Capítulo 17: Bem vindos ao mundo

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Duas semanas e meia depois

Era chegada a hora. Estávamos a caminho do hospital. As horas se passavam e não recebíamos nenhuma informação sobre o parto, minha tia ou meus irmãos. Quando chegamos no hospital, ia dar 05:45 da manhã, e até só sabíamos que ela estava no soro para incentivar as "contrações" mais não sei o por que da demora, chegamos aqui tão cedo e já vai dar 13:00. Meu pai num ato de preocupação pergunta para uma das enfermeiras qual o estado, se minha tia ainda estava no soro ou não mais a única coisa que ela disse é que ela iria para a sala de cirurgia a qualquer momento.
Meu pai estava nervoso e eu falei que iria ver o que eu poderia descobrir. Andando pelos corredores quase sem esperança encontro uma pessoa que sei que iria me ajudar

- David - grito.

- Oi Felipe tudo bem ? - Disse

David é o principal enfermeiro da doutora Gaby. A essa altura eu sei que ele poderia me ajudar. Ele tinha 37 anos e fiquei feliz a beça quando soube que ele era gay e casado com seu colega de trabalho Ryan.

- Tudo - Respondo - Migo me ajuda com uma coisa?

- Claro flor qual o problema? - Pergunta.

- Então, minha tia deu entrada hoje no hospital para ter um parto de emergência e até agora não temos notícia sobre o quadro dela - Digo.

- Eu posso tentar mais não sei se eu vou poder ajudar. Eu fiquei sabendo sobre isso mais não sou eu quem está ajudando no parto - Diz ele.

- E quem está ? - Pergunto confuso.

- O Ryan. - Responde.

- Ah.. ve o que você pode fazer por favor? - Pergunto.

- Ok! - Responde ele virando as costas e seguindo caminho.

Sento no banco mais próximo é espero por ele. Uns 5 minutos depois ele volta.

- Então, assim que eu cheguei no quarto onde ela estava, ela ainda estava no soro, mais agora quando eu sai parece que ela já está indo para a sala de parto, você não quer avisar seu pai e perguntar se ele não quer assistir? - Pergunta ele.

- Eu vou ver, se ele não quiser ir, eu posso ? - Pergunto com medo da resposta.

- Olha, eu não sei. Provavelmente não. - Diz ele.

Como esperado, fico meio ressentido pela resposta, mais como eu sou um pouco insistente com algumas situações, decido persistir um pouco mais.

- Você pode ver isso pra mim enquanto eu vou avisá-lo? - Pergunto.

- Beleza. - Responde.

Eu queria muito participar do parto, já que eu sabia que meu pai não iria pois tem medo de ver sangue. Mais pergunto mesmo assim.

- Pai é, ela ja está a caminho da sala de parto. Você quer ir assistir o parto? - Pergunto.

- Deus é mais, ver aquele monte de sangue. - Disse ele virando a cara.

- Então eu vou ver se eu posso ir - Respondo.

- Se você quiser... Eu duvido você entrar. - Disse meu pai zombando da minha "coragem".

Voltei meu caminho para onde eu estava. Chegando lá, encontro David no corredor me esperando

- Então migo, as normas do hospital só vão permitir você assistir somente com a autorização do seu pai, já que além dele está aqui como principal acompanhante da sua tia, e também por que você é menor de idade. - Diz ele.

- Então prepare o local onde meu pai deve assinar pois eu já falei com ele e ele não quer pois tem medo de ver sangue na frente dele. - Respondo.

Ele ria muito e me levou até a recepção do local onde nos estávamos, pegou um papel e pediu para que eu levasse até meu pai para que ele possa autorizar minha entrada. Minutos depois (já com o papel assinado) eu volto para o local onde David estava, entrego o papel é ele me encaminha para que eu possa trocar de roupa e ir ver o parto.
Alguns instantes depois, eu já estava dentro da sala e com um dos meus irmãos no colo levando-o até minha tia, e assim que chego no rosto dela vejo que o outro acaba de nascer. Era lindo ver essa cena, se pudesse em algum momento da vida, voltar para reviver algo de novo, eu escolheria essa parte da minha vida. Logo após o nascimento, vou até a recepção e conto tudo o que rolou e falo que os bebês estão bem mais que por conta do tempo de gestação que não foi o total eles deveriam ficar no máximo algumas semanas aqui no hospital. Gustavo resolveu deixar meu pai lá e me chamar para ir embora, já que não havia mais nada a se fazer, a não ser esperar até amanhã pelo horário de visita. Eu fui. Não gosto de quando ele dirige além do mais nos somos menores e poderíamos ser parados, mais nada aconteceu. Chegando em casa logo para os familiares, anunciando o nascimento dos meninos enquanto Gustavo sai para comprar um lanche para nós. Quando acabo vou logo tomar banho, já que estava quase na hora do jantar era por volta de 19:45. Esse dia foi muito especial particularmente falando. Nunca achei que eu fosse viver para assistir um parto.
Deito na cama pego um livro e começo a ler. Não demora muito e Gustavo chega, sobe e começa a tirar a roupa para tomar banho.

- Vamos? - Pergunta.

- Pra onde? - Pergunto com medo da resposta.

- Tomar banho comigo? - Disse ele.

- Olha, a proposta é tentadora mais, eu passo. - Respondo na evasiva.

- Ah não, vamos vai! - Disse ele me deitando e me abraçando.

- Moh, eu já tomei banho - Falei.

- Toma de novo uai! - Disse ele rindo

Eu ria dos seus carinhos. Não queria que o momento ficasse seco ou frio entao...

- Vamos fazer o seguinte. - Pergunto

- O que? - Perguntou curioso

- Toma banho agora, acabando o banho, você já estando cheirosinho, você vem que eu vou te fazer suar de novo ok? - Propus.

Ele ria e concordou na hora. Agora, estava na hora de nos fazermos uma comemoração pelo nascimento dos nossos dois irmãos. Já que todos estavam comemorando, por que nós não fazermos a nossa própria festinha?
Esse dia não tem como melhorar...

Continua...

Desejos Profundos (Romance Gay) [L1] EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora