"- Fica.
- Eu ficaria se pudesse, você sabe.
Harry sabia que não podia chorar, não agora. Não havia acabado, certo? Sempre haveria uma esperança, uma cura.
- As crianças sentirão sua falta, elas não ficarão bem sem você.
Ginny riu cansada, a mão que segurava os dedos do marido se fechando em torno sem quase força alguma.
- Você sempre foi mais presente do que eu para elas, Harry. As crianças ficarão bem. E você também, meu amor.
Ginny respirou fundo com dificuldade, soltando os dedos de Harry para tentar alcançar o seu rosto. Ela sentiria tanta falta dos olhos verdes, tanta, tanta falta...
- Sempre tive a certeza que nos separaríamos... Mas a diferença é que para mim alguém te roubaria, não que eu fosse morrer. – Riu.
Harry balançou a cabeça, eles sempre entraram em discussões em como o casamento deles acabariam. Acontecia sempre após o nascimento de algum filho. "Agora chega, vamos nos focar nas nossas vidas. Talvez seja melhor nos separarmos." E puf! Outra criança se formava.
- Quero te pedir uma coisa. – sussurrou
Nessa tarde ela estava muito mais abatida do que o normal. A dor estava no número cinco, o que geralmente a fazia dormir o dia inteiro e falar apenas por códigos ou nem isso. Suas palavras também se embaralhavam por conta da doença e Harry tinha que se aproximar o máximo do ouvido em sua boca para escutar.
- Encontre alguém que não seja tão ausente quantos eu fui--- para as cri... não consigo
- Alguém que seja presente para as crianças? – Completou, sentiu Ginny balançar a cabeça levemente.
- E que seja bom para você também.
Harry afastou a cabeça e sorriu para esposa. Pela primeira vez, exausto é sobrecarregado se deixou observar p estado em que ela estava e se permitiu doer. Chorou naquele dia, como se ele fosse doente. Ginny deixou que ele deitasse a cabeça em seu peito magro, cheio de aparelhos e encontrou toda a força que tinha para fazer um cafuné em seus cabelos.
- Só não se esquece que eu também te amo, quando encontrar alguém novo. Vai esquecer?
Harry balançou a cabeça, seguido de um soluço. Ginny segurou seus dedos novamente.
- Você está indo bem, Harry."
-x-
- James?
Quando Draco abriu a porta naquela manhã, pós-aniversário de Scorpius, ele não esperava que fosse o mais velho dos Potter parecendo ter visto um fantasma de tão assustado.
- É meu pai, eu não sabia quem chamar. Ele não acorda e parece estar delirando.
Draco não deu chance nem do garoto concluir. Puxando o roupão para a frente do corpo e berrando ao filho que voltaria logo, correu pelo quintal até o outro lado da cerca, para saber o que estava acontecendo.
- Ontem ele estava esquisito, mas eu pensei que ele só estivesse cansado. – Disse James, enquanto ele subiam as escadas.
Draco passou por Albus e Lily na sala, o irmão tentando dar mamadeira da mais nova sem que ela pedisse pelo pai em algum momento. Teddy estava no quarto de Harry, tentando acorda-lo quando chegaram.
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the kids are alright » au drarry mpreg
FanfictionTreze anos atrás, Draco Malfoy deixou sua cidade natal para se encontrar e fugir das amarras de sua família. Agora ele tem basicamente tudo em ordem, uma casa longe de todos, seus livros como autor de Terror publicados e criando seu filho em paz. M...