Shiu, me deixa terminar o discurso

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Mesmo tendo perdido completamente a razão ao usar a violência como forma de argumento, me senti bem... pelos primeiros 3 segundos
-AH MEU DEUS! ME DESCULPE!
Eu entrei em desespero e saí correndo pelo túnel por onde tive tanta dificuldade de entrar, após me espremer por ele, já na entrada da caverna, vi perto de mim um lugarzinho que parecia aconchegante a luz poente, me sentei naquele lugar e comecei a pensar o por que de eu ter agido tão impulsivamente, poderia ter dito algo sensato e cortante como "mas também pode não ser" ou "e se o que ele estiver falando for verdade, e se esse for a única maneira de voltarmos a nossa vida antiga?", mas resolvi agir por impulso e me impor como prioridade, como superioridade, mas isso é a última coisa que eu devo ser, essa é a última coisa que sou.
Um vento gelado surgia a medida que o tempo passava, as primeiras estrelas começavam a surgir e a lua cheia iluminava a paisagem escura.
Estava mergulhada em meus pensamentos quando senti uma mão tocar meu ombro.
Minha primeira reação foi gritar e bater no que estivesse atrás de mim.
Ah qual é! Não venha me dizer que a sua reação seria diferente se você estivesse sozinho, no escuro e distraído e algo tocasse em você!
Mas era simplesmente Leo, esfregando o rosto.
-Duas vezes no mesmo dia?! Acho que você não vai muito com a minha cara! - ele falou esfregando o rosto e dando um sorrisinho de lado
-Desculpe, eu agi por impulso, deveria ter pensado melhor em meus atos... - respondi com seriedade o discurso que preparei em me tempo sozinha quando Leo me interrompeu
-Hey, não precisa pedir desculpa, eu também fui grosseiro, mas também...
-Shiu! Me deixa terminar o meu discurso! - interrompi Leo para descontar a vez que ele me interrompeu
Olhamos pra cara um do outro e nos encaramos por alguns instantes, logo em seguida começamos a rir alto da cara um do outro e passamos uns instantes assim.
Quando a risada parou ele continuou:
-Mas sério, não precisava me bater- ele olhou pra mim um pouco e deu uma risadinha- Doeu!
- Eu sei que não devia ter te batido, agi por impulso... - olhei um pouco pro nada e também ri um pouco - e desculpa por te bater de novo depois, mas qual é! Não vai me dizer que você não faria a mesma coisa se estivesse sozinho, no escuro e distraído!
- Verdade, eu faria.
Ficamos com aquele silêncio constrangedor de 3 segundos que na verdade parece anos, até que eu resolvi puxar assunto:
-Bem, qual era o nome dos seus pais?
-Lilian e Derek. - ele respondeu. - E dos seus?
- Albert e Dinah.
- Como era a sua casa?
- era pequena, mas tinha bastante coisa legal...
A gente coninuou essa troca de perguntas pela noite toda e o tempo voou, parecia que a noite toda tinha se passado em dez minutos, na verdade, só nos demos conta que tínhamos virado a noite quando Evan e Maya vieram nos procurar achando que tínhamos nos perdido nas floresta durante a noite.
- Humphrey quer contar algo pra gente. E só conta com todos nós juntos. Venham - Falou Maya com firmeza.

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