Capitulo 12: Eu te amo

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Eu estava feliz. Voltei a minha rotina normal, por mais que eu não havia saído dela.
Estava tudo indo perfeitamente bem. Assistimos a um filme juntos, nada de terror dessa vez, apenas comédia. Acordamos na terça feira animados para contar para o povo sobre o que houve.
A primeira pessoa a saber, foi Ana Paula. Ela ficou feliz mais eu assumo que eu pensei que ela iria ficar mais, até parece que ela sabia de tudo.. Enfim, as aulas corriam e fomos para a educação física, bem não tinha nada pra fazer, pois era campeonato, nossa sala não iria jogar mais a sala de uma pessoa iria. Assim que eu saí e vi a vaca da Melissa, já olhei pra quadra e vi Gustavo se preparando para entrar no jogo. Pra não ficar sem fazer nada, decidi juntar algumas garotas tanto da minha sala, quanto das salas que ali estavam para jogarmos queimada. Bem partidas rolavam e do nada... Uma bola acerta Melissa. Pena que não fui eu quem a aceitou.. Seria perfeito. Bem ela só sabia gritar:

- Êh caray, não tá vendo a gente aqui não porra, ah vai tomar no c*...

E por aí vai. Bem isso até eu "SEM QUERER" acertar uma pequena bolinha nelas.
Nossa como aquela garota faz um drama pra tudo.

- Na próxima bola que acertar aqui eu rodo mão na tua cara - grita.

- A é ? Ok, então vamo vê meu amor - Rebato.

Voltamos a jogar e nos últimos minutos de jogo... Bendita bola quase bate nelas e ela vem encima de quem? Exato. Ou eu tenho açúcar ou eu sou coberto por uma maldição, por que né.. Só vem atrás de mim com tantas pessoas jogando, e olhe lá que dessa vez nem fui eu quem jogou a bola. Iria ser uma confusão gigante se ela não tivesse sido apartada por um grupo de pessoas que estavam lá assistindo o campeonato. Nem liguei parei de jogar e fui assistir com Ana, ela por outro lado só visava a bunda de seu "crush" Rafael, melhor amigo de Gustavo. Confesso que era gigante, quase comparado a minha porém...
Eu por outro lado, não gosto de futebol, pra mim não tem lógica nenhuma, mais aceito quem gosta e joga, eu por outro lado não vejo sentido. Gustavo, num lance quase faz um gol, mudando assim o placar que desde o início do jogo, não saia do 0 para os dois lados. Nesse instante, chamo ele é digo o que eu sempre quis dizer, não necessariamente pra ele, mais para o amor da minha vida (isso a alguns anos atrás quando eu planejava meu futuro):

- Faz um gol pra mim?! - Peço, na esperança que aquele placar mude.

Ele, ofegante, cansado e suado, não responde nada, apenas pisca o olho, da uma risadinha, beija o emblema de sua sala e volta a jogar. E eis que nos últimos minutos de jogo, vem o bendito gol. Eu me alegro um pouco, pois eu já havia esquecido que eu tinha feito o pedido. Quem me lembrou foi ele quando ele chega perto da grade onde eu estava e diz:

- Feliz? - disse ele bastante ofegante.

Quando ele disse isso, eu lembro do pedido, e pra ele não pensar que eu esqueci, só dou uma risada. Pra mim foi um dos melhores momentos. Quando acabou o jogo, eu peço para que gustavo me espere na hora da saida para podermos ir juntos para casa, ou esperar "nossa mãe/ minha sogra". Na hora da saída, eu espero um pouco, pois eu fui chamado de novo pela minha diretora Cláudia. Não era nada importante, nem sei o por que de eu ser chamado por um motivo tão banal quanto àquele. Sai quase por último da escola, pensando eu que Gustavo havia ficado bravo comigo pelo "bolo" que que dei nele. Ao longe na escada da recepção da escola, vejo um grupinho de gente, conhecida, mais como eu estava com pressa para chegar em casa, pois meu pai havia de chegar hoje à tarde, decido nem parar para conversar pois eu sei que eu iria demorar e demorar bastante. Ana por outro lado estava inquieta, queria por que queria parar para conversar com eles e ainda queria que eu fosse junto. Bem decido ir, sei que vou me arrepender pois eu havia prometido a minha tia que iria buscar meu pai no aeroporto junto a ela. Bem, decido acabar logo com aquilo, e demorar no máximo 10 minutos com ela, quem sabe daria para pegar minha tia saindo de casa.
Assim que eu piso no último degrau, o caminho se abre, e vejo Gustavo entre eles. Eu sem entender nada, não dou muita bola, participo da conversa do mesmo jeito até que.. Algo acontece. Gustavo para a conversa, me chama no meio da roda, e diz:

- Feh, sei que dei muita mancada contigo nos últimos dias.. - Eu penso em interromper mais ele ainda continua me pede para somente escutar - eu fui um babaca em tudo que fiz você passar, eu queria voltar lá no passado, e dar um soco na cara desse idiota aqui que tá falando contigo agora, se eu soubesse de todas as consequências que o que eu falei, tudo teria sido diferente. Eu te amo de verdade, e agora que eu sou "livre", em algumas partes, eu quero dividir o resto dessa liberdade ao lado de uma pessoa que me deu tudo o que eu precisei. - Falou.

Eu sem entender coisa alguma do que estava acontecendo, decido só escutar. Me surpreendo quando ele se ajoelha na minha frente, pega minha mão direita, e diz:

- Felipe de Lira, você aceita viver o que me resta da minha vida ao meu lado, me fazendo a pessoa mais feliz do mundo, (assim como você já havia feito bem antes desse pedido)? - Disse ele.

Eu fiquei totalmente paralisado, igual a uma estátua, mais uma estátua que só sabia chorar. Sem perca de tempo, aceito e vejo que ele retira de seu bolso uma aliança de prata, pega meu dedo anelar direito e a coloca. E pede para mim por uma igual no dedo dele.
Eu ponho e ele me beija. Foi o nosso primeiro beijo em público, por mais que não fosse um público enorme mais foi. Saímos de mãos dadas, e fomos para a porta da entrada e vimos que minha tia havia chegado para nós buscar para nós irmos pegar meu pai. Para não deixar Ana sozinha eu a convido para ir conosco e ela aceita e ainda diz:

- Foi tudo milimetricamente calculada, até a Cláudia participou...

Agora eu entendo o motivo de toda aquela demora. - Eu quase vôo nela por ela não ter me contado nada. Mais, eu amei a surpresa.

Minha tia no volante só sabia rir. Ria de nossas palhaçadas, pricipalmente entre mim e Ana, pois a gente se xingava, fazia palhaçadas, era o máximo. Matamos a saudade de meu pai. E fomos para casa. Agora o outro desafio, eu tinha que contar  para meu pai sobre mim e Gustavo. Eu sei que ele vai gostar da ideia, ele não dá tanta importância para minha orientação. Isso é o que eu amo nele e detesto em outros pais. Voltamos para casa, eram tantas novidades que eu havia de escutar e também tinha pra contar. Mais decido deixar meu pai descansar, seria o melhor para ele...

Continua...

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora