t h i r t y

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Apesar do local estar sufocante, Jeonghan estava mais feliz do que nunca. Todos aqueles corpos ao seu redor, aquela atmosfera quente e animada que estava fazendo tão bem a ele, a música alta e maravilhosa que embalava a todos. Jeonghan nunca iria imaginar que estaria em algum lugar assim em toda a sua vida, dançando com pessoas desconhecidas e sem a permissão de seus pais. Mesmo estando errado, aquela não era hora para se pensar nisso.
Seungcheol não deixava ninguém se aproximar de Jeonghan. Ele percebia os olhares de interesse de outras garotas e garotos, e por isso ficou colado a ele, como se dissesse que Jeonghan pertencia apenas a ele, o que era verdade. Não que o outro estivesse reclamando, longe disso, ele adorava a sensação de ser protegido por Seungcheol. A medida em que dançavam, os dois trocavam vários e vários beijos, alguns mais longos, outros mais curtos, com intensidade, com ternura. Nenhum dos dois queria parar com aquilo, e não iriam parar. Mesmo com tantas coisas ao seu redor, para eles, só haviam os dois naquele lugar.
De repente, Seungcheol pegou no braço de Jeonghan, o arrastando pela multidão. Os dois desviaram das pessoas o mais rápido que podiam, até chegarem a enorme escada que dava para o andar de cima. Seungcheol subiu as escadas apressado, com Jeonghan em seu encalço. No andar de cima, a música estava um pouco mais abafada, e então Jeonghan perguntou:
— Por que me trouxe até aqui em cima?
— Achei que lá embaixo estava muito chato — respondeu Seungcheol, com um sorriso malicioso nos lábios. — Venha.
Dessa vez, o garoto pegou em sua mão, e com mais calma foi até um dos quartos. Assim que trancou a porta, Seungcheol agarrou a cintura de Jeonghan, o puxando para si, e beijou seus lábios. O mesmo retribuiu com a mesma intensidade, passando suas mãos pelo pescoço do Choi, até chegar em seus cabelos macios. Seung se arrepiou com o toque, e desceu uma de suas mãos até a bunda do outro, apertando levemente. Jeonghan retirou sua camisa, a jogando em um canto qualquer, e atacando o pescoço do mais velho com beijos e chupões.
Lentamente, os dois foram em direção a cama, com um tirando peças de roupas do outro. Seungcheol jogou Jeonghan na cama, arrancando sua cueca e abocanhando seu membro. Jeonghan estremeceu, jogando a cabeça para trás e apoiando o corpo em seus cotovelos. Seung subia e descia com sua língua, provocando espasmos por todo o seu corpo, o fazendo suspirar de excitação. O mais velho se deliciava cada vez mais com o pênis do outro, chupando e lambendo toda a extensão como se fosse seu pirulito favorito, e o fazendo gemer seu nome cada vez mais alto. De vez em quando, lançava olhares maliciosos para Jeonghan, o que o deixava ainda mais excitado e louco para ter o Choi dentro de si. Quando Seungcheol viu que o garoto iria chegar ao seu limite, parou com os movimentos, dando uma última lambida e limpando os cantos da boca que estavam sujos de saliva e pré-gozo.
Jeonghan não perdeu tempo e terminou de tirar as roupas do Choi, as jogando pelo chão do quarto. Apesar de toda a tensão sexual que estava presente ali, ele estava nervoso com aquilo, pois era sua primeira vez. Mas ele não se deixou abalar pelo nervosismo, pois sabia que Seungcheol não faria nada para machucá-lo. Como se lesse seus pensamentos, o garoto depositou um beijo em sua testa, e disse:
— Não se preocupe, meu amor. Vou fazer desta a sua melhor noite.
Jeonghan sorriu, pois sabia que aquela já era a sua melhor noite.
Seungcheol o colocou de quatro, dando beijos pelo seu pescoço do mesmo. Ele encarou as nádegas branquinhas e redondinhas de Jeonghan, e as abriu, exibindo sua entrada. Então, ele pôs-se a lamber aquela região, fazendo com que Jeonghan estremecesse com o susto de ter alguém ali em uma área tão íntima. Após o local estar bem lubrificado com sua saliva, Seungcheol introduziu dois dedos de uma só vez. Jeonghan abafou um grito de surpresa, agarrando os  travesseiros a sua frente. Seung sussurrou um pedido de desculpas, mas não podia impedir. Mesmo com o corpo do Yoon o expulsando, ele continuou com os movimentos, até que achasse que Jeonghan estivesse pronto. Assim que viu que o garoto relaxava aos poucos, resolveu que estava na hora. Retirou seus dedos aos poucos, e passou um pouco de saliva em seu próprio membro.
