cap.5

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Estava deitado na minha cama, quando escuto a porta abrir. Logo percebo que Lucas estava entrando.

- Eai Kaio?

- Oi. - Falei.

Ele entra dentro do banheiro. Alguns segundos depois, escuto o chuveiro ligado. Nesse momento estava lendo um livro chamado "meu primeiro namorado".
Percebi que Lucas saiu do banheiro. Comecei a sentir tudo aquilo de novo e viro meu rosto para voltar a ler o meu livro. Ele já estava vestido e se deita.

- O jogo foi ótimo. Ganhamos de 3 a 0.

- Legal. - Falei.

- O que está lendo aí? - Pergunta ele.

- Nada não. Só um livrinho que tinha colocado na minha mala.

- Ah legal.

Quando menos espero, ele chega perto da cama e se senta. Abaixo o livro e vejo aqueles olhos azuis em cima de mim.

- Licença. - Falei.

Me levanto e vou em direção ao banheiro e me tranco lá. Passo uns 15 minutos e saio percebendo que Lucas estava deitado em sua cama. Volto para o meu local e pego meu livro para continuar de onde parei. O quarto ficou com um silêncio meio que esquisito, até que Lucas começa a puxar assunto.

- Kaio, eu estou gostando de uma pessoa, mas eu não sei o que falar para ela.

Fiquei incomodado com o que ele tinha falado.

- Kaio? - Ele fala me tirando do transe.

- Oi?

- O que eu faço?

- Diz que gosta dela.

- Eu já disse.

Fiquei intrigado com aquilo. O ódio mistura com ciúmes me corroía por dentro, até que eu tive a coragem de perguntar algo.

- E o que foi que ela disse?

- Mandou eu falar para ela.

Eu passei alguns minutos tentando entender, e percebi que ele estava falando de mim.

- Kaio?

Eu não saiba o que falar, até sentir o corpo dele do meu lado.

- Kaio, e-eu gosto de você.

No meu pensamento: Puta merda, não acredito nisso. Eu nunca iria imaginar que isso iria acontecer comigo.

- Kaio, eu não sei o que está acontecendo comigo. Só sei que quando estou perto de você, eu sinto minha barriga cheia de borboletas.

- Lucas. - Falei em estado de choque.

- Kaio, você quer tentar algo comigo?

Meu coração não estava batendo como de costume. Ele estava rápido, minhas mãos estavam suando frio e meus nervos a flor da pele.

- Não Lucas, eu não sei. - Soltei aquelas palavras nos ar.

- Eu sei que você também está sentindo isso. - Ele disse.

- Eu não sei Lucas, não sei. Eu sinto algo, mas não sei se isso é real.

- Vamos tentar? - Ele disse.

- Não Lucas, eu não quero tentar. Não sei o que está acontecendo comigo.

- Estou sentindo algo por você, mas eu não sei se é um sentimento real.

- Não importa cara. A gente pode tentar fazer dar certo.

- Não Lucas. Deixa eu pensar nisso primeiro. - Falei com a feição pálida.

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