oh, you know you can't go on thinking 'nothing is wrong'

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Draco nunca passou seu tempo em hospitais. Quase não se machucava e muito menos ficava doente quando era criança, teve catapora uma vez apenas e nem precisou de internação.

Harry era o doente. Uma brisa que passasse entupia seu nariz e a gravidade não era muito sua amiga. Draco se lembra quando o rapaz tropeçou no chão reto e ralou metade do rosto. Ele ficou parado olhando o namorado choramingar no chão se perguntando como aquilo tinha acontecido.

Oh, certa vez Harry precisou ficar dois dias no hospital por conta de uma infecção estomacal. Draco ralhou com ele em toda sua estadia no lugar porque  deveria ser mais cuidado com as porcarias que comia. Não adiantou de nada, no dia seguinte em que recebeu alta, Harry estava sentado na lanchonete mais suja que ficava ao lado do colégio.

Draco não sabia se estava tendo aquelas lembranças em sonho ou se estava realmente acordado. Escutava vagamente algumas pessoas, conhecidas e não, sua boca estava amarga e a garganta seca. Tudo estava dolorido, como se não pudesse nunca mais se mover novamente. Mas, alguma coisa nele se mexia e como aquele pequeno cutuque o fizesse se lembrar, pensando que - Graças aos céus e tudo que havia nele - aquela parte em si estava bem viva.

Foi apenas preciso um remexer na cama para uma mão quente segurar a sua. Nem precisava abrir muito os olhos para encontrar um sorriso de criança mais feliz por ele ter acordado do que um bebê quando vê as luzes de natal pela primeira vez.

- Não foi dessa vez que se livrou de mim, Potter. - Disse, e percebeu que sua voz estava arranhada.

- Eu iria te buscar aonde estivesse e te traria de volta pelos cabelos se precisasse. - Os olhos verdes diminuíram.

- Você é um homem das cavernas, Harry James.

A fisionomia de Harry mudou de brincalhona para pensativa agora. Conhecia seu marido, sabia que ele usava das piadas e do sarcasmo para esconder o que realmente sentia dele. A conexão foi pega por Draco que logo decidiu dissipar as preocupações.

- Eu estou bem, doce. - Sua voz não parecia confiável, mas era só a rouquidão da garganta seca.

Harry se sentou no pé da cama, esquentou sua mão antes de colocar sobre a barriga de Draco. Cal estava mostrando sua energia se mexendo sob a mão do pai, o homem soltou um suspiro que tinha muito mais que alivio.

- Vocês são fortes. Nunca duvidei disso, mas Teddy se nega a me contar o que houve, James não me convence. Como foi que tudo isso aconteceu?

Harry estava muito calmo, mesmo assim fez o coração de Draco começou a martelar. Parando para relembrar, tudo foi por um descuido, era difícil de explicar ao seu marido que o filho dele aparentemente não iria baixar a guarda para acabar com as brigas e aquilo estava subindo a níveis exorbitantes.

- Certo. - Ele encarou Harry.

Silêncio.

- Certo...? - O moreno queria uma resposta. Para por um fim naquele assunto.

- Você poderia trazer Lily? Eu estou com saudades do bebê.

- Draco nós estávamos no meio de uma conversa--

O loiro pousou a mão na testa.

- Eu só estou cansado para assuntos assim.

Harry mordeu o lábio. Concordou com a cabeça. Quando entrava naquele modo, não adiantava insistir. Sua mão deixou a barriga agitada e Draco sentiu a perda do calor, sabia que tinha irritado o marido mas não achava as palavras certas pra explicar.

A cama fez barulho quando o rapaz se levantou e pôs seu casaco em silêncio. Draco fez um grande bico ao ser beijado longamente na testa. Mesmo que fosse por um breve tempo, não queria que o seu doce fosse embora.

the kids are alright  » au drarry mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora