Fiz sopa! Explico enquanto comem.

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- Hey! Pessoal! Já sei!- Falei
- O que foi? - Maya perguntou.
- Cada um deve tocar um símbolo. - respondi
- Para que? - questionou Evan.
- Eu não sei. - respondi
- E como chegou a essa conclusão? - Leo perguntou colocando a mão direita em meu ombro.
- Quando toquei o símbolo de fogo ele brilhou. Quando Leo tocou o de água, ele brilhou. São quatro símbolos, estamos em quatro. Não dá pra tocar duas veses um símbolo. Cada um deve tocar um.
- Hum. Não há problema em tentar. - Maya se esticou por cima de mim e Leo e tentou tocar o último símbolo, o de ar.
- Viu, não dá certo. - Maya falou fazendo cara de como se isso fosse óbvio desde o momento em que Babi surgiu para nós.
- Tente tocar o de terra. - insisti.
- Okay. - ela arqueou uma sobrancelha e tocou, quando ela tocou o símbolo o mesmo brilho que envolvia os outros dois surgiu atrás do de terra.
- Tá. Isso tem uma pequena chance de dar certo.
- Agora eu! - Evan pulou por cima de nós e tocou o último simbolo.
Quando Evan retirou o dedo de cima do símbolo, todos os outros passaram a brilhar mais ainda. Quanto mais tempo se passava, mais os símbolos brilhavam, quando abruptamente esse brilho se apagou. Quando olhamos novamente vimos a "caverna" de verdade, que era uma salinha de 5×5m com algumas velas, um tapete estilo indiano e algumas pinturas. A que mais me chamou a atenção foi uma que tinha os quatro elementos formando um quadrado, os cantos superiores eram Fogo e Água, os cantos inferiores eram Terra e Ar.
A caverna era tão pequena que se déssemos cinco passos conseguiríamos atravessá-la. Quando estávamos quase desistindo e voltando para o nosso acampamento sem respostas mesmo para encher a barriga de marshmelows quando bruscamente um senhor que aparentava ter uns 60 e poucos anos saiu da parede cambaleando - O que é algo completamente normal para uma pessoa DE QUALQUER IDADE fazer. Todos nós olhávamos para ele esbabacados enquanto ele limpava as roupas de estilo indiano que estavam sujas de pó.
- Parece que os seus pais reforçaram a regra do " Não falem com estranhos" mais do que a "respeite os mais velhos". - ele falou com uma voz cansada, porém animada.
Continuamos em silêncio cada um em um canto da caverna, nós fitávamos o senhor, desviando o olhar dele apenas para trocarmos olhares nervosos.
- Bem, para acabar logo com esse momento de tensão: muito prazer! Meu nome é Humphrey! Fiz sopa! Explico tudo enquanto comem.

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