Acordei com suor por todo o meu corpo e arrepios de frio. O meu corpo estava agora sentado e a minha respiração tinha sido tão profunda como se eu tivesse ressuscitado. A janela estava de novo aberta e eu estava sem top. Lembro-me de ter adormecido sem ele por estar com calor o que me fez ter a certeza de que nada daquilo foi real. Vesti-o apressadamente para me tentar acalmar. Batidas na porta foram ouvidas.
Peguei num casaco fino cinzento e vesti-o para me cobrir mais do frio. Levantei-me da cama e dirigi-me à porta com ajuda das muletas. Assim que destranquei a porta, a minha mãe entrou pelo meu quarto a dentro e parecia nervosa e irritada.
"Estás bem?" olhou para mim e fez má cara "Já te disse que não quero a porta do teu quarto trancada, minha menina!"
"Sim, estou bem." cuspi para que ela entendesse o desprezo dirigido ao resto da frase.
Cruzou os braços sobre o seu robe azul escuro "Estavas a gritar desesperadamente 'Sim, Jason!' como se estivesses a morrer. Que raio se passou?"
"Tive um pesadelo." engoli a seco e abracei o meu próprio corpo numa tentativa de me meter quente "Não disse esse nome. Não me lembro do dizer."
"Quem é o Jason?" bateu com o pé nervosamente no soalho do meu quarto fazendo um barulho irritante e que não ajudava à minha dor de cabeça.
"Não conheço nenhum Jason." menti "Devo ter ouvido esse nome em algum lado certamente. Agora podes sair para eu me arranjar, se faz favor? Ou também não queres que encoste a porta para me vestir?"
Pela cara da minha mãe, ela não achou piada aquilo que eu disse.
Sou maior de idade e mesmo assim não posso trancar a porta do meu quarto? Até o Dean tranca a dele!
Olhou-me de lado "Em primeiro lugar, tem-me respeito, sim? Sou a tua mãe, não sou uma colega da escola." repreendeu-me e eu revirei os olhos "E sabes perfeitamente que tu estás nesse estado e se te sentires mal, eu não vou poder fazer nada com a porta trancada!"
"Agora vai tomar banho e faz a tua cama." Finalizou o seu discurso enquanto dava a volta aos calcanhares.
"Mãe?" ela virou-se encarando-me com a sua cara séria como sempre. Nem me lembro da última vez que a minha mãe sorriu "Posso sair?"
Arqueou uma sobrancelha "Onde?"
"Vou a um funeral."
"Um funeral?!" olhou para mim com os olhos esbugalhados e uma voz preocupada "Quem é que morreu?"
"Foi um familiar da Leah. Céus a rapariga está de rastos."
Estalei com a língua no céu da boca para parecer credível. Aparentemente fui porque a expressão zangada da minha mãe deu lugar à expressão de pena. Dei palmadinhas nas minhas costas mentalmente por ter sido tão boa atriz.
"Oh... tudo bem. Diz-lhe que lamento."
Os seus braços rodearam os meus ombros, apanhando-me desprevenida. Retribui o abraço e suspirei. A minha mãe abraçava-me raramente mas não é algo que eu goste de fazer. No entanto, quando é ela sinto um conforto enorme dentro de mim e agradeço por esses momentos em que ela não grita comigo e em vez disso mostra que se preocupa. Sorriu-me e saiu do meu quarto.
O funeral ia ser hoje e eu tinha de ir. Era ridículo ser um caixão vazio! Mas eu... eu tinha de me despedir do Jason só para o caso de ele não voltar e tinha de fazer isso pela segurança de todo o grupo. Incluindo a minha e a da Leah.
Tirei o vestido preto que ele tinha mostrado no meu sonho.
"Deus me ajude, Nora! Eu quero-te tanto na minha vida."
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Criminal Life |J.B|
Fanfic"Nós estávamos a começar algo que não íamos ter como acabar." ---- Esta temporada completa está disponível no Spirit (@fab4styles) mas sem a reconstrução. Decidi reescrevê-la porque não gostei de como a tinha escrito antes. A fanfic com a...