Quando Cal veio para casa, enrolado em seu cobertor de bolinhas verdes parecendo um burrito grande, colocado em seu berço reformado por James, seu irmão mais velho, digamos que... Draco Potter-Malfoy entrou em pânico.
Se ele pudesse abrir os pontos ainda recentes na sua barriga e colocar a criança lá dentro novamente, ele claramente faria isso. Ele não tivera experiências totalmente sozinhas quando Scorpius nasceu, ele tinha Astoria e pelo menos umas duas babás - a pedido a ex-esposa - para cuidar do garoto e quando esse e ele vieram a morar sozinhos, ele já era um rapazinho de três anos.
Draco não sabia nada sobre recém-nascidos e a cada vez que Cal chorava por algo que não se era possível imaginar o motivo, o loiro chorava junto.
- Eu não sei o que fazer, ele está limpo e alimentado. - Choramingou quando Harry entrou no quarto, Cal estava sobre a cama do casal, chorando alto e estridente. Os braços miúdos se debatendo para os lados, visivelmente irritado.
O moreno se aproximou da criança, as mãos ao redor do pequeno corpo. Ele conhecia cada choro e seu significado, fome, sono, sentimentos, manha e dor. Aquele com certeza era um choro de dor, seu bebê estava desconfortável, embora o macacão quentinho estivesse até mesmo um pouco largo.
- Oh não, esse patinho está sentindo uma cólica daquelas. - Sussurrou para o bebê, Draco pensou em como Cal escutaria chorando tão alto, mas isso não impediu de Harry continuar conversando com ele.
Draco se sentou no carpete, os braços apoiados na cama enquanto ele observava Harry esquentar as mãos e massagear a barriga de Cal levemente, nunca parando de contar coisas a ele, de dizer o quanto ele era amado e que a dor desapareceria em breve.
- Seus irmãos estão todos lá embaixo escrevendo coisas para o Natal, acontece essa semana, sabia? - Disse baixinho, Cal ainda chorava, mas com menos força do que agora. - Eu posso escrever alguma coisa para você, o que você acha?
Draco riu baixo, era doce a forma como Harry dizia as coisas como se o bebê entendesse o que eram presentes de Natal e cartas para Papai Noel. Deitou levemente a cabeça apoiada no seu braço, mais calmo com a situação agora.
Mas tampouco Draco diminuiu as expressões preocupadas e Cal começou a chorar com força mais uma vez. Harry respirou fundo.
- Certo, certo, tudo bem patinho. Eu também não gosto muito de massagens, vamos tentar outra coisa. - Harry se levantou e Draco se pôs de pé também. O rapaz pegou a criança chorona nos braços e se deitou na cama, colocando-o de bruços em cima do seu peito.
O loiro se sentou ao lado, puxando uma manta macia em cima dos dois. Harry sorriu.
- Obrigado papa. - Cal se remexeu inquieto em cima do pai. Draco pousou sua mão nas pequenas costas e repetiu o que Harry estava fazendo antes, movimentos lentos e circulares. Harry sorriu levemente.
- Eu não sei cantar aquelas músicas em francês como o seu pai aqui, mas eu tenho algumas que seus irmãos gostavam. - Ele voltou a conversar calmo, por cima de todo o choro.
Harry era um pouco desafinado, mas mesmo assim cantou sua canção sobre alecrins dourados para Cal que foi se acalmando gradativamente, Draco continuou massageando e depois de decorar a canção do marido, percebeu seu bebê dormindo profundamente. O moreno piscou para ele.
- Você é muito melhor nessas coisas do que eu. - Disse o loiro, afastando os cabelos dourados de Cal de sua testa.
- Eu só tenho um pouco mais de experiência, aposto que da próxima vez nem vai precisar da minha ajuda. - Respondeu baixo, o bebê ressonava calmamente sob seu peito.
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the kids are alright » au drarry mpreg
Hayran KurguTreze anos atrás, Draco Malfoy deixou sua cidade natal para se encontrar e fugir das amarras de sua família. Agora ele tem basicamente tudo em ordem, uma casa longe de todos, seus livros como autor de Terror publicados e criando seu filho em paz. M...