Capítulo 13.

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Chegamos em casa dentro de alguns minutos, ele dirigia rápido. Minhas lágrimas cessaram depois de algum tempo, mas eu ainda sentia muita vontade de chorar. Fui patética em chorar na frente dele.

Ele estacionou o carro em sua respectiva vaga e desci disparada do carro indo direto pro elevador, ele veio atrás em passos pesados, antes que colocasse meus pés dentro do elevador ele me puxou com tudo.

─ O que aconteceu? ─ perguntou olhando em meus olhos, aquela mandíbula perfeitamente quadradra, os olhos cor de mel brilhantes e os cabelos lisos caindo sobre sua testa me faziam ficar de boca aberta o admirando. Mas era um idiota!

─ Nada que seja da sua conta ─ digo puxando meu braço mas ele me puxa de novo, e dessa vez com força, de modo com que eu ficasse à milímetros de distância dele. Suas mãos eram quentes e sentia seu perfume forte adentrando minhas narinas.

─ Eu vou falar com Arthur sobre isso.

Encaro seus olhos, ele também olha em meus olhos enquanto me segura fortemente, era como se eu fosse uma garotinha com má comportamento cujo ele, tivesse o dever de me educar.

─ Não vai falar não, ele vai querer saber porquê.

─ Eu também quero saber, custa me dizer? ─ cerra os olhos e me solto dos braços dele.

─ Não lhe desrespeita.

Entro no elevador e encaro meu tênis enquanto ele entra em seguida e aperta o andar desejado. Segurava a respiração só pra não sentir o cheiro do mesmo.

Quando chegamos no apartamento entrei primeiro e fui logo pra cozinha, Arthur estava lá, ele me abraçou e beijou meu rosto diversas vezes.

─ Como foi a escola? ─ disse me apertando, nesse momento Bruno chega, eu e ele trocamos um olhar cúmplice.

─ Legal ─ digo e o aperto também.

Vou na geladeira pegando um copo de água e me sento jogando minha mochila em qualquer lugar, prendo meus cabelos em um coque e observo Arthur sentar do meu lado no celular.

Bruno afrouxou a gravata e abriu os três primeiros botões de sua camisa social revelando um pouco da sua tatuagem. Olhei pro lado bufando.

─ E a reunião? ─ Arthur indagou.

─ Boa, estamos defedendo uma causa cívil, moradores que estão em risco de serem retirados de uma invasão. Vamos na próxima semana pro tribunal ─ Bruno diz bem formal, sua voz grossa, meio rouca e com sotaque mineiro me causa incômodo. ─ Cadê os meninos?

─ Peter vai almoçar na faculdade, Diego tá no BK em reunião e Léo foi trampar no restaurante.

─ E tu vai fazer o que hoje?

─ Rapaz, acho que vou sair, sei lá, minha agenda tá limpa hoje pela tarde. Ia visitar a Flávia mas ela tem curso.

─ É... vocês não querem colar na ação da faculdade? É um projeto onde arrecadamos muitas doações pra crianças ─ ele olha para mim e Arthur.

─ Nem vou advinhar quem tá por trás disso ─ Arthur ri. ─ Claro que eu vou, parceiro.

─ Eu vou também ─ digo e me levanto pegando minha mochila e indo pro quarto.

Fui pro quarto, tomei um banho e depois fui almoçar.

Umas três da tarde a gente foi pro campus, onde iria acontecer o projeto do curso de Bruno. Levei umas seis barras de chocolate e outras besteiras, principalmente quando Bruno disse que teria crianças.

Nunca tinha participado de ações sociais, mas pra tudo tem sua primeira vez.

Ainda estava meio pra baixo, mas eu sabia bem que uma hora ia passar.

Paraísos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora