No dia seguinte, o pequeno grupo de amigos foi cedo para a praça. Como era sábado, eles teriam o dia inteiro para desmascarar Jisoo, porém Seungcheol queria se livrar desta história o mais rápido possível. Jeonghan não podia estar lá, pois ainda estava proibido de sair de casa, mas assim que tudo acabasse, Seungkwan iria correndo até sua casa para lhe contar tudo.
Todo mundo estava quieto. O clima estava realmente pesado, ninguém mais conseguia disfarçar. Jisoo fingia que estava tudo bem, mesmo com seu lábio cortado e inchado, sorria friamente. A vontade de Seungcheol era de acabar com aquele sorriso de uma vez, mas guardou sua energia para mais tarde.
— Ninguém vai falar nada? Sério mesmo? — perguntou Jisoo, ironizando. — Esse grupo já foi mais animado, antes do Jeonghan chegar. Sinceramente, ele era muito...
— Dobre a porra da sua língua antes de falar qualquer coisa sobre ele — disse Seungcheol, o encarando.
Jisoo deu uma risada curta, o encarando de volta. Apesar de não parecer, estava nervoso.
— O que foi, Cheollie? Pensei que já estivesse tudo acabado entre vocês...
— Não se faça de idiota, já sabemos o que você fez — se pronunciou Wonwoo, se levantando. — Foi você que contou que o Jeonghan estava namorando com Seungcheol, e iria entregá-los de novo quando começaram a se ver escondidos. Agora só responda, porquê fez isso?
Todos olharam para Jisoo, esperando por uma resposta. O garoto se levantou calmamente, ainda mantendo o sorriso no rosto.
— Simples, porque eu detesto ele — respondeu, apontando para Seungcheol. — Eu detesto ele, e detesto tudo o que ele faz ou tem. Satisfeito?
— E por conta disso você precisa machucar alguém que não tem nada haver com isso? Você faz ideia do quanto o Jeonghan sofreu com tudo isso? — perguntou Seungcheol, erguendo o tom da voz. Ele estava completamente irritado, e tentava se acalmar mentalmente, mas estava vendo que de nada adiantaria.
— Eu não sabia que o sr. Yoon faria uma coisa dessas. Pra mim ele era apenas um velho babaca cristão, não sabia do que era capaz. Mas, se serviu para afastar vocês dois, até que foi bem vindo.
Infelizmente, Seungcheol não conseguiu se controlar por muito tempo. Ele partiu para cima de Jisoo, lhe dando um soco certeiro em seu rosto. O garoto caiu no chão, e foi a oportunidade perfeita para que ele lhe desse um chute no estômago. Mingyu e Hansol tentaram interferir, mas viram que de nada adiantaria tentar apartar a briga. Seungcheol começou a socar Jisoo para valer, e com cada soco um xingamento era direcionado ao mesmo. Finalmente estava descontando toda a sua raiva em alguma coisa, e só parou porque viu que o garoto estava quase desmaiando, e ele ainda precisava ouvir mais algumas coisas.
— Como eu pude ser amigo de alguém tão filho da puta assim? — gritou Seungcheol. — Você não presta, Jisoo! Você é um maldito que entrou na minha vida só pra me foder!
— Você não dizia isso quando a minha mãe te acolheu, quando a sua única companhia era eu! — gritou Jisoo, apesar de toda a sua dor. Sangue escorria pelo seu rosto, e Mingyu o ajudou a se levantar. — Você não se lembra, Choi? Quando o desgraçado do seu pai chegada morto de bêbado na sua casa e você corria para a minha, com medo. Quando você era o centro das atenções em minha própria casa, enquanto eu era ignorado. Quando eu gostava de você, mas você só deu bola pra esse idiota do Jeonghan!
Seungcheol ficou em silêncio. Pela primeira vez em sua vida, ele via Jisoo chorar, e pela primeira vez, se via sem palavras.
— Ficou chocado, gracinha? Pois é — Jisoo deu uma risada fraca, e uma gota de sangue pingou do seu queixo. — O idiota aqui sempre foi apaixonado por você, mas nunca se declarou. Eu sempre vi você tendo toda a atenção que queria, tendo tudo o que quis, sendo o melhor em tudo! Você era mais amado pela minha mãe do que eu, que sou filho dela! Você só me fez mal, e eu só quis retribuir o favor.
— Por quê você não me disse isso antes? — perguntou Seungcheol. — Se você tivesse me contado, a gente poderia resolver isso juntos, sem ter a necessidade de tudo isso.
— Com você não tem conversa, na primeira iria me chutar! Você não vale nada, Choi. E eu odeio você.
Todo mundo estava em silêncio, até que ouviram alguém gritar. A senhora Hong correu até o filho, assustada com o estado do garoto.
— Jisoo! Meu Deus, o que aconteceu? — perguntou ela, analisando os machucados do filho.
— Foi o Seungcheol, mãe — respondeu Jisoo. — Ele fez isso.
— Mas porquê?
— Desculpe senhora, mas isso nós vamos explicar — disse Wonwoo.
Wonwoo, Mingyu e Vernon explicavam toda a situação, enquanto Seungcheol se mantinha em silêncio. Seungkwan observava tudo, prestando atenção em cada detalhe para contar a Jeonghan depois. Assim que os garotos terminaram de contar a história, a expressão de preocupação da sra. Hong fora substituída por raiva.
— Você fez tudo isso mesmo, Jisoo? Porquê você não me disse nada? Não havia necessidade disso — gritou a sra. Hong.
— Mas, mãe...
— Fique quieto! Você deve desculpas para esse garoto, e para Seungcheol também! E é melhor você se despedir dos seus amigos, pois essa semana mesmo vamos para a Califórnia. Agora venha, você está de castigo!
A sra. Hong pegou Jisoo por uma das orelhas, e o arrastou para casa. Seungcheol se sentia aliviado em parte, pois ainda faltava uma coisa.
— Bom... e agora? — perguntou Hansol.
— Agora, vou ficar com o amor da minha vida.
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antichrist - csc. + yjh.
FanfictionNa qual Jeonghan comete seu maior pecado: amar Choi Seungcheol. [jeongcheol | +18 | menções a verkwan, jihan e meanie]