Capítulo 6: A Detetive

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A madrugada de hoje foi a melhor que já tive. Nunca imaginei viver aquilo, daquela forma, e principalmente com Gustavo. Após cansados, dormimos como pedra. Acordamos com os últimos gritos do despertador. Nos atrasamos, e muito. Mas mesmo assim decidi que iríamos pra escola mesmo assim.

Tive que mentir para a secretária, falando que nos tínhamos que acompanhar meu pai ao médico, que ele não poderia ir só. Fiz um teatro completo. Até ela nos liberar falando que não iria nos liberar de novo. Claro que ela não acreditou. Mas gosto que pelo menos ela fingiu. Na escada dos corredores, me despedi de Gustavo com um selinho e fomos cada um para sua sala.

Chegar divando no meio da aula do professor de matemática era maravilhoso. Eu me sentia um deus, todos os olhos voltados para mim, por mais que seja olhar de indagação. Contei o que tinha rolado na madrugada para Ana Paula. Estava tão eufórico, que mal percebi ela pálida me olhando. Quando perguntei se ela estava bem, fiquei surpreso quando ela disse :

- Amigo, é.. Eu to gostando do Rafa - Disse ela.

Rafael é o melhor amigo de Gustavo. Desde a infância convivemos juntos. Ele ia lá em casa e brincávamos um pouco. Mas nunca fomos muito próximos, acho que foi por isso que ele se apegou mais a Gustavo.

- Olha, eu posso até ver o que eu posso fazer. Imagine nos quatro, andando pela rua, sem destino... Isso é magnífico! - Respondo alegremente.

Eu já pensava num futuro que nem eu saberia se ele poderia acontecer ou não. Ela ria, não acredita tô que à ajudaria nessa.
Horas depois eu fui chamado na diretoria para a diretora poder falar comigo. Eu achei estranho. Eu não dei na cara de nenhuma vagabunda, (AINDA), não deixei de fazer a materia, nem discuti com nenhum professor, (AINDA). O que será que deve ser? Bem só me restou ir ao encontro dela.

Chego na diretoria e me deparei com Gustavo, parado de braços cruzados, bem agitado. Dava pra ver que ele estava visivelmente puto. Olho pra ele com cara de quem não estava entendendo o que estava acontecendo, e entro na sala da diretora que diz:

- Felipe olha, eu sei que eu não deveria te chamar aqui, principalmente pra falar do assunto que eu vou falar. Bem, no máximo vou te perguntar, e quero que seja sincero. - Disse ela.

Bem, antes de ela me perguntar alguma coisa eu pergunto:

- Ok Cláudia. Mas antes me tira uma dúvida? O que meu primo está fazendo lá fora? Ele aprontou alguma coisa? - Pergunto.

- Bem, é sobre isso que eu te chamei aqui. - Respondeu - Eu queria ouvir a sua opinião sobre alguns aspectos relacionados a ele.  Bem eu não quero perguntar a ele pois não tenho tanta intimidade com ele o quanto eu tenho com você. Então é o seguinte, apesar de ele não vir aqui o tanto quanto você, eu o conheço bem. E alguns de seus comportamentos não são normais..

- Oi? Como assim, oque ele fez? - Pergunto nervoso.

- Bem, ele discutiu com uma colega de classe hoje, - Respondeu. - Por motivos que ele não me disse e isso que me preocupa. Você viu o estado dele quando chegou aqui.

- Tá bom. Com quem ele discutiu? - Pergunto.

- Bem eu vou deixar ele te falar. - Responde ela.

Ela sai de minha presença e vai chamar o Gustavo. Eu achava estranho, ela ter me chamado e não minha tia Laura. Eu conheço a Cláudia. Se ele está com um comportamento que realmente é tão grave o quanto ela me disse, ela deve ter me chamado aqui para poder cortar o mal pela raiz, se é que existe mal. Apesar de tudo, eu entendo o lado dela, tentar evitar "o pior" antes que ele aconteça. Os dois voltam pra sala e a conversa continua

- Bem Gustavo, como eu te disse, só chamei o Felipe aqui para poder conversamos, já que foi você que pediu pra chama-lo aqui. Diga para ele o que aconteceu. - Disse Cláudia.

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora