Capítulo 15.

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Acordo com o despertador, ótimo, como amo acordar cedo! Me arrasto até o banheiro pra tomar banho, escovar os dentes e despertar toda aquela preguiça.

Hoje é dia de educação física, nada menos que significa colocar um short de malha apertado e jogar algum esporte contra a outra sala do 3° ano. E hoje com certeza era o melhor dia pra fazer isso, porque justo hoje minhas pernas estavam mais que doloridas.

Mal conseguia andar.

Penteei os cabelos e peguei minhas coisas saindo do quarto, e estranhando Arthur não estar roncando ali e babando o travesseiro.

Vou direto pra cozinha e quase morro com a imagem que vejo, era um milagre, iria chover!

Peter, Arthur e Bruno acordados e tomando café matinal. Havia acordado tarde? Havia me atrasado ou programado errado o despertador? Olho no relógio e são seis e quarenta, mais que cedo.

─ Bom dia... reunião hoje cedo é? ─ digo jogando minha mochila em qualquer canto e indo pegar uma pêra.

Noto o olhar dos meninos sobre meu short, sim, ficava apertado e fazia eu ficar com uma bunda enorme.

─ Bom dia ─ dizem em uníssono e desanimados.

─ Claro que é reunião em plenas seis da manhã, estamos discutindo nossos pontos, como acha que colocamos comida na mesa? Dando o cu, é óbvio... ─ Arthur diz e Peter bate no mesmo. ─ Nosso cafetão, senhor Diego, que tem vida boa de sócio do BK e tá numa soneca.

─ Olha o palavreado ─ Peter repreende meu primo e dou um sorriso.

─ Qual será a da vez... ─ Léo se apoia ao meu lado no balcão de frente pros meninos e todos encaramos Bruno que mexia no celular. Ele bloqueou o celular e nos fitou.

─ Dessa vez deixo passar, Arthur ─ ri.

─ Caralho! ─ Léo diz e na mesma hora Bruno olha pra ele.

─ Eu citei nomes, Arthur, porque ele é o que mais xinga aqui, mas no seu caso, bem, deixe-me ver ─ passa a mão no queixo pensativo. ─ Andar da senhorita Vitória, quero que vá só de cueca, e aperte a campainha perguntando se ela tem linguiça, mas quero que olhe pro seu pau nessa hora!

─ Pesado! ─ Peter fala balançando a cabeça e rindo e nessa altura do campeonato Arthur já está morrendo de rir.

─ Ah, cara... sério isso? Ela infarta, ela tem sei lá quantos anos... cem? ─ Léo coloca a mão na cintura negando. ─ Me dá outro.

─ Ela é louca por ti, e vai realmente morrer se fizer isso, quem sabe se ela morrer aquela filha gostosa dela não se mude pra cá? ─ credo, nojento.

─ Beleza, vocês vão ficar no elevador?

─ Sim ─ Bruno assente se levantando e pegando a gravata a colocando em volta do pescoço. ─ Essa eu quero muito ver.

─ Eu muito mais ─ Arthur diz esfregando uma mão na outra.

─ Mas ela já acordou? ─ dessa vez eu pergunto.

─ Quem disse que ela dorme? ─ Arthur riu.

Fomos pro elevador todos juntos e apertamos no andar 13, Léo respirou fundo e riu, assim que o elevador chegou e fez uma zoadinha ele saiu e Peter colocou a mão pro elevador não fechar.

Léo só tirou a camisa e apertou a campainha. Todos nós gargalhamos, mas quando ouvimos a porta ser aberta seguramos o riso.

Uma idosa de óculos e baixinha apareceu, Léo ficou na frente pra tampar a gente.

Paraísos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora