Era como eu imaginava.

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    Subimos pra cama, contei várias coisas pra ela. Agora podia compartilhar dos meus sentimentos mais profundos com ela. Quando já ia dar 17:00 da tarde o meu pai me ligou. Desci as escadas pra falar com ele, pois ela tinha pegado no sono. Umas das vantagens de acordar cedo e chorar.

- oi pai.

- você disse que iria ver sua mãe, estou esperado. Sua aula não acaba as 16:00?

- sim pai, pra falar a verdade, só fiquei na escola até o primeiro intervalo. No segundo eu vim para a casa da Lídia.

- como assim? Você matou aula?

- o Patrick e a Lídia terminaram...

- ah, nossa. Tudo bem, se você ainda for vim hoje me avise. Se não fique com sua amiga e durma com ela. Ela estava do seu lado quando você precisou.

- eu sei pai. Acho que vou dormir aqui hoje.

- tudo bem. Cuide dela. Disse ele com carinho.

- cuidarei.

Desliguei a chamada e fiquei olhando para o celular, na hora que eu ia ligar para o Lorenzo pra ter noticias do Patrick, a campainha tocou. Era ele.

- ah, Mary... não sabia que estava aqui.

- vou dormir aqui hoje.

- e como ela está?

- mal.

- vocês não deviam ter mentindo, acharam que iriam esconder isso pra vida toda? Fiz que não com a cabeça.

- eu odeio ter que dizer isso, mas... ele suspirou. Não confio mais em vocês. Engoli em seco.

- e por que você está aqui então?

- pelos os anos de amizade e carinho que eu tenho pela a Lídia. Mas ela não devia ter feito isso.

- se for pra julgar ela olhe primeiro pra você.

- pra mim Mary? Eu sou solteiro. Eu faço por que eu posso fazer, eu faço por que...

- por que? Cheguei bem perto dele. Ficamos quase colados.

- por que eu sei que eu nunca vou ter você.

- por que acha isso? Perguntei chegando ainda mais perto dele.

- você é boa demais pra mim Mary, e eu nem preciso ter que estudar muito pra saber disso.

- quem disse isso pra você? Agora estávamos completamente colocados.

- o que você está fazendo Mary? Perguntou ele com a respiração ofegante.

- não sei. Disse olhando para a boca dele.

- Mary! Disse ele quando me beijou.

Não era tão romântico como eu esperava mas era exatamente quente como eu imaginava. O beijo dele era perfeito, as coisas começaram a ficarem embaçadas eu não sabia mais o que eu estava fazendo.

- Mary! Ele parou de me beijar.

- assim não vou conseguir parar.

- então não para. Foram as únicas palavras que saíram de mim.

O beijo ficou ainda mais quente, ele começou a passar as mãos pela a minha cintura, começou a fazer carinho com o polegar na minha barriga me fazendo gemer em meio ao beijo. Isso foi o fim. Ele me puxou para algum lugar, no qual eu não conhecia ainda. Era uma salinha com umas poltronas e livros. Ficamos nos beijando e eu por impulso tirei a blusa dele. Ele estava completamente maravilhoso, ele e me olhava fixo como se aquilo fosse tudo que ele queria. No meio de toda aquela confusão eu só queria ficar com ele, eu queria sentir ele. Ele continuou me beijando depois passou para o meu pescoço e quando ele ia tirar meu vestido.

- Mary, achei que tivesse ido embora... mas o que? Disse a Lídia pegando nós dois totalmente no flagra.

- eu vim ver você. Disse o Lorenzo meio que sorrindo.

- veio? Disse a Lídia fazendo cara de deboche.

- para Lídia. Disse sem graça. Droga o que eu fiz?

Tentei sair de perto dele, mas ele me puxou.

- Mary, é só a Lídia. Não fica assim, nós dois não estávamos fazendo nada de errado. Disse ele pegando no meu rosto me fazendo fechar os olhos. Sorri pra ele.

- veste a camisa. Só conseguir dizer isso.

- eu não queria atrapalhar eu juro. Disse a Lídia saindo. Tarde demais.

Fomos pra sala, e sentamos todos no sofá. Clima apropriado paras as situações presentes. Que saco Mary.

- onde o Patrick está? Perguntou a Lídia quebrando totalmente o silencio.

- em casa, o pai dele chegou e ele quis ficar sozinho.

- o que eu posso fazer?

- ficar distante por um tempo. Ele não está só detonado por fora Lídia, você o traiu. Pra ser exato vocês. Baixei a cabeça e senti toda a culpa de novo.

- ela não teve culpa, eu quase a matei pra não contar.

- não importa, mentiram. O Jesus Lídia? Serio? Você sabia o quanto o Patrick o odiava e mesmo assim fez.

- eu não sabia o que eu estava fazendo. Disse ela. Ah Lídia você nem sabe como eu te entendo.

- você estava bêbada? Perguntou ele.

- não.

- dopada?

- não.

- então você sabia o que estava fazendo.

- não precisa falar assim. Disse ela voltando a chorar.

- desculpa. Disse ele abraçando ela. Ele estava no meio de nós duas.

- olhei pra ele e vi o quanto ele amava a Lídia. Encostei minha cabeça no seu ombro, e ele passou o braço pelo os meus ombros igual como fez com a Lídia fazendo nós duas ficarmos no seu peito.

- eu amo vocês. Disse ele. Eu suspirei.

- nós também te amamos. Dissemos as duas em uníssono.

Eu & Você. 1° Temporada E O Sonho Começou.Onde histórias criam vida. Descubra agora