Não posso acreditar nisso.

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    - O que eu fiz? Perguntou ele assustado.

- nada, eu só acho que a nossa primeira vez não deve ser no carro.

- e quem disse que nós iriamos transar no carro? Perguntou ele meio assustado.

- nosso beijo, achei...

- Mary... você... você é importante, não é qualquer uma, nunca... nunca mesmo, que a nossa primeira vez seria em um carro.

     Sorri pra ele, pela a sinceridade das palavras dele. Pela a primeira vez o Jonatas estava errado. Chegamos na minha casa ele desceu do carro e entrou comigo.

- vou fazer um sanduíche você quer? Ele assentiu sorrindo.

    Comemos os sanduiches. Depois deitei a cabeça no peito dele, me sentia segura com ele. Mesmo sabendo do passado dele e que ele era homem, eu ainda me sentia segura. Olhei pra ele e dei um beijinho de leve no queixo dele.

- Mary... eu amo você. Tive uma sincope. Ele não esperou pela a resposta, apenas fez carinho no meu cabelo. Eu acho que o amo, mas não estou preparada pra dizer isso em voz alta. Ficamos ali sentados um abraçando o outro como se o mundo tivesse congelado e parado naquele momento.

     Ele foi embora e subi para o meu quarto, eu sabia que aquele dia ia ficar marcado para sempre na minha memória.

- acorda filha.

- não pai!

- hoje começam as provas, eu não mandei você passar a noite toda estudando.

- masç eu precisava estudar.

- claro que precisava, passou a semana toda namorando.

- pai! Disse sorrindo.

- vou esperar você lá em baixo.

- está bem.

   Me arrumei e passei um pouco de blush, hoje eu estava mais pálida do que o normal. Tomei o meu café da manhã sozinha, pois meu pai já estava no carro. Chegamos na escola e ele me desejou sorte. Obrigado, pois vou precisar. Assim que eu dei o primeiro passo dentro da escola a Marcela correu pra falar comigo.

- você viu?

- viu o que?

- ai meu Deus, nada.

- agora você vai falar.

     Quando ela ia abrir a boca o Bruno chegou por trás de mim, e sorriu.

- Marcela vem aqui comigo.

- bom dia pra você também, e a Marcela só vai sair daqui quando ela me falar o que ela tem que falar.

- não é nada, disse o Bruno puxando a irmã.

- gente, serio? Perguntei juntando as sobrancelhas. Nessa hora o meu celular apitou. Quando eu ia abrir a mensagem o Patrick e a Lídia chegaram juntos.

- não abri. Disseram os dois em uníssono. Depois que eles notaram que estavam com as mãos juntas no meu celular tiraram bem rápido.

- o que está acontecendo? Perguntei realmente preocupada. Tá todo mundo louco.

- nada, você só não precisa ver essa mensagem.

- Patrick eu ou ver essa mensagem e se um de vocês tentarem me impedir juro que corto a mão de vocês. Falei quase gritando.

    Quando abri a mensagem quase não tive reação. Parei de respirar, fechei os olhos e uma lagrima desceu dos meus olhos. Era uma foto da Sabrina e do Lorenzo se beijando. Engoli em seco, olhei mais uma vez pra mensagem peguei minha mochila e sai.

- ah não, Mary. Disse a Lídia. Pude sentir e ouvir várias pessoas atrás de mim, eram os meus amigos. Mas eu só queria fica sozinha. Por que ele disse que me amava? Por que ele fez eu me sentir especial? Isso não é justo. Quando eu cheguei no pátio, todos estavam falando e vendo a foto no celular. Um dos motivos de eu nunca querer namorar alguém como o Lorenzo é que todos conheciam ele, e se algo desse tipo acontecesse eu seria olhada por todos.

   Coloquei as duas mãos na cabeça quando eu cheguei no estacionamento e comecei a chorar.

- ou Mary. Disse a Lídia me abraçando.

- não chora. Disse o Patrick fazendo o mesmo.

    Tentei me conter, mas eu não conseguia. Por que ele fez isso comigo? Eu não merecia. Quando eu olhei pra frente vi ele, ele estava vindo na minha direção.

- Mary. Disse ele se aproximando.

- sai daqui. Gritei.

- Mary, deixa eu explicar.

- vai me dizer que não é o que eu estou pensando? Por que se for cala a boca que ainda dá tempo.

- Mary, não é o que você está pensando.

- sai daqui Lorenzo. Gritei mais alto dessa vez.

- vem cara. Falou o Bruno e o Patrick puxando ele.

- Mary... disse ele.

- eu não quero ver você nunca mais. Disse enxugando as lagrimas.

    A Marcela e a Lídia ficaram lá comigo até eu me acalmar, todos da escola estavam com a mesma foto no celular. Fazendo eu passar por palhaça por ter acreditado no amor dele.

- eu não acredito... disse chorando novamente.

- nem eu. Disse a Marcela triste.

- tem que ter alguma história por trás disso. Não estou defendendo ele, mas ele ama você Mary, não acho que tenha beijado outra. Não pela a própria vontade.

- o que você está dizendo Lídia? Ele não me parece nem um pouco indefeso.

- só acho que você deve se acalmar. Ok? Hoje tem prova, e todos nós precisamos passar, por favor tenta não pensar nisso.

- como? Perguntei olhando pra ela com os olhos marejados. Ela suspirou.

- vem Marcela, vamos deixar a Mary sozinha. Ela precisa ligar pra alguém. A ficha caiu nessa hora. Ela estava se referindo ao Jonatas. Só assenti.

    Elas saíram e fui para trás das arquibancadas.

Eu & Você. 1° Temporada E O Sonho Começou.Onde histórias criam vida. Descubra agora