CAP. 4 - Uma Noite Perigosa

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Do dia pra noite a Jhenny e eu discutimos, ele me ignora, saiu com seus amigos, se é que posso chama-los de amigos. Mas também conheci uma garota. A moça da Floricultura. Estranhamente acho que seremos grandes amigos. Talvez ela possa me ajudar no que devo fazer. Afinal, ela é mulher.

Mandei mensagem pra ela. Ela me respondeu. Me chamou de senhor acidentado. Pode isso? Que irônica essa mulher! Vou marcar sábado às sete e meia da noite. No caso, amanhã num restaurante na Praia da Costa, em Vila Velha, cidade aqui ao lado, bem pertinho.

Quando estou conversando com a senhorita ruiva, de repente a Jhenny aparece em meu quarto. Imediatamente escondo o celular embaixo do travesseiro. Acho que ela não percebeu. Com o semblante triste ela me diz:

- Oi. Sentiu minha falta?

- Sim, eu senti. Respondi com semblante de decepção.

- A minha mãe falou que você foi lá em casa. Eu tinha saído, precisava de um tempo pra pensar.

- Ah sim, claro. Respondi como se não soubesse de nada.

- Ela falou que você levou algumas coisas lá pra mim. Podia ter deixado lá.

- Prefiro entregar pessoalmente. Você sabe disso.

- Ah, desculpa. Mas... elas estão aí ainda?

- Não.

- Jogou fora?

- Não.

Ela gesticulou com os ombros e cabeça em sinal de interrogação. E eu respondi:

- Eu dei pra uma moça.

- An? Que moça?

- Uma estranha.

- Como foi isso?

-Hum, tá, olha. Eu fui na sua casa, você não estava lá. Quando estava indo embora, bati a moto. Daí deixei a moto na oficina, peguei o ônibus. Quando desci do o ônibus, entreguei tudo pra primeira mulher que vi na frente.

- Tá estranho essa história ein.

- Você acha? Ouviu a parte que eu bati a moto?

- Ah, desculpa meu amor.

Com medo de ela querer deitar na cama e acabar achando o celular, chamei-a pra descer. Lá conversamos mais e consegui finalmente ficar em paz com ela. Pensei até em desmarcar com a moça, mas seria feio da minha parte. Então vamos lá. Porém, confesso que estou meio cabreiro com essa saída dela com esses tais amigos.

A Jhenny estava indo embora, então foi no meu quarto, pegou a bolsa dela e depois partiu. Eu voltei pro serviço e a noite fui estudar.

Sábado de manhã fui trabalhar. No sábado eu e seu Pedro trabalhamos até meio dia. Fui pra casa, tomei um banho, almocei e fui deitar. Não consegui dormir, pois estava muito pensativo. Ainda mais pelo fato de me encontrar com a ruiva esta noite.

As horas passam e já arrumado vou buscar a moça. Com minha moto ainda na oficina, pego o carro do Robert. Um carro digno de quem gosta de ostentação. Não é o meu caso, mas confesso que esse carro gera uma melhor aparência.

Paro na porta da floricultura, pois a casa dela é logo a cima. Ela entra no carro e diz:

- Oi, tudo bem?

- Oi, tudo ótimo. E com você?

- To bem. Vejo que as coisas melhoraram pra você. Está do mesmo jeito de quando foi na floricultura a primeira vez.

- Sim. É que tudo se acertou agora entre eu e a Jhenny.

- Jhenny... O nome dela é Jhennifer então né?

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