Scorpius

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Ela foi devagarzinho para o lado da mulher.

— Já cheguei, mamãe.

A mulher que estava absorta no celular olhou imediatamente para a menina e lhe abraçou. Fiquei estático, não podia ser ela, fazia muito tempo que tinha saído do país.

— Sophie Alya Weasley, nunca mais faça isso. Tem ideia de como ficamos preocupados? Principalmente o Hugo, como foi que você saiu de perto dele?

— Me desculpe, mamãe! Mas eu não quebrei totalmente as regras, eu pedi para o tio Hugo e ele disse que podia.

— Como assim? O que exatamente você pediu para o Hugo?

— Eu pedi pra ele se podia ir ver o papai e ele disse que sim.

— O que ele estava fazendo?

— Ele estava falando com uma mulher que ele encontrou na rua.

— Eu vou matar o Hugo. — Ela disse brava. — Vá escolher um sorvete, querida, enquanto eu falo com "ele".

Sophie assentiu e correu para escolher um sorvete. Sai do meu transe e me aproximei hesitante.

— Rose?

— Oi, Scorpius. — Ela disse com um sorriso tímido. Meu coração começou a acelerar, exatamente como acontecia quando a via.

Me sentei ao seu lado com as pernas bambas, não acredito que ela voltou e tem uma filha.

— O... O que... o que você está fazendo aqui? O Al havia dito que você foi morar na Bélgica. — Perguntei no que não deve ter passado de um sussurro.

— Eu vim a trabalho na verdade, mas como terei que ficar aqui por um tempo e minha filha está de férias a trouxe comigo para passar um tempo com a família

— Sua filha? — A questionei e observei que ela desviou o olhar para a menina com uma expressão um tanto estranha confirmando minha pergunta. — O que ela me disse é verdade? — Perguntei de repente.

Rose que observava a filha escolhendo o sorvete, neste momento desviou o olhar.

— Depende o que ela te disse.

— Você sabe, sobre eu ser.... ser o.... o pai dela? — Perguntei temendo a resposta.

Rose Weasley respirou fundo e percebi que havia medo e insegurança em seu olhar.

— Olhe bem para ela. Você realmente quer que eu responda? — Ela perguntou, após alguns segundos, arqueando uma sobrancelha enquanto olhava novamente para a filha.

Olhei novamente para a menina e ela era realmente parecida comigo, tinha os cabelos loiros no mesmo tom que o meu e o rosto fino, porém seus olhos eram azuis como os de Rose e tinha seu jeito de falar. Realmente não havia como negar, aquela menina era realmente minha filha, ou melhor nossa filha.

Apoiei minha cabeça entre as mãos e suspirei um pouco zangado e assustado. Passei as mãos nervosamente pelos cabelos tentando organizar meus pensamentos.

— Por que você não me contou? — Disse entredentes.

— Eu tentei contar... — Ela começou a dizer, mas foi interrompida pelo som de um celular tocando, percebi rapidamente que se tratava do meu.

— Me desculpe, preciso atender.

Ela assentiu e atendi o telefone.

Sr. Malfoy, será que você pode vir aqui? O Órion caiu e bateu a testa no chão, estou levando ele no hospital. — A babá de Órion disse assim que atendi.

Surprise, Dad!Onde histórias criam vida. Descubra agora