Eu & Você. 1° Temporada E O Sonho Começou.

Cinco meses.

      Ele deitou do meu lado eu coloquei a cabeça no peito dele. Era como se aquilo já tivesse acontecido, como se aquilo fosse o melhor momento da minha vida. Me senti injusta com o Jonatas, mas aquilo era realmente melhor do que um sonho.

- você é incrível Mary. Disse ele passando o nariz pelo o meu cabelo. Pude sentir a respiração dele.

- Lorenzo... eu tinha que dizer tudo que eu estava sentindo.

- oi Mary.

- eu sei que... que eu fugi disso por muito tempo, e que... mesmo com o tempo fugido, você foi a melhor coisa que me aconteceu em um ano. Eu não quero que isso acabe, me prometa que não vai embora? Disse quase chorando.

- Mary Louise, como ousa? Eu ir embora? Nunca... você é de longe coisa mais especial e real que aconteceu na minha vida. Eu nunca vou embora.

   Demos um beijo bem romântico, daqueles de tirar o folego das pessoas quando vão assistir filmes de romances no cinema. Ele fazia eu esquecer da minha realidade, ele me fazia a mulher mais feliz do mundo.

   Descemos as escadas sorrindo, eu não podia está me sentindo melhor.

- boa noite. Ah não.

- mãe? a senhora não ia dar plantão até tarde hoje? Perguntou o Lorenzo engolindo em seco. Droga e mais droga.

- cheguei mais cedo. Disse ela sorrindo.

- mas pelo o que eu vi vocês já comeram não foi? Ai Deus duplo sentido mais uma vez.

- sim. Vou deixar a Mary em casa.

- pode ir mas antes... ai Jesus. Eu estava completamente muda.

- sim mãe.

- vocês? Ai meu Deus. Lorenzo você está tomando conta direito da filha do Afonso? Em outras palavras... ai Deus. Vocês estão usando camisinha. Ela ouviu tudo. Vou morrer.

- mãe pelo o amor de Deus. Claro. Disse ele pegando na minha mão e antes de sair ela disse.

- pelo o amor de Deus, cuidado crianças. Só a mãe dele mesmo, pra achar que o filho é alguma criança. Mas isso não importa, eu nunca mais vou voltar lá.

    Entramos no carro e eu coloquei as duas mãos no rosto. Eu podia me considerar da cor do saco do papai Noel.

- Mary, está tudo bem.

- não, não está, sua mãe... sua mãe ouviu a gente.

- somos um casal Mary.

- meus Deus Lorenzo, eu não acredito. Disse tampando o rosto de novo.

     Ele saiu do acento dele e foi para o meu lado, e tirou as mãos do meu rosto.

- Mary Louise, não me diga que nunca passou por algo parecido que eu não vou acreditar. Eu estou com você agora, só com você. Não tenha vergonha, o que a gente fez foi maravilhoso. Foi a noite mais incrível da minha vida. Você é incrível. Não sei nem se você existe ou se é sonho. Mas eu espero que se for sonho eu nunca acorde. Eu amo você, para de bobeira.

    Eu tive que sorrir, ele falou tudo isso olhando nos meus olhos e completamente nervoso. Passou a mão pelo o cabelo umas duas vezes esperando que eu falasse alguma coisa. Mas como sempre eu fiquei sem palavras, toda vez que ele se declarava para mim era assim. Apenas sorri e o beijei.

     Meu pai estava andando de um lado para o outro, não sabia mas o que fazer. Amanhã, faria 5 meses que minha mãe estava em coma. E os médicos disseram que o melhor seria desligar os aparelhos, pois minha mãe estava sofrendo. Eu já chorei tanto. Os meus amigos acamparam na minha casa. Menos a Lídia ela... ela está numa fossa eterna. O Patrick está namorando a Maya. E ela só sabe chorar, eu não posso impedir da Maya de ir para a minha casa. Pois eu sou a melhor amiga do Patrick e entendo a Lídia não querer ficar na minha casa, pois sou a melhor amiga dela. Está tudo tão complicado.

- pai senta, por favor. Disse já com lagrimas escorrendo nas minhas bochechas.

- Mary, o que eu vou fazer? Eu não posso viver sem ela.

- pai... eu também não posso. Ela vai acordar. O Jonatas estava do meu lado segurando a minha mão dizendo que ia ficar tudo bem. Eu acredito nele. Preciso acreditar nele.

- ah Mary. Disse ele sentando do lado oposto do de Jonatas.

- vai ficar tudo bem, amanhã ela vai acordar. E mesmo se ela não acordar amanhã, podemos pagar pra eles continuarem com os aparelhos ligados. Não vamos abandonar a mamãe.

- filha, você parece ser tão forte. Disse ele deitando a cabeça no meu colo. Mal sabe ele que essa casca dura, está detonada por dentro. Mas não pode demostrar, pra não causar pânico nele.

- você me ajudou a ser forte, e eu estou retribuindo. Vai ficar tudo bem pai.

- vai sim, filha.