morar com eles.
-Seu pai falou com você e ainda te chamou pra morar com eles? Estou tendo a sensação de que o Flash fez merda de novo.-sorrio negando com a cabeça.
-Eu sei, é estranho, mas é melhor do que ficar aqui aturando aquela coisa. Lá ao menos terei Milena e ela disse que Vic está indo passar as férias lá e já não vejo minha bebê faz muito tempo. Preciso de um tempo com ela.
-E Henry?
-Eu via Henry todo dia na escola, e ainda ontem sai com ele.
-E eu?-ela fala com um bico e revirou os olhos.
-Você pode me visitar quando quiser. Porque se me esquecer, volto pra te matar.
-Aah, vou sentir sua falta.
-Eu também.
-Quer que eu leve você?
-Não precisa, meu pai mandou a secretaria/segurança dele me buscar.
-Tudo bem, e já avisou Beatriz?
-Já, ela vai ir lá amanhã me ajudar a organizar as coisas.
-Eu não estou acreditando que você vai embora.
-Sem drama, Tamara, a casa do meu pai fica só alguns minutos longe daqui.
-Eu sei mas não vai ser a mesma coisa sem você aqui.
-Você vai superar e logo vai me esquecer quando seu bebê nascer.-acuso e ela sorri tocando em sua barriga que ainda não mostrava sinal de gravidez mas que sabíamos que estava ali.
-Claro que não, você é meu outro bebê.
-Aff Tamara, seus hormônios estão te deixando muito fofa.
-Eu sempre fui fofa.
-Não, você sempre foi chata, é completamente diferente.
-E você é uma praga.
-Nunca neguei.-dou de ombros e ela ri me puxando para um abraço.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Dizer a minha mãe que eu ia embora foi complicado, ela ficou desesperada. Eadlyn com aquela cara falsa fingiu tristeza, mas eu vi em seus olhos a festa que estava em sua mente. Depois de muito insistir minha mãe percebeu que eu não desistiria da ideia e me deixou ir, com a condição de que eu visitasse ela nos finais de semana ao menos.
Olhei para a ruiva ao meu lado, ela estava concentrada na estrada.
-Porque Tony não mandou Happy?-pergunto sentindo falta do maluco que ao menos era divertido. Toda vez que eu via Natasha ela estava seria e isso me agoniava.
-E Happy está de férias. Eu sei que você chama ele de pai, não precisa fingir.
-Ah, eu estou só treinando para massacrar ele. Vai que escapa na hora.
-Uma hora vai escapar, e por mais que eu queira muito ver ele se remoendo ele mudou muito e até a mais nova o chama de pai e olha que ela bem revoltada.
-Eu sei, por isso que adoro ela.
-Todos adoram, até os que sofrem na mira dela.
-Os que sofrem na mira dela, vulgo, nosso irmão.
-Exatamente.-ela fala sorrindo e olho para a frente rindo, agora, gostando mais da ruiva do que segundos atrás.
Percebo a enorme mansão de meu pai ao longe e começo a torcer os dedos de nervosismo.
-Ele estava em uma reunião com dois sócios quando saí, então não se preocupe, isso costuma levar algumas horas, você pode se trancar no seu quarto e só sair quando estiver preparada.-olho surpresa para ela.-Está não sua cara que você não está preparada para encará-lo agora. Está quase quebrando os próprios pulsos.
Para de mexer nas mãos e respiro fundo fechando os olhos e afundando no acento.
Logo já estamos dentro da garagem. Desço do carro com ela e olho ao redor para os vários carros luxuosos de meu pai.
-Essa visão aquece o coração.
-Gosta de carros?
-Gosto de qualquer tipo de máquina.
-Filha do seu pai.-ela brinca.-Vamos entrar, depois os empregados levam suas malas para o quarto.
-Não precisa, eu posso levar sozinha.
-Agora não tenho certeza se é filha do seu pai mesmo.-ela zomba e dou um tapa no ar.
-Quem me dera não ser filha daquela coisa.
-É bom saber que sou amado pela minha preciosa filhinha.-faço uma careta de desespero ao ouvir a voz do traste e Natasha sorri forçado dando de ombros.
