Tenham paciência comigo, é a primeira fic Drarry que eu escrevo, não sei se irá ficar tão boa.
A história não se passa na ordem cronológica dos livros. OK?
Espero que gostem
Beijos da Ella!
.....Draco's pov
- Lumos - murmurei e um feixe de luz apareceu em minha varinha.
Eu estava no escuro do meu quarto lendo um livro de poções e fingindo não ouvir as conversas das pessoas que entravam e saiam da mansão desde que meu pai havia sido mandado para Azkaban por estar conspirando novamente com aquele que não deve ser nomeado.
Ver a marca negra em meu braço fazia o ódio arder em meu peito. Meu pai havia sido preso por causa dessa maldita devoção à um mestiço idiota. E o que me deixava mais irritado era eu ter que fingir não me importar. Mostrar para todos que tudo estava bem, mas porra... Não estava!- Draco... - ouço a voz baixa e serena da minha mãe me chamar.
- Sim, mãe - respondo abrindo a porta do meu quarto e a vendo parada. Seu rosto parecia cansado, mas ela tentava não deixar isso transparecer. - Já arrumou o seu malão?
- Só falta guardar alguns livros - falei ao observar os livros, penas, pergaminhos e frascos de tinta espalhados pela cama.
- Você não pode perder a hora do trem - me lembra.
- Eu sei - suspiro.
Eu sabia, mas eu não sentia a mínima vontade de voltar a Hogwarts depois do que aconteceu. Nenhum dos meus colegas estava falando comigo, nem mesmo a Pansy ou o Blaise me escreviam. Os pais deles estavam marcando em cima, os filhos deles não podiam aparecer por aí ao lado do filho de um comensal da morte. Hipócritas do caralho!
- Se apresse - vira para sair, mas volta - E, Draco... - a olhei - Tome cuidado - eu podia ver em seu olhar o quanto estava preocupada comigo.
Harry's pov
A volta para Hogwarts era sempre empolgante, mas dessa vez eu não sentia o quarto da emoção que eu senti ano passado. O tio Valter havia me levado até a estação King Cross, eu estava atrasado e provavelmente todas as cabines estariam cheias quando eu chegasse, nem mesmo os meus amigos me esperariam para dividir a cabine comigo este ano. Desde o inicio do verão quando eu terminei o namoro com a Ginny, o Ron não fala comigo e consequentemente, a Mione ficará com ele por ser o namorado dela.
Atravessei com o carrinho a parede entre as plataformas 9 e 10, para chegar a plataforma 9 3/4 onde se encontrava um enorme trem vermelho pronto para seguir viagem. Entrei no trem e como previa todas as cabines estavam ocupadas, passei pela cabine que a Mione, o Ron, a Ginny e o Neville dividiam, eles riam sobre alguma coisa. Abaixo a cabeça e continuei a andar pelo corredor, vi uma cabine aparentemente vazia e entrei. Me deparei com os fios loiros platinados pertencentes ao idiota do Malfoy e o cheiro de lavanda que preenchia o local chegou ao meu nariz. Ele estava lendo um livro sobre poções, mas ao escutar o barulho da porta sendo aberta, ele levanta a cabeça, mas diferente da pose arrogante de sempre, ele tinha o rosto inchado e os olhos vermelhos.
- Malfoy... Está tudo bem? - perguntei meio incerto e me arrependi no minuto em que ele me respondeu.
- Por que não estaria, Potter? - me olhou esnobe - Por que você não vai ficar com seus amiguinhos, hein? Ah, é mesmo! Você foi deixado de lado - disse ácido.
- Não fui! - disse emburrado - Eles devem estar monitorando os corredores.
- Eu não estou falando deles serem monitores, Potty - sorriu maldoso - Todos sabem que você terminou o namoro com a Weasley fêmea e o irmão dela não fala mais com você.
Não estava afim de falar sobre aquilo e a melhor forma de se defender do Malfoy era atacando.
- Pelo visto, eu não sou o único que foi abandonado pelos amigos - olhei em volta - Você está sozinho.
- Isso não é da sua conta! - rebateu.
- Ótimo, você não fala da minha vida e eu não falo da sua! - me joguei na poltrona a frente dele.
Ele levantou o olhar do livro mais uma vez e me encarou por algum tempo, logo depois suspirou como se estivesse incomodado com a minha presença.
- Você não leu o profeta diário nessas férias, Potter? - me olha desdenhoso - Ah, esqueci que você passa o verão com sua família trouxa.
- É claro que eu leio - murmuro - Mas, o que isso tem haver com você estar aqui sozinho?
- Grifinórios! - reviro os olhos - Meu pai foi preso, Potter. Ele está em Azkaban! Nenhum dos sonserinos me quer por perto nesse momento. Eles tem medo que meu pai entregue os outros comensais - eu podia sentir a dor em sua voz.
- Ah - suspirei sem saber o que dizer - Eu sinto muito.
- Não precisa sentir - ele deu de ombros e voltou a sua leitura.
Queria poder dizer que eu estava feliz, sei que o Lúcio merecia, mas olhar para Malfoy assim não me dá prazer. É como se a máscara de arrogância tivesse sido colocada de lado dando lugar à um garoto frágil.
...
Passamos um tempo em silêncio, ele lendo e eu olhando a paisagem pela janela da cabine. A senhora com o carrinho de doces passa e eu lembro imediatamente do Ron, mas logo jogo o pensamento para o fundo da minha mente. Compro alguns sapos de chocolate, chocobolas e feijõesinhos de todos os sabores. Depois que ela se vai começo a comer, vejo o Malfoy concentrado na leitura, mas mesmo assim decido interrompê-lo.- Malfoy...? - o chamo baixinho.
- O que é Potter? - Idiota! Isso que eu ganho sendo legal.
- Quer um? - ofereço um sapo de chocolate.
- Não. - diz e abaixa a cabeça.
- Tem certeza? - insisto.
- Se eu aceitar você para de interromper minha leitura? - me olha de maneira inquisitiva.
- Prometo que paro! - sorrio de canto.
- Não acredito em promessas - ele parecia falar sobre outra coisa, mas fingi não ligar.
- Como você diz, eu sou um grifinório - digo com orgulho - Eu cumpro minhas promessas.
- Ah, claro. Grifinórios... Sempre tão bondosos e prestativos - revira os olhos.
- Ah cala a boca e pega logo! - também reviro os olhos.
- É tão fácil irritar você, Potty! - da um risinho sarcástico.
- Vai se foder! - digo e ele sorri largamente pela primeira vez desde que cheguei.
- Pra fazer isso eu vou precisar de companhia, sabe? Você se oferece? - ironiza e eu apenas rio revirando os olhos.
Não nos falamos mais pelo resto do caminho até descermos em Hogsmead.
....
O que acharam??
Esse primeiro capítulo é só para vocês entenderem o que está acontecendo com cada um deles, okay?
Próximos capítulos prometem.
Postagens todas os sábados ( mas poderei postar durante a semana dependendo do ritmo que esteja minha criatividade.)
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DOLLHOUSE • DRARRY
FanfictionFingir aparências era algo comum entre as famílias bruxas, a riqueza deixava os nossos erros escondidos. Eu vivia na porra de uma casa de bonecas, perfeita por fora e um caos que era encoberto pelas cortinas e pelos sorrisos plastificados em nossos...