A Noiva Errada

Convite

Evelyn Narrando

Cansada de fingir que está tudo bem depósito o livro que estava lendo sobre a mesa pequena ao lado do sofá que estou sentada.
Neste momento estou na minha sala de leitura e agora são por volta das 9h30m da manhã.
Daqui duas horas tenho que estar pronta para ir almoçar com Sam e Sebastian.
Sim, irei almoçar com os primeiros vampiros e não sei o porque desta visita. Talvez ele peçam para eu os libertar da maldição, mas se eles tivessem desesperados à este ponto creio eu que eles já o teriam pedido. Logo descarto mais uma das minhas suspeitas.
O lado bom é que não estou delirando e considero isso um começo.
Noite passada descobri que era o aniversário de minha avó e era por isto que mamãe estava estranha, então suspeito que Tyler sumiu por causa disso também e David não poderia ter ficado mais estranho pois até pediu que eu convence a Eduarda a fazer um aborto.
A verdade é que saber que Tyler ainda ama minha avó me incomoda, ele me vê apenas como um saco de sangue precioso ambulante enquanto fez com que meu pai desce minha mão para ele. Me repreendo mentalmente ao pensar novamente em Tyler.
Olho o relógio novamente sabendo que Tobias deve ter dormido fora e que talvez eu o veja antes de sair.
Agora provavelmente mamãe deve estar em algum Spa pois hoje de manhã ela acordou cedo e me acordou para me convidar o que é estranho, se eu não tivesse um compromisso marcado com Sam e Sebastian talvez eu iria apenas para agrada-lá mesmo que eu odeie tais futilidades.
Decido voltar para meu quarto pois preciso tomar um banho e me arrumar.
Levanto sentindo um nervosismo me rondar.
Sigo até a porta e saio rumo ao meu quarto.

[...]

-Está tudo bem, é apenas um almoço, você vai sobreviver. -Repito mentalmente tentando me sentir melhor enquanto me olho no espelho.
Estou usando uma calça jeans cintura alta, suéter branco com brilho e sandália de salto alto preta combinando com a bolsa de mão preta que escolhi.
Talvez o correto fosse eu usar um vestido. -Penso um tanto nervosa novamente criticando o look que escolhi para almoçar com Sam e Sebastian.
-Com quem você tem um encontro? -Eduarda pergunta entrando em meu closet e a olho assustada pois nem sequer ouvi ela batendo na porta do meu quarto. Me recomponho. Seus cabelos louros estão presos em um rabo de cavalo e ela está usando um suéter rosa, short jeans curto e uma bota cano alto branca.
-Não é um encontro. -Falo sem jeito e volto a me analisar através do espelho.
-Evelyn você passou maquiagem e isso está com cara de encontro. -Eduarda fala e o fato de eu ter passado um pouco de maquiagem era apenas para esconder as olheiras horríveis que estava devido a noite de sono mau dormida. -Quer dizer que você e Tyler estão se dando bem? -Pergunta Eduarda curiosa e a olho com uma sobrancelha arqueada.
-Eu vou apenas sair com Safira. -Minto tentando soar sincera e Eduarda me olha desconfiada.
-Posso ir junto? -Eduarda pergunta de um jeito estranho e deduzo que seja ciúmes de irmã pois sei que ela não gosta muito de Safira.
-Safira queria falar comigo um assunto particular, outro dia podemos combinar algo, tudo bem? -Sugiro falando a primeira coisa que me vem à mente. Eduarda sorri e faz que sim com a cabeça. Antes de eu falar mais alguma coisa ela sai do closet rumo à porta do meu quarto e logo em seguida ela sai do meu quarto parecendo estar irritada.
Sabendo que não posso falar com Eduarda para tentar fazer com que ela não fique chateada por não ter permitido que ela saísse comigo saio do closet e pego meu celular. Coloco meu celular dentro da bolsa de mão e decido fazer uma rabo de cavalo.
Batidas na porta chamam minha atenção e sigo até a porta para abri-la, algo que raramente faço. Abro a porta vendo uma das empregadas. Digamos que mesmo depois do que houve aqui em casa mamãe continua contratando e mandando embora empregadas jovens muito rápido devido às suas desconfianças de que papai irá ter um caso com elas.
-Senhorita Evelyn um senhor a aguarda para levá-la ao seu compromisso. -A empregada fala e a olho surpresa pois não sabia que Sam e Sebastian iria mandar me buscar antes.
-Ok, obrigada. -Agradeço a mulher e ela logo se afasta.
Saio do quarto e sigo até a escada. Desço os degraus com cuidado e ando até o Hall de recepção. Antes de sair olho ao redor estranhando o fato de não ter nenhum segurança e suponho que seja obra de Sam e Sebastian.
-Senhorita Evelyn sou o encarregado de levá-la até o seu compromisso. -Fala o homem aparecendo a minha frente assim que saio pela porta.
Noto que ele me lembra Felipe e estranho tanto semelhança, se ele não fosse humano certamente suspeitaria que ele é parente de Felipe devido aos cabelos ruivos e olhos acizentados. Volto a realidade e lhe dou um sorriso amarelo e sigo até o carro. Ele abre a porta de trás e entro sem mais delongas tentando não demonstrar o quão nervosa estou. Depois de alguns segundos ele entra no lado do motorista e começa a dirigir. Noto suas mãos trêmulas e finjo que não notei.
Quando o carro passa pelo portão tento distrair minha mente olhando à vista. Durante o percurso tento me distrair.
Depois de um tempo o carro para em frente à um restaurante famoso. Olho um pouco surpresa ao não ver nenhum cliente no restaurante pois até mesmo papai que tem grande influência raramente consegue reservar uma mesa sem ser com algumas semanas de antecedência.
O motorista que não disse nada durante o caminho abre a porta para eu que eu saia. Respiro fundo criando coragem e saio do carro segurando com certo nervosismo minha bolsa de mão.
Dou uns passos e paro quando percebo que o motorista sumira. Deduzo que eu tenha que prosseguir sozinha.
Volto a andar rumo à entrada e quando paço pela porta não consigo tirar os olhos de Sam e Sebastian.
Sebastian me nota e não me olha surpreso como se já soubesse que eu iria vir de qualquer forma antes do combinado.
Sam olha para trás apenas para me olhar e num gesto convidativo levanta a taça com um pouco de vinho e sorri. Engulo em seco ainda mais nervosa e decido ir até eles logo.
A passos firmes sigo até eles e tento não demonstra o medo que estou sentindo com misto de receio.
Quando me aproximo o suficiente os dois se levanta de forma atenciosa e olho ao redor rapidamente ainda não acostumada com o fato de estarmos literalmente sozinhos.
Volto a observá-los. Novamente eles estão bem vestidos e lindos como sempre de um jeito que tenho que me concentrar para não ficar os admirando feito uma boba.
-Espero que não tenha se importado em termos adiantado nosso almoço. -Sebastian fala de um jeito sério e frio sem parar de me olhar nos olhos e seu olhar me deixa ainda mais insegura.
Olho em seus olhos sabendo que eles não iriam me ferir pois se quisessem eles já o teriam feito.
Sebastian levanta sua mão, olho sua mão pairada no ar esperando a minha, pego sua mão e novamente sensações estranhas invadem meu corpo e como ontem ele leva minha mão até sua boca e deposita um beijo.
Fingindo que isso não me deixou estranha e com as pernas bambas assim como ontem respiro fundo continuando fingindo que está tudo bem.
Olho Sam que logo se aproxima e faz a mesma coisa que Sebastian. Após ver suas mão pairada no ar esperando a minha opto por pegar logo sua mão. Sam deposita um beijo em minha mão e uma eletricidade percorre meu corpo enquanto não paramos de nos olhar. Solto sua mão e enfim quebro o contato visual após ficar sem graça.
Sebastian volta ao seu lugar e Sam puxa uma cadeira para que eu me sente.
-Obrigada. -Falo criando forças para não demonstrar o tão ansiosa estou para saber o que tudo isso significa. Sento na cadeira e Sam logo senta em seu lugar ficando de frente para mim.
Sebastian levanta a mão e logo vejo um garçom vindo em nossa direção segurando uma garrafa de vinho e fico surpresa ao saber que não estamos literalmente sozinhos, após deduzir que deve ter um ou dois cozinheiro e um garçom apenas volto a fitar Sam e Sebastian enquanto coloco minha bolsa de mão na cadeira vazia ao meu lado.
-Tivemos que mudar nosso horário para que não fossemos interrompidos. -Sam fala cortando o silêncio quando o garçom para ao nosso lado. -Aceita alguma bebida? -Pergunta Sam de um jeito calmo.
