Rosto dourado

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Aquele verão foi suficientemente agradável. Carlisle havia adquirido um Pierce Arrow. Eu estava extático, era um carro deslumbrante, polido e amarelo. Ele disse que dirigi-lo ao redor de Ashland não seria beneficial ao nosso disfarce, mas nos permitimos dirigir o carro em outro lugar. Apenas uma coisa me incomodava.

"Como você comprou esse carro, Carlisle?"

Eu não comprei.

Levantei uma sobrancelha. Levou-me menos de um segundo para compreender a verdade. "Você roubou ele?"

Carlisle moveu os ombros. Claro, eu queria proporcionar o melhor à você. Quero que você seja feliz Edward. Ele quase disse 'filho' em seus pensamentos, mas parou a si mesmo. Embora ele tenha aceitado que eu pensasse sobre ele como um pai, porque ele era digno de tal respeito, ele não tinha certeza de que eu aceitaria de ser referido como seu filho.

E eu estava feliz, estando com meu pai e sendo seu filho. Embora fosse perturbador aprender o lado mais obscuro de nossa existência. Tínhamos que mentir, trapacear e roubar para podermos nos acomodar no mundo. Contudo, meus sentimentos perturbados diminuíram rapidamente, quando concluí que estes pecados realmente não fariam diferença aos condenados. Indiferentemente, era muito divertido.

Dirigimos até a cidade mais próxima e vasculhamos por lojas de música. Comecei a colecionar tudo que podia colocar minhas mãos em cima. Em uma loja, Carlisle me passou uma pilha de papéis. Olhei para o pacote, eram folhas de música em branco. Achei que você gostaria de começar a escrever sua própria música, ele disse. Eu sorri. Você está contente com essa vida. . . Edward? Eu franzi as sobrancelhas. Seus pensamentos pausaram por um breve segundo, e eu sabia que ele queria me chamar de 'filho'. Então fiz desse meu objetivo, provar a ele que eu era merecedor de tal título.

Em sumo, um belíssimo verão, envolvendo tempo de qualidade entre pai e filho para os estranhos, e um reforço de camaradagem entre dois vampiros. Então setembro apareceu, e era meu primeiro dia do ensino médio. Bem, tecnicamente não era bem meu primeiro dia, mas, meu primeiro dia como vampiro fingindo ser humano em uma escola cheia de suculentos humanos.

"Estou certo de que você ficará bem, " Carlisle disse depois de eu me vestir. "Você exibiu grande controle durante nossas viagens à cidade. "

"Parece que sim, " respondi, pegando minha bolsa de livros.

Boa sorte, Edward, eu ouvi enquanto saía pela porta.

Retornei extamente às 15h50min, cinco minutos após o final das aulas. Corri o caminho todo, ansioso por escapar de todas aquelas mentes juvenis. Encontrei Carlisle em seu escritório, um jornal aberto em frente ao seu rosto. Fiz uma carranca, soltando um sibilo.

"Como foi seu primeiro dia na escola, filho?" Carlisle perguntou por de trás do jornal.

"Foi a experiência mais excruciantemente chata da minha vida. . . Pai, " respondi secamente.

Carlisle gargalhou. Então, ele cuidadosamente dobrou o jornal e o deitou em sua mesa. Ele estava sorrindo e então ficou sério abruptamente.

"E os humanos? Como foi?" ele perguntou. Movi meus ombros, me jogando em uma cadeira. "Teve qualquer problema em resistir?"

"Bem, não foi tão difícil quanto eu imaginava, " eu disse. "Estou bem certo de que humanos ficariam tão surpresos quanto eu estava, se a refeição deles começasse a andar de repente. "

Carlisle levantou as sobrancelhas, surpreso. "O que quer dizer?"

"Eu podia ouvir todos os seus pensamentos, cada uma de suas insignificantes, minúsculas mentes. " Apertei o canal do meu nariz. "Foi exaustivo. Sim, ocasionalmente um humano chegava muito perto, ou havia uma brisa em minha direção. Contudo, apesar da dor em minha garganta e o fresco fluxo de veneno em minha boca, eu certamente não os achava atraentes quando seus pensamentos triviais invadiam minha mente. "

Verde, Vermelho, Dourado.Onde histórias criam vida. Descubra agora