cap.3

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Acordei e já eram 18:39h. Não sabia o que fazer até dar 19:30h. Não queria dormir mais, e logo pensei em arrumar algumas coisas que faltavam na minha mala. Percebi que não coloquei minhas cuecas, fui direto no guarda-roupa e escolhi nos dedos as que eu levaria. Desci a escada e fui em direção da cozinha que ficava perto da sala. Quando chego lá, abro a geladeira e dou de cara com um lindo bolo. Como não sou bobo, tirei um pedaço.

Andei até a janela da cozinha e avisto uma luz ligada na casa da frente. Adivinha quem era? Quem respondeu Lucas, parabéns. A luz do quarto dele estava ligada, e eu só observando da minha cozinha. Aproposito, minha cozinha fica perto da sala, que fica na entrada da porta da frente.

A luz é apagada, eu ainda fico observando alguns minutos, e a porta da frente é aberta. Logo ele sai com uma sacola preta e coloca no lixo a frente e quando eu menos percebo ele olha pra mim. Eu fico em estado de choque, daí ele me dá um sorriso bem bobo. Por que ele sorriu para mim? Saí correndo da cozinha para o meu quarto, quando chego lá, pulo em cima da cama.

Nos meus pensamentos: Merda ele me viu. Meu Deus, o que foi isso? Tenho que tirar isso da minha cabeça.

A noite tinha passado e todos aqueles pensamentos foram com ela. Já eram 7:25h da manhã. Corri pelos degraus da escada para cozinha lanchar. Minha mãe estava fazendo panquecas.

- Bom dia filho?

- Bom dia mãe.

- Está ansioso?

- Mais ou menos. - Falei me sentando na mesa.

- Então coma rápido para você pegar o ônibus no colégio.

- Vai me deixar no colégio hoje? - Perguntei.

- Não. Pedi a Maria para deixar você,
Já que ela ia deixar o Lucas também.

- MÃE, por que você fez isso?

- Não grite comigo mocinho.

- Desculpa. - Disse tentando controlar minha raiva externa.

- Coma logo. - Ela disse.

Eu obedeci. A campainha toca, e adivinha quem era outra vez? Lucas de novo. Minha mãe foi abrir a porta e estava conversando com ele. Eu estava escutando tudo.

- Lucas, você vai né?

- Vou sim Sophia.

- Ótimo. Você pode ficar de olho no Kaio?

Saí rapidamente da cozinha para tentar acabar com essa conversa humilhante.

- Mãe por favor, não faça eu pagar mico.

Lucas começa a rir.

- Só estou pedindo ao Lucas para te olhar.

- Pode deixar que eu fico de olho nele senhorita Sophia. - Lucas fala com um ar de "Esse garoto não vai sair da minha vista".

Eu abaixo a cabeça e suspiro saíndo para fora de casa.

- Tchau filho.

- Tchau mãe.

Olho pra frente e a mãe de Lucas abre a porta de trás para eu poder entrar com a minha mala.

- Kaio me dá essa mala para colocar no porta malas. - Lucas fala.

- Okay, toma.

Depois de guardar minha mala lá atrás, ele abre a porta e entra ficando sentado do meu lado.

- Ansioso? - Ele pergunta.

- Acho que sim.

Depois de alguns muitos chegamos na escola. Avistamos os ônibus que iriam nos levar. Saímos do carro, pegamos a mala e damos tchau para a mãe de Lucas. Quando vimos uma fila enorme na frente do ônibus, nós entramos no meio dela. Todos deveriam entrar dentro do ônibus. Entregamos nossos bilhetes com a assinatura dos responsáveis.

- As cadeiras estão reservadas com o nome das pessoas que ficaram juntas no quarto. - Disse o diretor entrando dentro do ônibus.

- Mas não iríamos acampar?

-  E vamos, mas só que estamos indo para as cabanas primeiro.

- Certo. - Falei.

Logo que eu recebi o papel, vejo onde vou sentar. E adivinha com quem. Com Lucas.

- Aff, hoje meu dia só pode se chamar Lucas meu Deus.

Quando cheguei na cadeira 13-14 eu vejo Lucas já sentado.

- Licença.

- Toda. - Falou ele.

Eu já nervoso sentei bem rápido para ele não perceber. Quando eu sentei ele começou a puxar assunto.

- Que sorte em?

- Sorte? por que?

- Por a gente ficar na mesma cabana.

- Ahh, verdade.

- Vai ser bem legal.

- É deve ser.

Quando todos estavam se sentando o Diretor fala. - Bom pessoal, Já estamos saindo, daqui a 2:00h chegamos lá. Todos reclamaram, e o diretor solta uma gargalhada com o motorista.

Puxo meu celular para ver o que estava acontecendo nas redes sociais. O Diretor observou isso e se levantou fazendo com que todos prestassem atenção.

- Bom gente, eu me esqueci de dizer uma coisa. La só existe duas tomadas e uma TV.

Todos ficaram revoltados e começaram a fazer muito barulho.

- E bem. Só tem na sala do dono do acampamento, e vocês não podem ir até lá.

Todos ficaram revoltados de novo. Eu como não sou besta. Guardei meu celular que estava em 100℅, e disse pra mim mesmo que só iria usar em casos de emergência.

- Não acredito nisso. Vou ficar sem celular uma semana inteira?

Eu comecei a rir.

- O que foi?

- Nada.

- Está rindo de mim, não é?

Eu disse. - Imagina.

- Engraçadinho.

- Lucas pensa assim,
Se nós usarmos as coisas eletrônicas no acampamento, não seria totalmente um acampamento não é?

- Pensando por esse lado é verdade. - Ele começou a rir.

O tempo foi passando e já estava fazendo mais de uma hora que estávamos nesse caminho.

- Não aguento mais ficar sentado. - Lucas reclama.

Eu ri.

- Então vamos conhecer meus amigos lá atrás. - Nos levantamos e fomos para trás. Eu apresentei ele a Fernanda e Paulo.

- Ei seus bestas, esse é Lucas.

- Oi Lucas. - Paulo e Fernanda falam juntos.

Fernanda logo me puxou sem eu entender nada.

- Meu Deus, esse garoto é lindo.

- Não é pra tanto. - Falei sentindo algo diferente. Será que era ciúmes?

Eu não queria saber e mudei de assunto rapidamente.

- Ok gente, já apresentei ele a vocês.

Me retirei e Lucas veio atrás de mim. Eu sem saber o que fazer virei para trás.

- O que foi? Por que você parou? - Lucas pergunta.

- Por que você está me seguindo?

- Bem eu vou sentar no meu canto, não vou?

- Ahh é mesmo. -Comecei a rir.

Estávamos perto do acampamento e eu adormeci um pouco.

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