-Eu... -Começo a falar, mas o garçom me corta.
-Senhores já posso servir à entrada? -O garçom pergunta após entregar a garrafa à Sebastian que não o permitiu me servir. Noto que Sam o olha com um olhar mortal de um jeito que me causa calafrios.
-Saia por aquela porta e se jogue na frente do primeiro carro em alta velocidade. -Sam fala olhando o garçom de um jeito estranho e o garçom como se tivesse hipnotizado começa a seguir até a porta.
Meu coração acelera e sinto que não posso permitir isso.
Olho desesperada para Sam que olha para o cardápio como se ele nada tivesse feito.
Levanto e olho para trás vendo o garçom seguindo até a porta.
-Pare! -Peço sem mais delongas não permitindo que ele saia pela porta. Quando ele vai abrir a porta de vidro e sair ele simplesmente para como se eu tivesse quebrado o enquanto de Sam.
-Volte aos seus afazeres. -Sebastian fala sério para o garçom parando ao meu lado e o garçom se vira e segue até onde deduzo que seja a cozinha.
Quando ele passa a minha frente vejo seus olhos castanhos lagrimejando e mesmo que não demonstre vejo o medo em seu olhar.
Assustada olho Sebastian.
-Peço desculpa pela brincadeira de mau gosto de Sam, sente-se novamente por favor. -Sebastian fala com um olhar frio como se não tivesse acontecido nada. Por um momento penso em negar, mas olho para Sam que respira fundo parecendo arrependido.
-Você ia falar algo, mas quando ele a interrompeu fiquei irritado tenho que admitir, prometo que irei pensar antes de fazer tais coisas novamente. -Sam fala e me olha nos olhos parecendo estar falando a verdade.
Sebastian faz um gesto para que eu retorne ao meu lugar, controlo minha respiração e volto ao meu lugar ainda não entendendo o que tudo isso significou.
Sam ia mesmo permitir que o garçom se jogasse na frente do carro? -Me pergunto duvidando por um breve momento da palavra de Sam. -Ele parou quando eu pedi que ele parasse, será que eu quebrei a hipnose de Sam sobre ele? -Me pergunto intrigada começando a suspeitar que talvez ele estava me testando.
Somente após eu estar sentada é que Sebastian retorna ao seu lugar.
Algo em mim ordena que eu não devo duvidar deles, mas algo também diz que devo fugir o quanto antes.
-Você está muito quieta, o seu silêncio me deixa curioso. -Sebastian fala e me olha sério. Engulo em seco sabendo que não posso fazer nenhuma besteira.
-Como conseguiram fazer com que o restaurante ficasse vazio? -Pergunto puxando assunto tentando agir com naturalidade enquanto a cena do garçom não sai de minha mente por completo.
-Foi mais fácil do que pensa. -Sebastian responde minha pergunta enquanto degusta do que deduzo que seja vinho em sua taça e lembro que eles não são apenas vampiros, eles possuem a magia além de serem os primeiros vampiros. Seus olhos tem um brilho sobrenatural que transmite paixão, perigo e sedução.
Pisco algumas vezes não entendendo porque me perco em seus olhares e tenho sensações e emoções estranhas tantas vezes.
-O que esse convite significa? -Pergunto não me contendo sabendo que eles não me convidaram apenas para um almoço para sermos amigos.
-Direta como sempre. -Sam fala e o olho nos olhos. Seus olhos lindos me lembra da visão que tive em que eu era Elizabeth e que ele era tão diferente. -Isso é uma das qualidades que mais gosto em você Evelyn. -Suas palavras soam de um jeito estranho e sinto um certo nervosismo enquanto fico perdida em seus olhos.
Saio do transe em que estava quando Sebastian coloca um pouco de vinho em uma taça e depois a entrega para mim. Pego a taça tentando não tremer e apenas a seguro enquanto espero a resposta deles.
-Evelyn ninguém além de você sabe que estamos aqui em Londres. -Sebastian começa a falar sério sem perder a sua postura elegante.
-Apenas eu sei? -Pergunto intrigada sem entender o porque disso.
-Apenas você sabe que realmente somos nós, não permitimos nenhuma outra pessoa além de você de ver a nossa real face. -Sam fala e percebo que tudo isso é muito estranho e ainda mais misterioso.
-Isso é estranho, pensava que vocês tinha pelo menos algum aliado. -Digo a verdade.
-Na verdade Safira é uma aliada. -Sam fala me deixando surpresa.
Raios! Estava tão óbvio, não haveria outra razão para ela ter dito tudo o que disse. -Penso me sentindo tola ao não ter percebido de fato isso.
-Evelyn não queremos apenas que quebre a maldição, queremos protegê-la também. -Sebastian fala de um jeito sincero e bebo um gole do vinho na esperança que ele me ajude a digerir tudo isso.
-Me proteger de Celeste? -Pergunto suspeitando que seja por causa de Celeste pois ela já tentou me matar uma vez.
-Não apenas de Celeste, ela não é a única que quer matá-la, muitos vampiros temem que possamos ser libertos da maldição e se soubessem que você é a escolhida certamente você correria perigo. -Afirma Sebastian me lembrando o que Safira já comentará uma vez.
-Celeste já sabe que sou a última sucessora. -Digo suspeitando que eles já sabem disso.
-E não se perguntou porque ainda está viva? -Sam pergunta sem tirar os olhos de mim. -Ela pode ter tentado matá-la, mas não fez o serviço completo, ela sabia que alguém iria salvá-la, ou seja Celeste estava tentando te assusta-la. -Conclui Sam num resumo breve e rápido abrindo meus olhos para outro ponto de vista.
Percebo que se Celeste me quisesse morta ela já o teria feito, mas então porque ela não me matou ainda? -Me pergunto sabendo que Celeste já sabe que sou uma das sucessoras de Sofia e que o fato de eu estar noiva de Tyler deve te-lá irritado mais ainda.
-Celeste não pode mata-la do nada, o conselho não permitiria, por mais que ela seja a líder ela precisaria de um motivo para isso porque seu pai ainda tem forte influência, e se ela não abriu o jogo com o conselho dos vampiros por causa de tudo que sabe quer dizer que ela tem medo de você. -Supõe Sebastian e percebo que não a outra razão.
Após assimilar tudo o que ouvi percebo que eles estão certos.
Respiro fundo já cansada de tudo isso. Celeste quer me matar e Tyler me quer apenas pelo o sangue que corre em minhas veias. Volto o foco para Sam e Sebastian.
-Como irei liberta-los da maldição? -Pergunto sabendo que se eles estão a minha frente em carne e osso seria apenas por causa disso. Os observo esperando a resposta.
-Na hora certa irá saber. -Sebastian fala em tom sério com um olhar frio e distante.
-Pensei que o motivo da visita de ontem e de tal convite fosse por isso. -Falo sem entender eles de fato.
-Evelyn quando irá entender que não somos como os demais que são movidos apenas pelo o interesse e a ambição? -Sam pergunta parecendo estar ofendido com o que disse antes.
-Isso é muito confuso. -Digo o que penso sem mentir. -Sei que vocês querem que eu os liberte da maldição, mas vocês disseram que na hora certa saberei, Celeste quer me matar e ainda não matou o que é estranho, Safira oculta coisas e vocês apenas me visitam? -Pergunto incrédula cansada de tudo isso. Noto que falei sem pensar direito. -Apenas estou cansada de tudo isso. -Digo sem jeito e olho a taça de vinho.
-Se você soubesse o tanto que o sangue que corre em suas veias é especial. -Sebastian fala e o olho nos olhos suspeitando que meu sangue não tenha nada de especial e que seja apenas uma maldição.
-Se você soubesse as coisas que pode fazer. -Desta vez Sam que fala e o olho lembrando da visão que tive de Elizabeth em que Sam a ensinava algum tipo de magia. Sam me olha estranho como se soubesse o que estou pensando e paro de olhar nos seus olhos me negando a acreditar que posso praticar magia já que isso é impossível pois sou apenas uma humana.
Respiro fundo tentando não surtar com as dúvidas que aumentaram e perguntas sem respostas.
-Como vai seu noivado? -Sebastian pergunta sério e o olho assustada por tal pergunta repentina. Me recomponho ao supor que tais notícias correm rápido e que ele apenas está curioso.
-Ainda é recente, faz pouco tempo que papai dera minha mão para Tyler. -Falo um pouco sem jeito tentando soar calma e olho para a taça de vinho não demonstrando o tanto que estou irritada e magoada com isso.
-Você quer isso? -Sam pergunta como se quisesse saber minha verdadeira resposta e o olho.
-Não. -Digo a verdade, por mais que Tyler me atraía e me deixe confusa não quero me casar com ele desta forma.
-Temos uma proposta para lhe fazer. -Sebastian diz e o olho seria prestando atenção deduzindo que enfim eles vão chegar ao motivo de tal visita. -Temos que voltar para casa, ficaremos muito pouco em Londres, mas se você vier conosco não precisará casar-se com Tyler. -Sugere Sebastian me surpreendendo.
Fugir? A solução para que eu não case com Tyler é apenas fugir com Sam e Sebastian? -Me pergunto receosa ao mesmo tempo que fico tentada a aceitar isso pois de qualquer forma meu destino está ligado ao deles e não vejo outra forma de escapar de ser morta ou ter de me casar com Tyler.
Penso na minha família, mamãe talvez enlouqueça, papai me deserdaria, Tobias talvez entenda, Eduarda provavelmente iria me odiar por não conviver com ela e seu filho. Lembro do casamento de Eduarda e olho aflita para eles.
-Talvez você devesse se preocupar menos com sua família e pelo menos uma vez na vida pensar em você, se você continuar aqui você irá viver uma vida infeliz ao lado de Tyler com as ameaças de Celeste e com medo dos demais vampiros a matarem. -Sam corta o silêncio. Suas palavras parecem repetir em minha mente algumas vezes pois sei que ele está certo.
Depois do casamento de Eduarda estava mesmo pensando em fugir, mas algo me incomoda nisso pois ainda não confio plenamente neles o que é horrível pois até agora eles são muito mais humano do que pensei que fossem apesar de não serem literalmente humanos.
-Eduarda se casará daqui duas semanas, logo depois de seu casamento irei com vocês. -Enfim falo ao criar coragem enquanto me convenço que isso é o certo e que não há outra solução pois se de um coisa eu tenho certeza é que tenho que livra-los desta tal maldição. Ainda os observando noto que eles aceitaram a única coisa que quero ter de fazer antes de fugir com eles.
Meu celular faz um barulho deixando evidente que chegará uma mensagem e estranho pois quase nunca uso o celular e nem recebo muitas mensagens ou ligações.
-Vou apenas desligar o celular. -Falo sem jeito assim que vejo o garçom acompanhado do cozinheiro vindo em nossa direção trazendo o nosso almoço pois sei que receber mensagens e respondê-las é falta de educação.
Pego minha bolsa e rapidamente procuro o celular dentro dela, após pegar o celular decido apenas ler a mensagem que me deixará curiosa. Abro a mensagem de Tobias estranhando;
"Evelyn preciso de sua ajuda, estou na casa de Tyler e ele não deixa eu sair, venha o quanto antes por favor." -Leio a mensagem de Tobias e olho para Sam e Sebastian preocupada com Tobias.
O que raios Tobias faz na casa de Tyler? -Me pergunto apavorada.
-O que houve para que seu semblante ficasse assim? -Sam pergunta de forma atenciosa mesmo enquanto tentava não mostrar o quão preocupada estava.
Engulo em seco pensando em algo para que eu possa ir na casa de Tyler e ver o do porque raios Tobias está lá.
-Acho que meu irmão está com problemas e... -Não termino a frase pois Sebastian me interrompe.
-Não precisa se preocupar, nosso motorista a levara onde precisa ir. -Sebastian fala rapidamente como se me entendesse. Ele ergue a mão e após alguns segundos olho para a porta vendo o motorista que me trouxe em pé com a porta de trás do carro já aberta me esperando do lado de fora.
Volto a olhar Sebastian e Sam me sentindo mau por ter que sair assim do nada justamente por causa de Tyler.
-Obrigado. -Falo sem jeito odiando Tyler por um breve momento. Seguro minha bolsa de mão com firmeza e levanto.
Esquecendo de me despedir sigo até a porta às pressas, mas ante de passar pela porta que já está aberta olho para trás. Sebastian ergue sua taça de vinho de um jeito elegante e sedutor apesar do olhar frio.
-Até daqui duas semanas. -Sebastian assopra suas palavras numa simples despedida e noto que Sam parece um pouco irritado com algo.
Volto a olhar para frente e saio do restaurante rumo ao carro sabendo que Tobias precisa da minha ajuda.