— Está pronto? — perguntou.
— Estou — respondeu Jeonghan, com convicção.
Seungcheol então começou a introduzir-se para dentro do mais novo lentamente, observando Jeonghan se contorcer de dor e satisfação. Quando se encontrou inteiramente dentro do Yoon, esperou para que ele se acostumasse. Jeonghan sentia uma dor incômoda, que passava aos poucos. A música ainda continuava abafada, mas ainda se podia ouvir as batidas ritmadas de algum rapper, provavelmente 50 Cent ou Kanye West. Seungcheol não podia negar, estava amando aquilo.
— Cheollie?
— Sim?
— Pode continuar.
Com isso, o Choi deu início aos movimentos, indo bem devagar. Jeonghan gemia baixinho, agarrando os lençóis e travesseiros que haviam. A medida que Seungcheol aumentava mais os movimentos, aumentava os gemidos de ambos, gemidos implorando por mais e mais. Jeonghan começou a se masturbar no mesmo ritmo das estocadas do Choi, suspirando e ofegando a medida que era levado a loucura. Nunca imaginou o quanto aquilo era bom, ter o corpo de alguém tão ligado ao seu daquela forma. Aquele era sem dúvida o mais delicioso dos pecados, e ele iria cometê-lo muitas e muitas vezes.
Os gemidos de Jeonghan eram como música para os ouvidos do Choi. Ele adorava ver o garoto completamente entregue a ele, sempre pedindo por mais, perdido em seu prazer. Ele aumentava cada vez mais o ritmo, apenas para ouvir os gemidos altos e maravilhosos do mais novo. Seung sentiu Jeonghan estremecer, gemendo longamente, para então soltar um suspiro. Havia acabado de chegar a um orgasmo, e a cada segundo Seungcheol sentia que o seu também estava próximo. Apenas algumas estocadas depois, o garoto jogou sua cabeça para trás, soltando um gemido rouco e arrastado, gozando dentro do Yoon.
Os dois estavam completamente suados, cansados e satisfeitos. Aquele momento não poderia ser melhor, estavam em seu pequeno paraíso particular, e nada poderia atrapalhar aquilo. Seungcheol se virou e abraçou Jeonghan, beijando seu pescoço.
— Eu te disse que iria te foder num lugar melhor — sussurrou o Choi, mordendo o lóbulo de sua orelha.
— Da próxima vez, quero tentar ser o ativo — disse Jeonghan, rindo fraco.
— Vamos ver se você será tão bom quanto eu.
Alguém bateu na porta, os assustando. Eles procuraram por suas roupas rapidamente, enquanto as batidas continuavam, mais rápidas e impacientes. Quando Seungcheol abriu a porta, deu de cara com Seungkwan agarrado ao pescoço de Hansol.
— Desculpa atrapalhar — disse Hansol. — Mas todos os quartos estão ocupados.
— O que aconteceu com ele? — perguntou Seungcheol.
— Está drogado. Completamente. Vou cuidar dele.
Seung ajudou o amigo a colocar Seungkwan na cama, e perguntou se não precisava de ajuda. Hansol disse que estava tudo bem, e então os dois os deixaram a sós.
— Acha mesmo que ele estava drogado? — perguntou Jeonghan, enquanto voltavam para a festa.
— Não. Foi só uma desculpa para eles transarem — respondeu o Choi, abraçando sua cintura.
— Boa desculpa. Me lembre de usá-la.
Seungcheol olhou para Jeonghan, quase como se não o reconhecesse.
— Quem é você e o que fez com o meu Hannie?
Os dois deram risada, e desceram as escadas. Durante o caminho, avistaram vários casais conhecidos, inclusive Jisoo agarrado a uma garota de cabelos curtos. A festa parecia estar muito boa, mas Seungcheol teve uma ideia melhor.
— Vamos para a sua casa?
— Olha, meus pais não aceitam de jeito nenhum relações entre homens e essas coisas, e se eles souberem que estamos namorando...
— Não me lembro de pedir você em namoro... — disse Seungcheol, tentando agir casualmente. — Mas já que tocou no assunto, você quer?
Jeonghan parou de andar, e o encarou, surpreso.
— Você quer namorar comigo? — perguntou, como se não acreditasse.
— Claro, mas eu quero saber se você quer — respondeu o Choi, sério.
Jeonghan abriu um enorme sorriso, e o beijou. Para Seungcheol, aquele simples gesto bastava. Era um maravilhoso e lindo sim, e eles tinham certeza de que nada poderia separá-los dali em diante.

antichrist - csc. + yjh.Onde histórias criam vida. Descubra agora