Eu & Você. 1° Temporada E O Sonho Começou.

Nunca contarei.

    - vamos amiga, vou te levar pra casa. Disse levantando ela.

- ele deve está péssimo. Mary... ele deve está arrasado.

- oh amiga, não chora mais. Vamos pra casa, o Lorenzo está com ele. Aposto que vai ficar tudo bem. Não se iluda Mary.

- eu não posso viver sem ele.

- vem amiga, preciso te contar uma coisa. Eu preciso contar pra ela.

- é sobre o seu segredo?

- sim. Disse colocando o braço sobre os ombros dela e levando ela até o carro.

    Chegamos em casa ela parecia que estava anestesiada. Lagrimas desciam pelas as bochechas dela e ela não estava mas presente comigo. Ajudei ela a sair do carro, estava em estado de choque, como esse sentimento faz isso com as pessoas? Por isso que dizem que amor e o ódio adam lado a lado. O amor pode matar, e o ódio também.

    Entrei na casa dela fechei a porta e levei ela até o quarto. Ela deitou na cama ainda sem dizer nada. Fechou os olhos e começou a chorar com mais força.

- Patrick, por favor... por favor volta. Não aguento vê-la desse jeito.

- fica aqui, vou buscar um copo de água pra você.

   Ela não respondeu, desci as escadas e o Jonatas estava na porta, olhei pra ele e corri para abraça-lo.

- Jonatas o que eu faço?

- acho que está na hora de você dizer a verdade, talvez conforte ela. O nosso amor superou tudo Mary Louise. Aposto que isso vai servir de ancora pra ela não matar os próprios sonhos.

- você sempre sabe o que dizer não é?

- Mary quando você vai entender que eu sou assim por que você me ver assim.

- você é tudo que toda mulher precisa Jonatas.

- mas só você que tem. Disse ele me dando um beijinho rápido.

- agora, leva a água dela. Pedi pra ela ficar calma e conta tudo que você quer contar. Só assenti e fiz o que ele pediu.

    Cheguei na porta do quarto dela e vi ela sentada no chão. Por que sempre preferimos o chão quando queremos chorar? Acho que serve de auto ajuda. Sentei do lado dela.

- toma. Pedi com carinho, ela obedeceu e respirou bem fundo fazendo o choro cessar um pouco.

- preciso te contar uma coisa. Ela me olhou com olhinhos brilhando esperando.

- ah quase um ano atrás, eu estava indo com o Jonatas para o cinema e ele parou para comprar um serenata de amor para mim. Eu colecionava cada papelzinho desde o primeiro que ele me deu. Quando ele voltou com a serenata, seguimos. E poucas quadras antes de chegar no shopping. Um carro perdeu o controle e acabou... engoli em seco.

– o Jonatas estava sem sinto, ele comprou minha serenata e quando voltou... balancei a cabeça, as senas estavam todas na minha mente.

- o carro bateu com impacto muito grande no nosso carro, o homem estava a 100k por hora. E eu não sei como eu sobrevivi. Mas o Jonatas... as lagrimas desceram pela a minha bochecha. A Lídia estava com as duas mãos na boca chocada.

- amiga... eu... eu sinto muito. Disse ela me abraçando.

- ah Lídia. Chorei no ombro dela. Pensei que isso ia ajudar mas agora temos duas choronas juntas.

- por que você diz que ver ele? Por que fala dele como se ele estivesse vivo? Perguntou ela enxugando as minhas lagrimas.

- por que... sorri. Por que eu ainda o vejo.

- você o que?

- vejo, escuto e sinto ele.

- você só pode está brincando?

- você acredita em vida após a morte? Acha que uma pessoa esperar pela a outra para que eles se encontrem no futuro? Ela assentiu.

- então... o meu amor por ele, foi além de tudo. No começo me culpei, tentei me matar. Fui internada por 2 meses, sai da escola como estranha. Parei de ver ele por quase 3 meses e quando eu vi que eu podia vê-lo de novo, e que o meu amor era forte pra superar tudo isso, eu comecei a respirar e viver bem de novo.

- você acha que eu e o Patrick vamos voltar? Perguntou ela emocionada com as minhas palavras.

- se seu amor foi tão forte quanto o meu. Não tenho dúvidas.

- você não é estranha Mary, você é especial. Disse ela me abraçando.

      O Jonatas estava olhando pra mim e sorrindo. Ela parou de abraçar e sorriu.

- ele está aqui? Perguntou ela.

- sim. Apontei para o canto da porta.

- isso é insano.

- nunca disse que eu era normal. Falei sorrindo.

    Ele se aproximou de nós duas e sentou do meu lado no chão, olhei pra ele e vi que ela estava olhando pra mim.

- ela vai ficar bem. Disse ele dando um beijo na minha testa.

- vai sim. Te amo Jonatas.

- eu também te amo. Então ele foi embora.

- Mary... disse ela me abraçando.

   Ficamos por minutos abraçada. Achei que ela me acharia louca, pensei que não quisesse mas falar comigo quando ela soubesse, mas ela está do mesmo jeito. Não me julgou ou disse que eu era estranha.

- Lídia só quero que me prometa uma coisa.

- pode pedir. Disse ela com lagrimas ainda escorrendo pelo o seu rosto.

- nunca conte a ninguém.

- nunca contarei.