Epílogo.

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Enchi meus pulmões com o límpido e gostoso ar brasileiro, abri um sorriso completamente contente em estar de volta em minha cidade natal

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Enchi meus pulmões com o límpido e gostoso ar brasileiro, abri um sorriso completamente contente em estar de volta em minha cidade natal.

Após cinco anos finalmente eu havia regressado ao Rio de Janeiro, após muita insistência de Arthur em me ver e matar a saudade que era grande. Passei cinco anos na Itália, não vinha por nada no Rio de Janeiro, nem mesmo acompanhar mamãe com a empresa, eu ainda não estava preparada. Mas agora finalmente me sentia preparada pra voltar.

Enquanto estive na Itália me foquei no que era mais importante: minha faculdade, cursei a faculdade de administração e já estava de estágio na presidência da Miller, logo a presidência passaria para mim e eu teria milhões de compromissos sobre minha cabeça.

Eu já tinha vinte e dois anos, estava mais amadurecida, mais mulher, minha mente já era bem mais madura que antes, e os anos e a vida me ensinaram a ser forte diante de qualquer tipo de situação.

Até hoje a ficha que papai faleceu não caiu, nem pra mim e muito menos pra mamãe. Ele nos causava uma falta tão grande que chegava a doer como uma ferida sendo aberta, e do nada me lembrava dele e chorava. Acredite, no começo foi mais difícil.

No começo eu lembrava demais de tudo que ocorreu no Rio de Janeiro, mas depois do primeiro ano aqui eu esqueci, os flashs já eram longes. Mas sua camisa era meu pijama e às vezes eu pensava sentir seu cheiro no ar. Sonhava com nossos momentos juntos, e me pegava sentindo tanta saudade ao ponto de querer ir atrás dele, mas não fiz isso.

Não vou mentir que não fiquei com ninguém, mas ninguém parecia completar o vazio que estava em mim. O vazio que Bruno completava.

Aqui na Itália eu literalmente pude recomeçar, fui rodeada por pessoas maravilhosas, tinha amigos que se preocupavam até demais comigo. Eu recebia todo o amor do mundo de mamãe e deles, eu estava em paz, estava bem.

E meus paraísos? Eu consegui construir outros, demorou mas finalmente eles estavam aqui dentro, e esses estariam intactos até eu ter plena certeza de que a pessoa pra qual os entregasse iria cuidar bem deles.

Ah, o filho de Bruno e Vivian nasceu. Era um menino! Não acompanhei os anos dele porque havia excluído Vivian do meu instagram, mas vi uma foto que ela postou cinco meses depois dele nascer, ele estava nos braços de Bruno que sorria, era definitivamente a cara dele, até o mesmo sorriso com as covinhas fundas no rosto. Ela me marcou na foto pois o bebê usava o macacão que eu havia dado de presente. Na legenda dizia: Esse macacão pertenceu à alguém muito especial, e a titia que me concedeu ele eu não tive o prazer de conhecer. Mas agradeço por ter me dado esse macacão que pra sempre irei guardar. Meus meninos, tal pai, tal filho!

Eu até abri um sorriso largo quando vi aquela foto, fiquei emocionada. O filho deles era lindo e aparentemente Bruno estava feliz.

Era isso que queria, a felicidade dele.

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