Eu & Você. 1° Temporada E O Sonho Começou.

Pela a primeira vez, você foi sincero.

    Assim que entramos no carro eu pude sorrir de novo, ver o Jonatas sempre melhorava o meu humor. Pena que ele mal aparecia, agora. Coloquei uma das minhas músicas preferidas que eu sempre ouvia com ele. E meu pai notou o meu sorriso.

- Está pensando no Jonatas?

- sim, mas eu estou bem.

- eu só quero que tenha uma vida nova.

- e eu estou tendo.

- tá bom. Quem vai jogar hoje?

- o namorado da minha amiga Lídia.

- legal. Ela parece uma menina legal.

- e ela é.

    E foram as nossas últimas palavras dentro do carro. Fechei os olhos e voltei à música de novo. Comecei a cantar baixinho e pude ouvir o Jonatas cantando comigo.

- A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na lua, na melodia
Mania de você
de tanto a gente se beijar
de tanto imaginar loucuras

Nada melhor do que não fazer nada
Só pra deitar e rolar com você.

    Assim que chegamos na escola o meu pai sorriu pra mim e me perguntou.

- sempre gostou de Rita Lee, ou foi por causa da sua mãe?

- com certeza por causa da mamãe. Ela sempre me fazia cantar com ela no karaokê e eu acabei fazendo o Jonatas gostar também.

- você já foi visitar a família do Jonatas depois que nos mudamos?

- não, pai. Eu acho que só vou no próximo mês.

- ok quando quiser.

    A expressão no rosto do meu pai era óbvia demais. Ele não entende que eu estou bem. Ou pelo menos depois de ter visto o Jonatas estou. Nossa o beijo dele continua igual. Chegamos ao campo a Lídia já estava me esperando na arquibancada, fez sinal para o meu pai e eu, para que fossemos sentar próximo a ela.

- oi, achei que você não vinha. Disse a Lídia sorrindo e olhando para os meus dois braços.

- por que está usando essas pulseiras? Não combinam com a sua roupa e por que sempre as usam? Eu sabia que ela um dia iria reparar.

- foi minha mãe que me deu, eu nunca tiro. No caso, só pra tomar banho.

- não vai usar isso no meu aniversário e nem no baile da escola.

    Olhei pra ela bem seria, talvez esse meu olhar pudesse fazer ela deixar de ser tão mandona. Mas não adiantou.

- não me olha assim. Vamos assistir ao jogo que já vai começar.

     Olhei para as mãos delas e vi uma cartaz. Serio não brinca?

- por que você fez um cartaz?

- pra incentivar? Ela me respondeu com o seu famoso biquinho.

- depois eu sou a brega. Disse isso sorrindo para o meu pai que já estava observando o jogo e não dava a mínima para a nossa conversa.

    O jogo começou e a Lídia não parava quieta nem um minuto se quer. Isso é até engraçado pra quem é sempre controladora.

- você pode ter um infarto sabia? Perguntei sorrindo.

- a para vai. Levanta esse cartaz comigo.

- o quê? Não, não mesmo.

- a vai sim.