Capítulo 2: Gustavo: A separação

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Gustavo

Assim que contei tudo que sentia ao Felipe, e que minha mãe e o pai dele chegaram, fui tomar banho. Ele por outro lado, resolveu dormir na casa de uma amiga, e só iria-mos nos encontrar amanhã na escola. Fiquei meio triste pois queria que ele ficasse aqui em casa essa noite, pra tirar outra dúvida minha.

De manhã quando acordo, desço para a sala perguntando se Felipe havia voltado pra casa. Com a resposta negativa, meu tio diz que tinha uma pessoa que queria me ver. Fiquei confuso, se não era Felipe, quem poderia ser? Vou para a cozinha e me deparo com a pessoa que eu menos queria ver (pelo menos naquele momento) Melissa.
Ela me olhava com um tom de desejo, eu por outro lado, de desprezo, mas eu sabia disfarçar.

- Meu amor, que bom que você acordou. Que saudade! - Disse ela vindo me abraçar

A única pessoa que eu queria que falasse isso pra mim, estava dormindo em outra casa mais logo retirei aquele encosto do meu ombro e disse:

- Melissa, nois precisamos conversar. E sério.. - Disse eu a afastando.

- Pode falar meu amor... - Disse ela sentando no sofá.

- Bem, vou ser claro e objetivo: Eu quero terminar. - Falei friamente.

Fui bem frio em minhas palavras. Mas diante de tudo que eu já tive que aturar por causa dela, o que fiz era muito pouco para o que ela merecia.

- O que? Como assim? Terminar? De onde você tirou essa ideia maluca? Ah já sei, foi daquele viado imundo né? Faz tempo que eu sei que ele é doido pra te pegar, e vejo que ele há fez a tua cabeça acabar com o nosso amor. -Disse ela se referindo ao Felipe.

- Amor? não existe amor há muito tempo entre nós dois. Você é muito arrogante e, depois do que eu tive que aguentar por sua causa, você joga a culpa que é sua, pra cima do meu primo, que não tem nada haver com a história. Agora você passou dos limites - Falei irritado.

- Guh se o problema é a minha arrogância, eu posso mudar... Só ... Só me da outra chance. Por favor ! - Lamentou ela ao tentar me abraçar novamente.

- Não. Não quero te dar outra chance. Não quero viver uma mentira, e não quero ficar ao lado de quem não amo há muito tempo. - Disse eu a afastando mais uma vez.

- Há muito tempo? Quer dizer que você não me ama há muito tempo? - Disse indignada.

- Exatamente! - Respondo.

-Então eu não marquei tua vida? - Perguntou ela.

- Você marcou a minha vida sim! - Respondo - Mais não sei dizer se foi para o bem ou mal. Só sei que não quero mais. Chega! Não aguento mais essa sua falsidade. Todo mundo sabe que você já me traiu com o Rafael. Eu só fiquei contigo até hoje, por que queria saber até quando é onde vai a tua cara de pau.

- Não faz isso comigo... Eu te amo! - Disse ela.

- Você vai precisar de muito mais que palavras pra pelo menos chamar a minha atenção. - Respondo friamente.

- Então... Oque você quer que eu faça? - Perguntou ela.

- Que você suma da minha vida. Pois eu vou atrás de quem esteve ao meu lado todas as vezes que você deu mancada comigo, e ficou comigo todos os momentos que você não quis. Agora suma daqui. Eu não quero mais te ver. - Disse eu virando as costas.

Ela secava as lágrimas falsas de seu rosto e disse com um olhar frio e vingativo:

- Eu não sei quem é essa pessoa que pôde tirar você dos meus braços. Eu só posso dizer que eu vou descobrir e nunca vocês vão ser felizes juntos... E principalmente... Se for aquele seu priminho querido. - Disse ela.

Ela levantou do sofá com raiva, bateu a porta e foi embora. O tempo havia passado de mais, durante essa conversa. Tanto que eu resolvo não ir a escola, e volto a dormir.
Quando acordo já é 13:10, olho para cama ao lado e Felipe ainda já havia chegado. Desço sem fazer barulho e noto que nossos pais não estão em casa, e vejo que ele está na cozinha à preparar seu café. Eu o abraço por traz e digo:

- Hum.. tava morrendo de saudade de você...

- Nossa! você dormiu igual a uma pedra. Eu te chamei e você não acordava. - Disse se virando, me abraçando e me dando um selinho - eu também tava com saudade. Queria te ver hoje na escola, já que passei a noite toda fora, mais você não foi.

- É, eu não quis ir mesmo. Não estava no clima. Mas agora estou. E estou bem no clima! - Falo o agarrando pela cintura e beijando forte.

Me surpeendo quando ele para o momento e diz:

- Guh. Você sabe o quanto eu te quero, mas isso que a gente está fazendo, não está certo. Claro que a tua namorada é uma das minhas piores inimigas, se não for a pior. Não é te menosprezando mais se eu continuar com isso, eu estaria me rebaixando ao mesmo nível daquela vadia, e isso eu não quero. - Disse ele.

- Amor, - Primeira vez que eu o chamo de amor - Primeiro, pra mim você é único. Nada que se compare a ela, e segundo, o motivo ao qual eu não fui pra escola foi esse. - Respondo.

- Qual? - Pergunta ele

- Eu simplesmente acabei com aquela mentira que vivia. - Respondo.

- Oi? Não eu não estou entendendo. Como assim, acabou? - Diz ele com um ar de indagação.

- Eu fiz o que eu já havia feito há muito tempo. Agora, nada impede de você ficar comigo. - Respondo.

- Sério?! - Pergunta ele.

- Sim. Agora eu posso exercer o amor que eu sinto por você. - Respondo.

Nós beijamos. Agora sim ele pode me amar como ele sempre quis. Mais do que ele queria e não pôde, pois o seu lado certinho o impedia. Sinceramente, o desejo que eu sentia naquela hora, era de leva-lo para o quarto é foder seu cu com força, como eu sempre quis.Mais não pude.

Pelo menos naquele momento...

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora