• Capítulo 20

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A noite chegou, e com ela a despedida de Nat que tivera uma ótima tarde com a família Marinho, riram por de mais, dona Mayara passou o tempo inteiro com um sorriso instalado no rosto, já estava a fantasiar coisas, talvez seu filho pudesse ser o primeiro a lhe dar um netinho.

— Cheguei – Nat diz abrindo a porta de madeira pintada com verniz. A sala estava toda escura, o único cômodo iluminado era o seu quarto, logo estranhou indo pra lá. — Rose?

Seus olhos se arregalaram ao ver o estado que sua amiga se encontrava, os olhos escuros de Rose estavam cheios de lágrimas juntamente ao globo ocular vermelho.

— N... at – A amiga se encolheu no canto da parede abaixando a cabeça, enquanto soluçava completamente devastada.

— Meu Deus – Correu de encontro a mulher puxando a pelos braços, logo em seguida abraçando a — Me desculpa.

— Onde você estava? Fiquei preocupada... Pensei que você tinha me... Me abandonado como da última vez – Respirou fundo tentando controlar o choro entalado na garganta

— Minha flor, me perdoe. Isso não ira mais acontecer – Acariciou as tranças da mulher sentindo um enorme aperto no coração. Enquanto e divertia com a família Marinho sua amiga se preocupava com a sua pessoa.

— Onde você estava? – Levantou o rosto abatido para encarar Nat

— Estava resolvendo algumas coisas... Saí de madrugada, não queria acordar você. Sei que poderia ter deixando algum recado, mas nem tive tempo para pensar nisso – Lamentou se rezando para que a jovem compreendesse.

— Com quem você estava? – Os olhos castanhos de Rose se alargaram o perguntando isso, ela estava com medo, pois sempre se metia nas enrascadas de Nataly.

— Não se preocupe, não irei lhe envolver em meus assuntos.

Rose queria gritar que já estava envolvida o suficiente, porem se manteve calada, pois sabia que sua amiga tinha o direito de esconder as coisas dela, assim como Rose acabara de obter esse direito ao fazer algo que não deveria ter feito.

••

— Está apaixonadinho irmão – Mia Azucrinava nos ouvidos de Adrien que estava pensativo, ou em estado do transe de amor, como chamava Mia.

— Não seja criança – Resmungou fechando os olhos ao levar um belo tapa na cabeça

— Ridículo – Revirou os olhos tendo um breve pensamento em Conrado, esse que sempre a chamava de criança.

— Mia vai procurar o que fazer lavar uma louça que hoje não estou pra brincadeira – Esticou suas pernas no sofá de couro que havia na biblioteca, acabou por jogar Mia no chão, pois a mesma estava encolhida no canto do sofá com o notebook em cima de seu joelho.

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