Imperfeitos

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 Evelyn Narrando Acabo de chegar no lugar em que recebo aulas de montaria, e hoje poderei andar a cavalo a vontade sem muitas regras vinda de Felipe

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Evelyn Narrando
Acabo de chegar no lugar em que recebo aulas de montaria, e hoje poderei andar a cavalo a vontade sem muitas regras vinda de Felipe.
Assim que o motorista para o carro ele dá a volta e abre a porta e eu saio.
-Obrigada Antônio. -Agradeço. -Se quiser não precisa esperar uma hora aqui parado. -Sugiro pois afinal de contas deve ser chato ficar uma hora esperando alguém sem fazer nada.
-Mas a mãe da senhorita disse... -Começa ele a falar.
-É só você voltar daqui uma hora, ela nem precisa saber. -Digo o interrompendo e sorrio para ele.
-Obrigada senhorita, ficarei por perto. -Fala ele ainda com receio, mas com um semblante alegre.
Sorrio para ele e pego minha mochila com alguns equipamentos e acessórios e sigo rumo à aula.

•••

Com a ajuda do professor que me ensina a andar a cavalo saio de cima do cavalo após eu ter cavalgado por quase uma hora.
-Obrigada Felipe. -Agradeço Felipe assim que pouso meus pés sobre o chão.
Tenho de admitir é impossível não notar a beleza de Felipe. Ele é um dinamarquês ruivo dos olhos azuis um pouco acizentados e alto. Não sei dizer se é porque ele nasceu com muita sorte ou porque ele ser vampiro. A maioria dos vampiros possuem uma beleza sobrenatural.

 A maioria dos vampiros possuem uma beleza sobrenatural

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-Disponha. -Fala Felipe com seu sorriso de sempre.
Tiro meu capacete hípico Classic e o coloco debaixo do braço e tiro as luvas. Felipe conduz trovão, trovão é o nome que dei para meu cavalo.
Seguimos de volta para a cavalariça onde o meu cavalo fica junto com os demais cavalos.
O silêncio predomina me deixando um pouco desconfortável.
-Posso te perguntar uma coisa? -Pergunto querendo cortar o silêncio e perguntar algo que anda me deixando curiosa nos últimos dois anos. Já faz dois anos que recebo aulas de Felipe e me pergunto o porque dele me dar aula se ele é um vampiro e ainda por cima rico.
-Sim. -Responde ela e me fita com seus olhos tão lindos. Nunca fui de ficar perguntando e xeretando onde não fui chamada, mas uma pergunta apenas não irá me matar.
-Porque você dá aulas aqui? -Pergunto com certo receio de sua resposta.
Quando acho que ele não gostou da minha pergunta ele simplesmente gargalha.
-Você quer saber o porque que eu sendo um vampiro rico dou aulas de como andar a cavalo? -Pergunta ele como se lesse minha mente. Olho surpresa para ele. Um pouco sem jeito concordo com a cabeça. Ele respira fundo e olha para frente provavelmente pensando em que palavras usar. -Digamos que gosto de cavalos e por causa de uma pessoa. -Responde ele. A entendi. Ele gosta de alguém daqui.
-Não sabia que você gostava de alguém daqui. -Digo curiosa e sorrio para ele. O mesmo me olha e sorri de lado fazendo uma de suas covinhas aparecer deixando ele mais lindo.
Um pouco sem graça quebro o contato visual.
-Posso não ser perfeito, mas ainda assim posso gostar e admirar esse alguém mesmo que não possa te-lá. -Conta ele com um olhar distante, um pouco triste eu diria.
-Felipe. -O chamo e ele me olha esperando eu falar algo. -Somos todos imperfeitos, mas se realmente gosta dessa pessoa deveria tentar algo. -Sugiro.
Nossa eu nunca fui boa em conselhos, mas que mau tem? Acho que ele precisava. Ele simplesmente sorri e percebo o tanto que ele fica lindo sorrindo fazendo suas covinhas aparecerem.
Felipe me olha de um jeito diferente me deixando sem graça e desvio a atenção de seus olhos intensos que me deixa com uma sensação estranha.

•••

Acabo de chegar em casa e novamente Antônio ao estacionar abre a porta para eu sair.
-Obrigada Antonio. -Agradeço e pego minha mochila e sigo rumo à entrada. Subo alguns degraus e abro a porta e entro em casa.
Assim que entro em casa escuto um pouco a correria de alguns empregados e a voz de mamãe.
Ó céus! Não!
Uma curiosidade aflora em mim, mas é melhor eu tomar um banho e me arrumar pois já são 18h, e em breve será servido o jantar.
Ando em passos rápidos até a escada torcendo para mamãe não perceber que cheguei.
Quando estou no terceiro degrau escuto uma voz familiar.
-Evelyn Green. -Mamãe me chama.
Paro e me viro vendo mamãe no outro lado da sala. Ela está vestindo um vestido azul marinho tubinho e está usando um salto preto. Seus cabelos louros estão presos em um coque simples, porém ainda elegante e está usando pouca maquiagem. E claro que não poderia faltar as suas joias. Mamãe tem uma marca de joias com seu nome.
-Sim mamãe. -Digo querendo ir logo para meu quarto para tomar um banho e depois ler um livro antes do jantar.
-Hoje teremos visitas no jantar, vista algo apropriado pois você e Eduarda me farão companhia para a recepção dos convidados. -Mamãe informa de um jeito que deixa claro que eu não tenho como escapar. Algo me diz que esse jantar tem haver com algum pretendente.
-Tudo bem mamãe. -Digo não demonstrando o tão descontente estou e querendo dar esse assunto por encerrado. -Agora irei tomar um banho e me arrumar, licença. -Falo e viro as costa para ela e termino de subir as escadas rumo ao meu quarto.
Estava demorando para ela começar com esses "jantares". Penso um pouco inconformada.
Me lembro de Eduarda e de seu romance secreto.
Ó céus! Ela tem falar logo com mamãe.

A Noiva ErradaOnde histórias criam vida. Descubra agora