t h i r t y t h r e e

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O sr. Yoon proibira Jeonghan de sair de casa, a não ser para ir a escola e a igreja. No dia seguinte, o pobre garoto mal conseguira sair da cama, de tão dolorido que estava. Sua mãe o deixou ficar em casa, já que não estava bem.
Depois do ocorrido, seu pai o trancou em seu quarto, e expulsou Seungcheol de sua casa. O estreito laço que ainda tinham com a família Choi foi cortado, e Jeonghan não falou mais com seu pai. Sua mãe, apesar de não apoiar o relacionamento do filho, foi mais compreensiva com ele. Não achou certo a atitude do marido, e prometeu que faria de tudo para que aquilo não ocorresse novamente.
Após seus pais irem para a igreja, Jeonghan começou a chorar baixinho, em seu quarto. Sentia falta de Seungcheol, e saberia muito bem que não o veria dali em diante. Aquilo tudo era sua culpa, pois foi estúpido o bastante para ficar com Seungcheol sozinho em casa. Ele só queria poder ter uma vida normal, onde seus pais o aceitam do jeito que é.
Jeonghan ouviu o barulho de uma pedra sendo arremessada em sua janela. O garoto ergueu o olhar, pensando ser algo da sua cabeça, quando uma segunda pedra foi jogada. Lentamente, o garoto se levantou, mancando levemente, indo até a janela. Seungcheol estava lá, com algumas pedras nas mãos, pronta para arremessar mais uma. Ele fez um sinal para Jeonghan abrir a porta, e o garoto negou. Tinha medo de seus pais voltarem de repente, e sendo bem sincero, não queria levar outra surra. O Choi insistiu, e Jeonghan deu uma desculpa, fazendo gestos para dizer que está machucado.
Seungcheol suspirou, e teve uma ideia. Começou a escalar as paredes da casa, se equilibrando pela calha. Com dificuldade, ele conseguiu chegar a janela do quarto de Jeonghan. Ele a abriu, permitindo que o namorado entrasse.
— Você está bem? — perguntou Seungcheol, o abraçando.
— Estou, mas estou muito dolorido — respondeu Jeonghan, entre gemidos.
— Vem, eu te ajudo.
O Yoon se apoiou em Seung, e foi até sua cama. Ele se sentou devagar, fazendo algumas caretas.
— Me desculpe — sussurrou Seungcheol, com lágrimas nos olhos. — É tudo culpa minha, eu devia ter feito alguma coisa...
Jeonghan pegou as mãos do Choi, o fazendo erguer o olhar em sua direção. Ele mantinha um sorriso nos lábios, como se dissesse que tudo estava bem. Jeonghan era assim, apesar de tudo, sempre estava sorrindo, com a certeza de que tudo daria certo. E, pela primeira vez em sua vida, Seungcheol acreditava nisso.
— Não vamos nos separar. Nunca — disse Jeonghan, com convicção. — Mesmo com meus pais contra, ainda podemos nos ver. Nem tudo está perdido.
Seungcheol sorriu, e o beijou. Tomou cuidado para não machucá-lo ainda mais, então foi cuidadoso. A sensação de ter Jeonghan em seus braços era única, e ele não queria, e nem iria, perdê-la.
— Eu... posso ver? — perguntou Seungcheol, se referindo aos machucados.
Jeonghan assentiu e se virou, pois suas costas foram o local mais atingido. Lentamente, Seungcheol foi erguendo o moletom de Jeonghan, revelando as profundas marcas arroxeadas. Em alguns lugares haviam até cortes, mas a grande parte da pele era apenas doloridos, porém de certa forma lindos, hematomas. O Choi passou os dedos de leve, fazendo Jeonghan estremecer com o toque.
— Nós vamos superar tudo isso — disse Seungcheol. — Juntos. Eu amo você.
— Eu também amo você. Muito.

antichrist - csc. + yjh.Onde histórias criam vida. Descubra agora