Friends? Of course not!

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Apareciiiiiii

Mais um capítulo de Dollhouse, estou amando escrever essa fic. Espero que vocês gostem do mesmo jeito que eu estou gostando.

Beijos da Ella
...

Harry' s pov

A chegada a Hogsmead foi silenciosa, diferente das outras vezes não houve correria para se trocar, não haviam conversas. O Malfoy saiu primeiro e eu demorei um pouco para sair conferindo se não havia esquecido algo, pois não teria a Hermione para me lembrar. Vi as carruagens puxadas por testrálios, subi na última que havia e vi o Malfoy.

- Pelo visto, estamos realmente destinados a ficar juntos - deu um sorriso sarcástico.

- Tenho que concordar - suspiro frustrado.

Ao chegar em Hogwarts finalmente nos separamos, ele segue os sonserinos e eu me junto aos grifinórios. Sento ao lado do Neville, do Dino e do Simas. Eles me cumprimentam normalmente, assim como a Hermione, o Rony apenas tenta me ignorar.
Depois dos novos alunos serem colocados nas devidas casas e dos avisos do Dumbledore, o banquete começa. Depois que estou devidamente satisfeito e que os monitores guiam os alunos até a torre da grifinória, sento em frente a lareira, mas não me sinto em casa.
O salão comunal da Grifinória não parecia o mesmo sem o Ron e a Mione. Não queria ficar ali ou ir para o quarto, então pego a capa da invisibilidade e o mapa do maroto.
Eu iria subir até a torre de astronomia, mas ao abrir o mapa para conferir onde o Flinch ou o pirraça estava vi um pontinho preto no banheiro masculino no sexto andar. Não sei o que me deu, mas resolvo ir até lá. Me apresso, ao chegar no banheiro me aproximo e ouço a voz da Murta que geme, ainda curioso pelo fato de Malfoy estar no banheiro conversando com a Murta entro no banheiro.
O Draco estava parado de costas, com as mãos apoiadas na pia, com a cabeça curvada, mas quando ele levanta a cabeça posso perceber mesmo as lágrimas não aparecendo na pele clara que ele estava chorando pelos olhos vermelhos e inchados.

- Malfoy?! - falo surpreso.

Draco's pov

Meu pai dizia que chorar era a maior fraqueza de um homem, foi algo que ele me ensinou a evitar, mas há horas que você não aguenta sufocar tantos sentimentos e frustrações que eles acabam transbordando.
O banheiro do sexto andar se tornou meu refúgio desde que cheguei a Hogwarts, era onde eu podia chorar e deixar a máscara de porcelana de lado por algum tempo e ser um ser humano com medos e desejos. Um dos motivos de eu estar aqui nessa noite é que provavelmente eu não vou entrar para o time de quadribol esse ano. Ingratos! Eu sou o melhor apanhador que eles podem querer.
Já havia me acostumado em dividir o banheiro com a Murta que no momento que escutei uma voz diferente meu coração disparou.

- Malfoy?! - ouvi claramente a voz do Potter.

- O que faz aqui, Potter? - a máscara da arrogância estava de volta.

- Você estava chorando? - me analisa.

- Eu fiz uma pergunta primeiro - falo impaciente.

- Estava passando pelo corredor, então ouvi um choro e entrei para ver se alguém precisava de ajuda - deu de ombros, mas pude perceber que ele estava mentindo.
Um mentiroso reconhece outro!

- Ah, claro! O santo Potter, sempre pronto para salvar os indefesos - desdenho.

- Você é um babaca! - ouço ele elevar a voz - Essa sua pose é apenas para esconder o menininho inseguro que você é!

Ele estava certo!

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? - respiro fundo - Não sou só eu o inseguro aqui! O pobre menininho que cresceu sendo humilhado por trouxas!

- Pelo menos eles não eram meus pais! Já no seu caso... - ele disse ácido.

Aquilo me atingiu! Eu não tinha o que responder, pois memórias voltavam a minha mente do dia em que meu pai matou meu animal de estimação com um  Crucio, porque eu não havia aprendido a abrir portas usando magia. Agora eu sei...
Só então volto a mim e percebo que eu havia inrrompido em lágrimas, minha máscara havia caído na frente do meu inimigo. Eu estava fraco e me sentia exposto, mas ao contrário do que eu esperava, ele se aproximou de mim e me abraçou. Não entendi porque aquele gesto não me deixou desconfortável, apenas me fez sentir seguro.

- O que foi? - me soltou e ficou me encarando.

- O que você disse é verdade - dei de ombros - Eu sou inseguro, cheio de medos e acho que meu pai não me ama! Ta bom pra você? - ando em direção a porta.

- Isso não é um problema - ele disse calmo - Você é humano! E sobre o seu pai... Ele deve te amar, pelo menos do modo dele.

- É um grande problema pra minha família, Potter - dou um sorriso irônico.

- Por que? - pergunta.

- Ser humano é ser fraco! - digo simplismente - Meu pai não me ama, não ama minha mãe e sabe por quê?

- Não - balança a cabeça.

- Porque o amor nos destrói - digo com raiva.

- Não! - ele grita - Ele nos salva!

- Pode ser pra você - deixo uma última lágrima escorrer - Mas pra mim... Foi apenas destruição - falo ao lembrar de tudo que meu pai já havia me convencido a fazer pelo amor a família. 

"Se eu te puni Draco é porque eu te amo e não quero que seja um bruxo qualquer"

 - Se a forma que meu pai agia comigo e com a minha mãe era amor - continuei - Definitivamente eu não faço questão desse sentimento - saio de lá apressado. 

Tendo dito isto, saio rapidamente do banheiro ignorando a voz dele gritar meu nome.
Eu não deveria ter contado aquilo tudo para o Potter, mas este ano eu estava cansado demais para fingir. Não havia como voltar atrás.
Estava no corredor voltando para o salão comunal da Sonserina quando sinto uma mão envolver meu braço e eu rapidamente pego a varinha.

- Estu... - paro o feitiço ao ver que era o Potter - O que você quer?!

- Só pra você saber - ele fala calmo - Eu não vou contar pra ninguém o que você me disse.

- Tá - digo tentando me soltar.

- Não mereço nem um obrigado? - levanta as sobrancelhas, mas o vejo sorrir.

- Você não vai ouvir essa palavra saindo da minha boca - também sorrio.

- Já ouvi muitas outras coisas... - ele brinca, mas se arrepende.

- Eu não estava em mim, Potter - mantenho o clima de brincadeira.

- Eu não acredito que você agora vai desmentir - se faz de ofendido - Depois de todas aquelas revelações achei que fôssemos amigos

- Amigos! Eu e você? - desdenho - claro que não!

- Hum! - brinca - Você queria mais, neh? Desculpa não te corresponder.

- Vou sobreviver - dou de ombros e sorrio - Já passou do horário, acho bom você voltar para cama.

- Você também - afirmou.

- Já estou indo - sigo pelo corredor.

- Malfoy! - me chama e eu paro - Se cuida! - disse preocupado.

- Sempre. - viro e continuo andando.

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Eai o que estão achando?
Críticas e elogios são bem vindos!
Até a próxima Att!

DOLLHOUSE • DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora