Capitulo 15: Ângela: a mulher misteriosa

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- Eu estou grávida - Disse Laura.

Era engraçado ver a cara dos dois ao saber da notícia. Um silêncio misturado com minha risada rola no ar. Isso até meu pai (quase engasgado) perguntar.

- Como assim?

- Grávida uai, ela está esperando um filho teu. - Respondi.

- Mais, mais.. - Disse meu pai.

Dava para ser a surpresa do meu pai ao saber da notícia. Gustavo por outro lado, ficou feito uma estátua, parado de olhos arregalados com a surpresa.
Minutos após a explicação da minha tia para os dois, um ar de felicidade rolou pelo local.
Após toda essa turbulência, fomos deitar. Eu precisava descansar pois eu teria que ajudar minha tia a comprar um enxoval neutro amanhã assim que eu chegasse da escola. Eu queria estar presente em tudo:
Na criação, no enxoval, troca de fraudas etc. Meu pai já disse que não é muito bom nessas coisas, quando eu nasci, quem fazia tudo era minha mãe e ele, ajudava como podia. Já eu, sempre levei jeito para a coisa.
O dia amanhece e logo percebi que já estou atrasado e levanto, nem tomo café e vou direto para a escola. Mal cheguei e já sou chamado para a diretoria.

- Felipe, é.. Eu quero saber uma coisa.
- Disse Cláudia - Fala ela.

- Ok, pode dizer - Disse.

- Então, o Gustavo veio aqui pedindo para mudar você para a sala dele, não que eu queira mudar você mais, você concorda? - Pergunta.

Eu olhava pra ela com uma cara estranha, por mais que a ideia fosse boa, não era uma boa ideia me manter no mesmo local em que a Melissa está.

- Não. - Afirmo - Bem, por mais que a intenção seja boa, não é uma boa idéia.

- Então é.. Tem um amigo dele eu acho que ele se chama Rafael, ele é um dos meninos com a situação mais complicada da escola e eu queria a sua opinião para ver se é uma boa ideia remaneja-lo para a sua sala. - Perguntou Cláudia.

- Olha isso eu acho bom, mais.. Seria melhor se o Gustavo viesse junto né? - Falo BRINCANDO..

Eu disse num tom de brincadeira somente para ver se tenho chance de Gustavo ir pra minha sala.

- Eu tô entendendo o que você quer dizer. Você quer estudar na mesma sala que ele não é? - Pergunta ela.

- Sim - respondo rindo.

- Olha, por mais que para você, essa ideia seja boa, não é. - Disse.

- Por que ? - Interrompo.

- Bem por que vocês estão num relacionamento, e isso pode atrapalhar os estudos de vocês - Disse.

- Não Cláudia, não vai. Por mais que você ache que eu não renderia com ele, eu sei separar as coisas. Assim você está me chamando de incapaz! - Falo com um tom de chateado.

- Não pelo contrário. Você promete que nada irá mudar? - Pergunta.

- Prometo. - Afirmo.

- Se você diz. Só posso dizer que, se eu ver alguma alteração no seu boletim, quem irá sair de uma sala para outra, irá ser  você. - Disse ela.

Eu olho pra ela com um olhar vingativo. Mais mesmo assim concordo. Só resta esperar a resposta dos garotos.
Volto pra sala e tento continuar meu dia, isso até eu ser chamado para outra reunião com os monitores de sala. Esse dia estava corrido de mais, mais consegui termina-lo com sucesso.
Saio da escola e vou para casa da Ana Paula para ver quando ela irá voltar para casa, e para escola.
Chegando em casa, estava todo mundo ansioso pela espera do bebê, a conversa começou pelo nome, enxoval, troca de fraudas tudo.

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora