Capítulo 9

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Acordei de sobressalto e levei as mãos às facas que tinha à cintura. Olhei à minha volta à procura de barulhos anormais.

O Sol ainda não tinha nascido mas o céu já estava a clarear o que quer dizer que devo ter acordado por causa da hora e não de algum barulho suspeito.

Esperei mais alguns minutos mas continuei sem ouvir nada que me alarmasse. Desamarrei-me do tronco e guardei a corda na mochila. Desci da árvore com a ajuda das minhas facas e quando cheguei ao chão.

Tirei a bússola da mochila e depois de a consultar fui em direção a Sul. Hoje é o segundo dia. É melhor apreçar o passo para poder chegar lá ainda hoje ou na pior das hipóteses amanhã de manhã.

Retomei a caminhada de ontém mas aumentei o passo para poder percorrer mais terreno do que ontém e em menos tempo.

Andei e andei até à hora de almoço. Ai parei durante cinco minutos para comer alguns dos mantimentos que tinham restado de ontém. Esse era outra das razões pela qual eu preciso de lá chegar sedo.

Os mantimentos que trouxe não eram muitos e apesar de ter dito à 7 para comer as bagas roxas e não as vermelhas eu não quero arriscar.

Levantei-me e retomei a passada.

Já íamos a meio da tarde quando senti que alguém me estava a seguire. Continuei a andar como se nada fosse e tentei identificar quem me estava a seguir.

Os passos eram pesados o que indicava que quem quer que fosse deve ser mais pesado do que qualquer um dos concorrentes. Primeiro porque depois de tanto treino todos nós conseguimos indentificar-nos uns aos outros só pelo som dos passos e nenhum de nós seria estúpido o suficiênte para fazer tanto barulho ao andar...

A pessoa que me estava a seguir deve ser um alemão e pelo barulho dos passos dele ele deve estar a uns dez metros para a minha direita. Ele está de certeza escondido atrás da fileira de árvores a onze dez metros de mim.

Continuei a andar e esperei para ver o que é que ele queria. Mais alguns minutos depois o sujeito que me tem andado a seguir ainda não sr tinha revelado e eu estava a começar a ficar impaciente.

Estava a considerar ir até lá e matá-lo mas todos esses pensamentos desapareceram quando ouvi um som que me era bastante familiar.

Um click que eu conhecia à já tanto tempo e que me dava uma sensação de adrenalina e me punha mais atenta do que nunca.

Deixei-me levar pelo instinto e corri para trás de uma das árvores na minha esquerda. Assim que estava completamente escondida pelo tronco da árvore ouvi o som do tanto esperado tiro.

O click de à pouco foi o destravar a arma. O desconhecido disparou mais outra e outra vez.

O meu instinto levou-me a sair de trás da árvore e a correr para trás o mais longe possível de quem me estivesse a atacar.

Eu não tenho armas para lutar contra este tipo. Numa luta em que eu tenha uma faca e o inimigo tenha uma arma de fogo o melhor é fugir mas se não tiver oportunidade de fugir o melhor é atirar a faca ao inimigo e atirarmos-nos para o chão numa tentativa de não sermos baleados.

Comecei a correr fazendo zig-zags irregulares para confundir o atirador de maneira a ele não ter um tiro certo.

Corri mais um pouco até que as árvores me tapavam completamente de maneira a ele não me ver.

Olhei à minha volta à procura de um sítio para me esconder. Conseguia ouvi-lo a aproximar-se a passos rápidos em quanto se ouvia o som de alguém a recarregar a arma.

À minha volta a folhagem e as árvores tinham-se tornado densos com vários ramos e erva alta que me dava pelos joelhos.

Subi rapidamente uma das árvores apoiando os pés e as mãos nos vários ramos içando-me para cima. Quando cheguei a um ramo suficientemente alto encostei-me ao ramo e esperei.

Dark and GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora