Expectativas

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Pov Emma.

Regina já devia ter ido embora a algum tempo, mas eu continuava na mesma posição, sem entender ainda o que tinha acabado de acontecer. Sentada no sofá, eu encarava o teto com um sorriso bobo no rosto e só fui interrompida pela porta se abrindo. Era Henry.

-Mãe?

-Oi,  garoto.- ele passou correndo por mim e subiu a escada.- onde você vai?

-No cinema com o vovô e a vovó.- ouvi ele gritar lá de cima.- posso?

-Claro. Mas eu pensei que hoje fosse o dia de ir pra casa da Regina.

-Eu já falei com ela, disse que tudo bem, e que precisava ficar sozinha de qualquer jeito.- Henry desceu a escada com um casaco e um cachecol na mão.- mãe?

-Oi?

-Por que ta sorrindo?- era tão obvio assim?

-Nada, eu só...lembrei de uma coisa.

-Tem haver com a minha mãe?-levantei para ajeitar a roupa de Henry.

-Não! Por que teria?

-Por que eu esbarrei com ela saindo daqui.- Ele me olhava com um olhar desafiador. Henry era tão esperto, e eu me orgulhava tanto. Só não agora. Agora não precisava que ele desconfiasse de nada, se é que tinha algo para desconfiar.

-Ah, isso. A gente conversou. -tentei ser objetiva, mas tudo em meu corpo me entregava. O suor em minhas mãos, o sorriso idiota que não saia do meu rosto, minhas pernas bambas, e o provável rubor em minhas bochechas.- O que foi Henry?

-Nada, é só.... Nada. -Henry sorriu de um jeito maroto- eu vou indo então. - Me deu um beijo na bochecha e saiu.

No fundo eu acho que ele percebeu que alguma coisa tinha acontecido. E podia ser apenas impressão minha, mas era como se ele estivesse torcendo para ter acontecido alguma coisa.

Permaneci nesse meu estado idiota enquanto tomava banho e me arrumava pra dormir. Lutando a cada segundo contra uma vontade insana de ir até Regina seja para exigir uma explicação ou só para encarar seus olhas castanhos por mais tempo. Mas algo me segurava. Provavelmente o medo de expor esse novo sentimento que eu não era nem sequer capaz de nomea-lo.

A manha chegou e com ela, a expectativa. Regina tinha me prometido uma explicação e eu não sabia se estava nervosa por isso ou simplesmente porque iria vê-la de novo. Fiz minhas coisas normais do dia a dia, e a rotina foi me distraindo. No final do dia já nem lembrava o motivo de estar tao ansiosa. Regina não apareceu. Não mandou mensagem, muito menos ligou. Os dias se passavam e eu começei a imaginar se não tinha tudo sido fruto da minha imaginação.

POV Regina

Duas semanas se passaram, e eu ainda não havia falado nada com Emma. Eu sei que devia a ela uma explicação, mas não conseguiria, principalmente depois da visita de Rumple

-Vejo que você quebrou a maldição afinal.-ele disse.

-Fiz o que tinha que fazer.- a impaciência era visível em minha voz.

-Então por que parece ainda mais tensa do que estava quando foi me procurar?

-Eu não... O que você quer?

-Apenas ajudar.

Eu ri com desdém, "apenas ajudar" e "Rumplestilskin" são coisas muito distintas.

-Então me diga porque o beijo quebrou a maldição. O primeiro beijo foi um erro, isso eu entendi, por isso a maldição surgiu em primeiro lugar. Mas para quebra-la, seria necessário um beijo de amor verdadeiro.

-Acho que você já tem sua resposta.

Mas eu não tinha. Expulsei Rumple de casa naquele dia, não precisava de sua "ajuda" disfarçada de curiosidade.
Desisti então de pensar sobre o assunto, já que não estava me levando a lugar algum. Ignorei todos os instintos que me diziam para falar com Emma. Tentei manter essa pose até o dia que estava saindo da prefeitura e avistei Emma andando na rua com Henry. Ela sorria, e estava tão linda, a luz do Sol batendo em seu cabelo dourado. Ela era magestosa, andava ao mesmo tempo exalando poder e delicadeza. RI ao lembrar de seus pais, que lhe deram essas características. Ela me lembrava o Mar, pensei. Lindo, feroz , intenso, e que ao mesmo tempo poderia ser suave como as brisas da manhã. O Mar, cujo sua grandeza deveria ser respeitada e sua beleza, admirada.
Doía tanto vê-la daquele jeito, eu queria que aquele sorriso fosse pra mim, que aquela beleza fosse por mim. Eu queria ela toda para mim. Não sabia se admitir, ajudava ou não. Mas de uma coisa eu sabia, estava completamente apaixonada por Emma Swan.









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