Viro lentamente e vejo meu pai ao lado de dois homens, um loiro e um moreno. O moreno me observa seriamente e com um olhar estranho. O loiro dá um sorriso e meu pai, bom, ele estava com a cara de traste debochado de sempre.
-Não vou ganhar nenhum abraço, foguinho?
-Fogo queima, tem certeza que quer abraçá-lo?
-Tudo bem, entendi, sem abraços para o papai. Loki e Thor essa é minha filha mais velha, Drika. E Drika esses são os senhores Odinson, velhos amigos e sócios da nossa empresa.
-Prazer.-falo simplesmente, após um aceno.
-O prazer é nosso.-o loiro responde sem tirar o sorriso do rosto.
-Gostei dos nomes. Loki e Thor, são nomes bem incomuns e fortes, e ainda são nomes de Deuses.
-E Drika é um lindo nome. Não é nome de deusa que eu saiba, mas vendo você, a partir de agora deveria ser.-o moreno fala e me surpreendo não sabendo como responder a isso. Meu pai olha chocado para ele.
-Me diga que não está flertando com minha filha.
-Está com ciúmes? Eu até flertaria com você, mas não faz muito meu tipo.-ele debocha e sorrio, estava gostando desse cara.
-Loki, mais respeito.-o irmão dele fala e ele revira os olhos.
-Foi só uma piada inocente, irmão.
-Você é um pervertido, Loki, ela é uma criança.-meu pai dramatiza.
-Eu não sou uma criança e ele só estava fazendo um elogio. Credo! Só você pode receber elogios por aqui?
-Entendi, sou apenas o pai chato e paranóico. Espero estar errado.-ele fala olhando para o tal Loki.
-Bom, precisamos ir. Foi um prazer revê-la, senhora Banner.-Thor fala olhando para Nat ao meu lado e então olha para mim.-E um prazer conhecer a senhorita.
-Foi um prazer conhecer os senhores também.-falo e os três se viram indo em direção a um carro, meu pai olha para trás com um olhar estranho mas depois continua andando.
-Ele estava realmente flertando com você.-Nat fala e começo a puxar uma mala para fora.
-Não é nada de mais, ele deve fazer isso com todas as mulheres.
-Acredite, ele não faz.
-Conhece ele?-paro com a mala já no chão, estranhamente interessada.
-Trabalho para seu pai há anos. E conheço aquele homem pelo mesmo tempo. É mais que suficiente para saber que ele não joga charme para qualquer uma.
-Mas já joga para alguém, não é?
-Sim, mas é realmente raro.
-Isso é sua imaginação e do meu pai. O que um homem como ele veria em mim?
-Um homem como ele.-ela repete minhas palavras, parecendo tentar entender.
-É, ele é bonito, mais velho, rico, todo elegante.
-Você por acaso se olha no espelho? Você é linda, jovem com uma vida inteira pela frente e herdeira de um bilionário.
-E não sou elegante, sou toda desengonçada.
-E isso é motivo? Como você é boba.
-Você está praticamente me incentivando a me jogar pra ele.
-Não estou, não gosto dele mas você tem que encarar os fatos. Qualquer um cairia ao seus pés.
-Bobagem.-faço pouco caso.
-É? Olhe para trás então.
Me viro para onde os três estavam ainda conversando e Loki me olhava fixamente, mas rapidamente desvia o olhar. Viro para Nat.
-Coincidência.-falo me negando a acreditar.
-E ele está olhando de novo.-ela fala e começo a ficar nervosa.
-Vamos entrar? Depois os empregados pegam o resto das coisas.-peço, desistindo de fazer as coisas por mim mesma naquele momento.
-Você está um pimentão e não estou falando do seu cabelo.-Nat debocha e eu bufo.
-Você parecia tão séria. Queria não ter desejado que você fosse divertida.
-Ninguém é de ferro. Todos gostam de se divertir as vezes.-ela fala fechando o porta malas e vamos na direção da escada que levava a porta de entrada por ali.
Arrasto minha mala e a seguro ao chegar na escada, Nat passa pela porta primeiro e lanço mais um olhar para trás, antes de entrar na casa, mas o moreno não me olhava mais, e me surpreendo ao sentir uma ponta de desapontamento por isso. Me viro e entro, tentando tirar essa coisa estranha da minha cabeça.

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