Eu andava tranquilamente pelo shopping com Léo, ele estava de braços dados comigo e olhava atentamente as vitrines pela qual passávamos enquanto mastigava o amendoim mexicano lentamente.
Nós havíamos lanchado no shopping, feito algumas comprinhas tanto de roupa como comida e agora passeavamos antes de ir embora.
Nessas horas, Léo tentou dar um passo é claro, mas eu sempre recuava, estava levando aquilo que tinha com Bruno sério até demais. Mas tudo isso era a pura paixão que odiava sentir, não sabia se era recíproco o que sentia por ele, e o mesmo não me dava sinais certeiros para descobrir. Às vezes eu ia pro apartamento dele depois da escola, nós almoçavamos juntos e às vezes nem transavamos, só ficávamos juntinhos assistindo séries ou então conversando sobre tudo um pouco. E eu gostava muito da presença dele.
─ Lara? ─ ouço a voz de Léo e saio do meu modo aéreo. ─ Há algo errado?
Eu meio que me faço de desentendida. Mas logo sei do que se trata o assunto e o puxo pelo braço para nós dois nos sentarmos num banquinho no shopping.
Eu fico meio desnorteada em como dar início ao nosso assunto, penso em várias palavras adequadas e abro a boca e fecho diversas vezes. Quando finalmente as encontro, digo:
─ Tenho uma coisa pra dizer... mas eu peço por favor que nada mude entre a gente, eu amo sua amizade e gosto demais de você, mesmo ─ digo segurando em sua mão enquanto ele sorria.
─ Eu já sei mais ou menos o que é.
─ Sabe? ─ arqueio a sobrancelha.
─ Não vou contar pra ninguém, não se preocupe. Eu só pensei que... ah, sei lá. Tanto faz... ─ dá de ombros ainda sorrindo.
─ Do que exatamente você sabe?
─ Você e Bruno, vi vocês trocando um selinho outro dia, no elevador ─ fala ainda segurando minha mão e agora fazendo círculos na palma com o dedo indicador. ─ Vocês formam um casal bonito, e torço pra dar certo.... mas... você sabe como Bruno é, não quero te ver magoada, o Bruno é meu irmão e amigo, conheço ele faz anos, sei tudo sobre ele, eu acho.
─ Não se preocupe ─ beijo seu rosto. ─ Nós não estamos namorando, bobo. É só meio que ficando...
Léo consente com a cabeça e fica em silêncio ainda segurando em minha mão e olhando perdidamente pro ar.
─ Quando vai contar pro Arthur?
Eu também olho pro nada enquanto faço círculos na palma da não dele.
─ Eu não sei ─ falo baixinho.
─ E pensar que opostos ficaram juntos... jamais pensei que... Bruno tivesse reparado em você, pelo histórico dele com Vivian, sempre pensei que o amor nunca tivesse acabado.
─ Mesmo assim, não temos nada de mais, nós só ficamos. Eu... não gosto dele ─ minto.
─ Tudo bem, mas isso não é da minha conta ─ ele me puxa e me envolve em um abraço. ─ Só não quero ver você machucada no final.
─ Não vai ver, prometo ─ garanto insegura.
Ele assente e me solta, e assim podemos passear mais um pouco juntos antes de ir pra casa.
Quando chegamos em casa já era seis e meia da tarde, o sol estava se pondo, a vista do céu era privilegiada, e eu era uma das pessoas que saiam em suas sacadas só pra admirar o céu.
Léo foi cozinhar uma lasanha pro jantar e eu fui pro quarto, meu primo estava jogado na cama dele e me joguei sobre o mesmo.
─ Tá fazendo o quê? ─ pergunto o vendo concentrado na tela do celular.
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Paraísos Perdidos
Teen FictionLara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar com seu primo universitário e seus quatro amigo irresistíveis. Lidando com problemas pessoais e tentando lidar com sua fase adolescente, La...