Desde os últimos acontecimentos, novos vigilantes foram surgindo em Paris, fazendo com que a cidade se transformasse em um palco de lutas por todo o lado durante à noite. Ladybug, Chat Noir e seus parceiros tomam posições diferentes quanto à isso, c...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ladybug bateu o recorte no peito dele com força e chegou mais perto.
- Não pensei que fosse capaz disso. Quero dizer, na verdade eu pensei. Mas me enganou dando a entender que não foi você. E isso, eu pensei que não fosse capaz de fazer.
- Assim como eu não pensei que você fosse me apunhalar pelas costas. Tem ideia de como eu me senti?
- Infelizmente, sim. - bateu novamente o recorte no peito dele, porém dessa vez Chat Noir deu um tapa na mão de Ladybug, a tirando de si. A azulada permaneceu o encarando completamente irritada. - Você é um hipócrita metido!
- E você é uma traidora mentirosa! - Marinette não pensou duas vezes em desferir um tapa no rosto do loiro, que virou a cara com o impacto. - Não acredito que fez isso!
- O quê? Dar o tapa ou te apoiar quando soube que seu pai era um vilão que quase nos matou em busca de poder?
- Você sabe que não tem nada a ver com o assunto. - disse cerrando os dentes. Ladybug deu as costas e foi saindo ao lado de Queen Bee e Tortue. - Não pode ir assim!
- Claro que posso. Esqueceu do que me disse? - disse olhando apenas por cima do ombro, sem virar na direção dele - Não é só a equipe que está separada. - por fim os três pularam no prédio a frente e sumiram entre as construções.
Adrien grunhiu de raiva e socou a parede próxima.
- Essa situação já está pior do que eu imaginava. - Peacock disse e Volpina se aproximou.
- É, parece que é a hora de escolherem seus lados.
*
Marinette abriu os olhos lentamente, se acostumando com a claridade do seu quarto. A garota sentou na cama e esfregou os olhos. Respirou fundo logo em seguida, desejando não precisar sair dali e ficar para sempre em baixo das cobertas.
Assim que levantou, deu de cara com o porta-retrato que tinha uma foto dela e de Adrien. Rapidamente virou a foto de maneira que ela não visse mais. Já que infelizmente, seu relacionamento tinha acabado do pior maneira possível.
Sua mãe havia perguntado sobre Adrien no café da manhã, e a azulada quase caiu no choro na frente dos seus pais.
- Não estamos mais juntos. - disse sem tirar a atenção do croissant que ela comia. Que por ironia, era uma das comidas favoritas de Adrien.
Tom e Sabine trocaram um olhar preocupado, mas decidiram não tocar no assunto que parecia tão delicado para Marinette.
O resto do dia da garota se resumiu a ficar trancada no quarto desenhando e costurando, que era o que fazia a garota se distrair.
- Marinette, tem certeza que não quer conversar? - Tikki sentou no caderno da azulada e a encarou.
- Tenho, Tikki. - a kwami suspirou entristecida, mas resolver não falar mais nada.
*
- Olha, eu entendo que nós estamos contra a ideologia do Adrien, mas ele e a Mari terminar por causa disso é loucura. - Chloé falou, sentando na cama de Nino.
- Também acho. Mas aqueles dois, quando metem algo na cabeça, é totalmente complicado de tirar.
- E você e a Alya? - o moreno suspirou.
- Ela não está falando comigo. Não quero que nosso relacionamento termine, mas seria bem mais fácil se ela atendesse minhas ligações.
- Porque não vai na casa dela então?
- Boa ideia. Farei isso à noite.
Do lado de fora da janela, Alya viu a cena de Nino e Chloé conversando animadamente no quarto do rapaz. A morena colocou as mãos nos bolsos, respirou fundo e deu as costas, caminhando de volta para casa.
Não queria acreditar na cena que havia visto. Ela tinha ido na casa do namorado para falar sobre o relacionamento dos dois, já que seu celular estava quebrado e era bem melhor conversar pessoalmente. No entanto, se deparou com Chloé lá.
Alya não sabia o que pensar. Só sabia que precisava mais do que nunca se concentrar na nova guerra civil.
*
Adrien estava deitado em sua cama e encarando o teto, completamente entediado.
- Eu acho não entendo você e a Marinette. Brigaram por uma coisa tão boba. - Plagg disparou. O loiro apenas suspirou e continuou na mesma posição que estava.
- Se acha que foi uma coisa boba, então quer dizer que você realmente não nos entende.
- Porque vocês simplesmente não conversam e fazem as pazes?
- Porque ela errou feio comigo. E tá, talvez eu também tenha exagerado, mas o que ela fez não foi nada legal.
- Não vou discutir com você, afinal, sou apenas seu kwami. Posso opinar nas escolhas do Chat Noir, mas com o Adrien, só posso aconselhar. - o loiro sentou na cama.
- E qual seria seu conselho para a situação atual?
- A vida não é um conto de fadas, nenhuma pessoa é perfeita, nenhum relacionamento será totalmente perfeito e não existem finais felizes. A vida ás vezes é dura, as pessoas ás vezes erram, a felicidades ás vezes duram pouco e os finais a maioria das vezes machucam. Nenhum relacionamento é só amor, paixão e perfeição. Todo relacionamento tem suas fases boas e suas fases ruins, tem seus altos e baixos. Esqueça os contos de fada e se concentre na realidade: o amor é imperfeito. Você vai amar, vai rir, vai chorar e vai voltar a sorrir. Vai ter amor, vai ter carinho, vai ter beijos, vai ter erros e vai ter perdão. Se é realmente amor você tenta, você suporta, você aguenta, você não desiste. Se é realmente amor vocês vão superar os obstáculos, vão vencer as dificuldades, vão dominar os contratempos, vão suportar a turbulência.
- Uau! De onde você tirou isso?
- O quê? Porque acha que eu tirei... Ah, esquece! Foi de um dos seus livros. Agora, boa noite.
*
A noite parisiense estava calma e iluminada, como sempre. Uma brisa fraca fazia com que os cabelos da loira voassem a medida que ela se deslocava pelos prédios.
Queen Bee, então, parou com as pernas flexionadas de maneira delicada no teto do local e ficou de pé.
- Está atrasada.
- Eu sei, eu sei. Mas foi difícil conseguir isso. - a loira entregou o envelope para a garota em sua frente, que o segurou e deu um sorriso de canto - Analise esses e depois me diga o que acha.
- Pode deixar comigo, Chloé.
*Créditos da frase (adaptada) do Plagg: Bárbara Flores
