Capítulo 16: Os novos membros

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5 Meses depois

Estava tudo indo maravilhosamente bem. A barriga da minha tia estava cada vez mais enorme ( apesar de só estar com 6 meses ).Eu não ia muito nos ultrassons por que eu havia enjoado de tanto estar no ambiente do hospital. Estava na hora de ir ver qual seria o sexo do bebê, e cada um de nós estávamos ansiosos para saber, porém meu pai não pode ir no ultrassom por que teve uma emergência no trabalho e teve que ir resolver, nem Gustavo por que pegou uma virose terrível. Bem, só restava eu então fui.

- Engraçado, desde o primeiro ultrassom ele fica de pernas fechadas - Disse minha tia sentando na maca.

- É! - Disse a doutora - Vamos ver se isso muda hoje. Pode deitar.

Minha tia estava mais ansiosa que eu. Só não espero ouvir o coração da minha tia ao invés do bebê.

- Olha um eu já sei - Disse a doutora.

- Oi? Como assim "um eu já sei"? Só tem um aí dentro! - Disse eu.

- Não! - Disse a doutora rindo do meu espanto- São gêmeos! Um é menino o outro desde o início não dá pra ver!

Quase cai pra trás depois dessa! Gêmeos? Meu pai não estava preparado para um direito, vai lá dois.
Saímos dali com aquela notícia já pensando em como iríamos contar para eles. Decido que antes de eu ir para casa, iria passar na casa da Ana Paula e ver como que a piranha estava.

-Tá melhor vagabunda - Pergunto.

-Tô viado. Me atualiza, sua tia tá grávida e ninguém me conta nada - Reponde.

- Está. E de gêmeos. - Continuo.

- Uau, são dois pestinhas para você cuidar, eita se fodeu. - Fala ela rindo da minha cara.

- Amiga... Vai se foder. - Rebato.

- Tô brincando bebê! Mais você sabe que eu tenho razão. - Diz ela se sentindo superior.

- Sim - Falo abaixando a voz.

- Mudando de assunto, e o meu cunhadinho - Perguntá ela sobre Gustavo.

- Está bem. Só não entendo o por que de a senhora não estar indo pra escola.- Pergunto de volta.

- Bem, - Continua ela - minha licença acaba na segunda feira e... Eu quase morri e você ainda fala assim? Olha que eu arranho tua cara inteirinha tá querido.

Bem, os meses se passaram mais Ana Paula não perdeu o seu senso de humor. Voltando pra casa, encontro meu pai de carro no caminho e já conto a notícia de nossos novos integrantes à família. Ele ficou sem ar (como eu esperava) mais suportou.
Chegamos em casa e ainda era 16:30, decido fazer um lanchinho já que eu não tinha comido na escola. Ah, já ia me esquecendo, Gustavo e Rafael se mudaram para minha sala, quando eu contei essa notícia para Ana, só faltava ela pular de alegria (pois ela gostava do Rafael).O primeiro dia dos dois foi engraçado, eles ainda não estavam acostumados ao novo horário das aulas. A cada professor que entrava e via os dois, era uma piada nova com a mudança dos dois. Não era preciso mais, a gente esconder o nosso namoro. A metade da escola já sabia o que rolava, e por incrível que pareça ninguém fez nenhuma piadinha sem graça até agora (acho que é por causa do Gustavo.. Com algumas pessoas ele é meio "agressivo"). Gustavo ficou com medo da reação de algumas pessoas quando contou sobre nós, e isso não se foi com o tempo, eu sei que a pessoa de quem ele esta com "medo" realmente, era melissa. Falando no diabo, não tenho mais notícias dela desde semana passada. Alguém vingativo meio que expôs ela para a escola toda. Todo mundo viu o bojo que ela carrega no sutiã. Ninguém sabe ao certo quem foi que espalhou, ainda bem pois eu iria dar um abraço e um beijo pois essa pessoa já se tornou um amigo (por mais que eu nem sei quem é).
Chegando em casa, marcamos uma nova consulta na semana que vem, para tentar saber o sexo do outro bebê, jantamos e fomos dormir.
Na semana seguinte fomos ao ultrassom.

- Eles estão bem. - Afirma a doutora.

- E o sexo do outro bebê - Pergunta minha tia.

- Hum... Menino.. são dois meninos. - Afirma mais uma vez a doutora.

Um ar de alegria rondou o local, mas a cara da doutora não era muito boa.

- O que foi doutora, ha algum problema? - Pergunta minha tia.

- Então Laura, eu tenho uma má impressão, mais antes de eu dizer, quero que você faça uns exames ainda hoje, e volte aqui amanhã pode ser. - Fala a doutora com uma cara um tanto que não desejável.

- Tá mais não posso nem saber o que é? - Pergunta minha tia.

- Não quero dar falsas esperanças. Pelo menos por hoje. Vou encaminhar você para a coleta de sangue. Provavelmente ainda hoje sai o resultado. - Afirma a doutora.

- OK. Tem como você me marcar para amanhã então? - Pergunta minha tia.

- Tudo bem! - Diz a doutora.

Saímos da sala e fomos fazer o exame. Era grande a nossa expectativa. Não contamos nada para ninguém quando chegamos em casa, só dizemos que marcamos outra consulta para amanhã.
No dia seguinte, fomos ver o que houve para a doutora estar com aquela cara.

- Então Laura, eu vi seus exames e tenho uma notícia. - Fala a doutora.

- Seu suspense está me deixando agoniada doutora - Diz minha tia com ironia.

- Então é, se lembra de ontem que você soube que você seria mãe de dois menininhos? - Pergunta a doutora.

- Sim, e também lembro que sua cara após isso não foi nada boa - Diz minha tia.

- Isso. Eu teria que ver seu exame para ter qualquer reação. - Fala a doutora.

- Então o que era doutora? - Pergunto.

- É, você não vai poder segurar a gravidez por muito tempo - Afirma a doutora.

- Como assim? Eu posso perder meus bebês? - Pergunta minha tia desesperada.

- Não. Você precisa fazer um parto de emergência. Por que se não na hora exata, ou seja nós 9 meses, você terá complicações. - Afirma a doutora.

- Então, quando que será esse "parto de emergência"? - Pergunta minha tia.

- No máximo, quando você tiver 7 meses e meio - Afirma a doutora.

- Mais eu faço 7meses nesse fim de semana - Diz minha tia.

- Então, daqui a duas semanas você terá os seus filhos em seus braços - termina a doutora.

Não havia como não contar isso para meu pai e para Gustavo. Essa era a hora. Por um lado isso é bom, teríamos os meninos mais rápido, mais por outro... eles teriam que ficar na incubadora até ficarem saudáveis.
Contamos e eles tiveram a mesma impressão que eu sobre essa história. Não havia mais nada a se fazer, a não ser esperar o dia em que teremos os novos moradores da nossa casa.

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora