Capítulo 16

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Saímos da casa e continuamos o nosso caminho. As ruas estavam desertas e nem sinal de mais alemães. Retomámos a mesma formação de antes e comecei a afastar-me do grupo.

Mais umas horas passaram e estávamos quase lá. Até agora não encontrámos nenhum soldado alemão e não temos tido problemas. Eu continuei a segui-los mantendo-me escondida. Há já muito que tinhamos deixado a pequena cidade para trás. Estavamos agora quase a chegar a Berlim.

Pode-se dizer que depois da guerra começar, tudo que havia à volta da capital alemã foi abandonado. Os habitantes com medo da guerra mudaram-se para as pequenas cidades e aldeias o mais longe possível da capital e muitos até chegaram a sair do país.

Berlim é agora a cidade mais segura da Alemanha mas ao mesmo tempo, a mais perigosa. Esta tem um grande exército lá a proteger o Chanceler mas ao mesmo tempo, Berlim é também a cidade alvo dos Estados Unidos.

Sendo a capital o alvo, tudo, ou quase tudo que estava à volta foi abandonado ou destruído. Por isso, há até um grande número de edifícios espalhados à volta de Berlim abandonados e sem qualquer vigilância. São o sítio perfeito para uma base secreta. Está mesmo de baixo do nariz deles e os alemães nem sequer notam.

Caminhávamos em terra batida, ao longo de uma estrada com direção à capital à muito esquecida. À nossa volta havia árvores e a relva chegava-nos quase à cintura. Já não devia ser cortada desde o início da guerra.

Quando chegamos mais à frente virámos para dentro da floresta para termos mais cobertura. Estávamos cada vez mais perto de Berlim e não nos podiamos dar ao luxo de sermos vistos.

Agora pela floresta a dentro caminhámos por mais alguns minutos até que chegamos aonde queríamos.

A folagem da floresta abria numa pequena clareira com alguma inclinação. Do outro lado havia um pequeno reacho que com as temperaturas baixas tinha congelado. Grandes pedras acompanhavam a inclinação do pequeno monte. A clareira era a base de uma pequena montanha.

As pedras cobriam toda aquela parte do monte fazendo parecer que ali estava uma barreira de pedra sólida e macissa. Esta estáva coberta com musgo e trepadeiras.

Aproximámo-nos das pedras e Jade, que ia à frente, levou a mão às trepadeiras chegando-as para o lado num movimento forte e seguro.

Por de trás delas estava uma porta também ela toda feita em pedra. Jack chegou-se à frente e ajudou Jade a abri-la. Do outro lado só se conseguia ver umas escadas estreitas e empoeiradas. O resto era escuridão pura.

Jade e Jack rapidamente entraram com Tim logo atrás. Kaden entrou também mas ficou à porta, à espera. Como ninguém apareceu e não consegui ouvir barulhos anormais que indicassem a persença de um terceiro, saí do meu esconderijo por de trás de uma árvore e entrei no túnel obscuro.

Antes de fechar a porta verifiquei se as trepadeiras cairiam no sítio certo e esconderiam a porta assim que a fechasse.

Já do lado de dentro não havia nem uma luz. As escadas eram estreitas e curtas. Qualquer descuido e podíamos falhar um degrau e cair. Dependendo do som da passada dos que estavam à minha frente, segui caminho.

Com cuidado, desci as escadas tentando adivinhar onde estavam os degraus arrastando um pouco os pés para não me enganar e ter a certeza de onde os degraus se encontravam.

Poucos minutos depois e estávamos na base dos escadas. Ainda às escuras mantive-me no meu lugar. Logo a seguir, uma luz acendeu-se.

Jade encontrava-se na frente do grupo com uma lanterna acesa em mão e mais duas na outra.

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