Scorpius gostava das luzes de Natal que sua avó decorou a sala de estar aonde ele e seu irmão estavam enquanto escutava seu pai cantar docemente Hallelujah no piano ao seu lado esquerdo. Sua vó parecia paralisada ouvindo a canção, ela apenas pediu para que Draco se sentasse no piano e cantasse a canção para que escutasse.
Draco havia prometido ao filho que seria uma visita rápida e sem muitas conversas, eles só iriam dar um beijo em vovô Lucius e pegar o presente que eles sempre deixavam para o pequeno embaixo da árvore. O garotinho estava preparado para uma sessão de discussões e ele estava treinando em segurar Cal direitinho para quando seu pai e avó começassem a brigar feio, ele pegar o bebê e ir na cozinha ver se Lorey havia preparado algum doce gostoso.
Mas, por incrível que pareça, Narcissa quase chorou ao ver os seus meninos na porta. E ela abraçou Draco. Com braços apertados. O loiro nem mesmo soube como retribuir, ele apenas ficou parado torcendo para que Cal não estivesse sendo sufocado pelo corpo de sua mãe. Que para mais uma surpresa, tirou Cal do canguru onde Draco o levava e o segurou no colo.
Nesse momento até mesmo Scorpius levou sua mão até a boca.
Narcissa nunca teve uma reação boa em relação a Cal nenhuma única vez e Draco teve medo de que ela pegasse o bebê nos braços e o afogasse na pia. Mas a mulher que nesse dia estava usando seu vestido verde de veludo, com uma fenda discreta até a metade da perna e seus cabelos, agora com idade, platinados, soltos - algo que também era estranho, Sra. Malfoy sempre estava com seu coque trançado é perfeito na cabeça. - e ela segurou o bebê nos braços, acalmou Cal quando esse estranhou a pessoa que o segurava, elogiou seus cabelos dourados e sentiu o cheirinho do seu macacão vermelho. Narcissa Malfoy se emocionou ao segurar pela segunda vez seu neto renegado.
Draco deslizou para a última nota e quando sua mãe levantou a voz para dizer algo, ele a interrompeu. Virando seu corpo para fora do banco do piano.
- O que está acontecendo? Você ou papai estão doente? O que aconteceu?
A mulher pareceu desconcertada, logo puxando seu longo cabelo para trás, ajeitando o desnecessário.
- Draco, é apenas natal e você não vem aqui há séculos. Eu apenas me emocionei, não veja coisas aonde não tem meu filho.
Draco e Scorpius se encararam.
- Você me pediu para cantar para você, segurou Calleb no colo sendo que você ignorou a existência dessa criança por nove meses e está cheia de abraços e de frases com Meu Filho incluída. Não sei em que universo paralelo estamos, mas você certamente não é minha mãe. - Draco errou ao rir no final da frase, porque sua mãe pareceu ofendida.
A mais velha puxou Scorpius pelo braço.
- Vamos petit, appelez votre grand-mère pour le dîner.
Scorpius concordou com a cabeça antes de dar uma breve olhada para o pai e sair batendo seu coturno preto de vinil pelo carpete caro da mansão.
- Nós não vamos jantar aqui, mamãe. Harry está me esperando na casa dos Potter e os Weasley estão lá porque Hermione e Ron... Enfim, pessoas que você não se importa, mas estão nos esperando.
Narcissa pegou Cal adormecido nos braços, ele caiu no sono poucos segundos após Draco começar a cantar, e o colocou sobre o seu ombro, ignorando o filho. O loiro suspirou, estava segurando o celular para alertar sobre seu atraso e supostamente o não-aparecimento, porque quando sua mãe agia daquela forma, como se ele não existisse, era difícil convencê-la de algo.
- Eu sei Draco, fui uma mãe relapsa durante todo esse tempo. Mas quando você vê Cal, não pensa em um mundo todo planejado e perfeito para que ele viva?
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the kids are alright » au drarry mpreg
FanficTreze anos atrás, Draco Malfoy deixou sua cidade natal para se encontrar e fugir das amarras de sua família. Agora ele tem basicamente tudo em ordem, uma casa longe de todos, seus livros como autor de Terror publicados e criando seu filho em paz. M...