Capítulo 3

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Depois de ouvir as notícias saí dali o mais depressa possível. O rapaz da caixa ficou a olhar para mim o tempo todo mas eu não lhe devolvi o olhar. Não quero que se lembrem de mim. É preferivel que para efeitos oficiais eu permanece-se morta. Dirigi-me à minha mota e fui em direção a Miami.

Quando lá cheguei parei num motel e reservei um quarto por uma noite. O quarto não era lá grande coisa, havia pó por todo o lado e a mobilia estava a cair de podre. Pousei a mochila em cima da cama e abri-a. Tirei o mapa e procurei por um aeroporto. Por sorte, há um. O aeroporto internacional de Miami. Não fica muito longe do motel onde estou. Amanhã quando sair vou direta para lá e apanho um avião para a Suiça ou para França para depois passar a fronteira a pé.

Isto è de loucos. Eu quero vingar-me e se conseguir chegar à Alemanha, o que faço? Nem sequer sei quem começou a guerra nem porque motivos. Isto é suicida mas eu não tenho mais nada. Vou apanhar um avião, o que fôr mais barato para um país na fronteira para a Alemanha e depois logo se vê.

Voltei a guardar as coisas na mochila e tirei uma muda de roupa. Pousei tudo no fundo da cama e deixei-me adormecer.

Acordei cheia de dores de cabeça. Levantei-em e peguei na roupa que tinha deixado de fora e fui para a casa de banho tomar banho. Tomei um duche rápido e vesti a roupa limpa. Umas calças skinny pretas, botas de combate e um top branco com uma sweatshirt com capuz preta. Vesti o meu casaco de cabedal preto por cima e peguei na mochila pronta para me ir embora.

Banggg! Banggg!

Parei onde estava. Os alemães estão no motel. Tenho de sair daqui e rápido. Abri a porta do meu quarto e espreitei lá para fora. Há dois soldados alemães no fundo do corredor e eles estão a dirigir-se para mim. Quando me lembrei que podia ser vista já era tarde de mais. Os soldados já me tinham visto e estavam a correr em direção ao meu quarto com espinguardas na mão.

Fechei a porta do quarto e tranquei-a. Fui em direção à única janela que havia no quarto e abri-a. Estou no segundo andar mas a queda ainda é grande. Olho em volta à procura de algo que me ajude a descer. Por sorte havia um tubo mesmo ao lado da minha janela. Agarrei-me a ele e fui descendo apoiando os meus pés nas irregularidades da parede.

Já tinha descido um metro quando ouvi os soldados alemães a arrombarem a porta do meu quarto. Comecei a descer mais rápido. Quando já estava a dois metros do chão larguei o tubo e cai no chão em pé.

Nesse momento um dos dos dois soldados que estavam no meu quarto veio à janela e viu-me. Ele pegou num telefone e disse qualquer coisa em alemão, provavelmente a pedir reforços. Como o meu quarto estava virado para um beco o melhor era sair daqui antes que fosse encurralada.

Comecei a correr em direção à rua mas outros dois soldados apareceram mesmo à minha frente travando-me a passagem. Ambos ainda tinham as armas guardadas por isso aproveitei a oportunidade. Corri alguns metros para trás e tirei a glock que tinha no bolço do casaco e disparei contra ambos. Acertei mesmo no meio dos olhos em ambos e depois de eles cairem no chão não hesitei em correr para a rua.

Quando lá cheguei havia soldados alemães por todo o lado. Saí do beco e corri para a ruela ao lado. Esta estava vazia por isso comecei a afastar-me da rua principal. No final da ruela estavam três soldados a impedirem a passagem. Escondo-me atrás de um contentor do licho. Faço pontaria à cabeça do primeiro e disparo. Ele caiu morto no chão.

Ambos os soldados que ainda estavam vivos pegaram nas espingardas e apontaram para a ruela enquanto gritavam qualquer coisa em alemão. Fiz pontaria ao segundo guarda e disparei matando-o. O terceiro estava cada vez mais perto de mim por isso fiz pontaria também para ele e disparei. Acertei na espingarda dele mandando-a para fora do alcance dele. Se ele não se tivesse movido no ultimo momento, ele estaria morto.

Dark and GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora