A noite chegou, e com ela a despedida de Nat que tivera uma ótima tarde com a família Marinho, riram por de mais, dona Mayara passou o tempo inteiro com um sorriso instalado no rosto, já estava a fantasiar coisas, talvez seu filho pudesse ser o primeiro a lhe dar um netinho.
— Cheguei – Nat diz abrindo a porta de madeira pintada com verniz. A sala estava toda escura, o único cômodo iluminado era o seu quarto, logo estranhou indo pra lá. — Rose?
Seus olhos se arregalaram ao ver o estado que sua amiga se encontrava, os olhos escuros de Rose estavam cheios de lágrimas juntamente ao globo ocular vermelho.
— N... at – A amiga se encolheu no canto da parede abaixando a cabeça, enquanto soluçava completamente devastada.
— Meu Deus – Correu de encontro a mulher puxando a pelos braços, logo em seguida abraçando a — Me desculpa.
— Onde você estava? Fiquei preocupada... Pensei que você tinha me... Me abandonado como da última vez – Respirou fundo tentando controlar o choro entalado na garganta
— Minha flor, me perdoe. Isso não ira mais acontecer – Acariciou as tranças da mulher sentindo um enorme aperto no coração. Enquanto e divertia com a família Marinho sua amiga se preocupava com a sua pessoa.
— Onde você estava? – Levantou o rosto abatido para encarar Nat
— Estava resolvendo algumas coisas... Saí de madrugada, não queria acordar você. Sei que poderia ter deixando algum recado, mas nem tive tempo para pensar nisso – Lamentou se rezando para que a jovem compreendesse.
— Com quem você estava? – Os olhos castanhos de Rose se alargaram o perguntando isso, ela estava com medo, pois sempre se metia nas enrascadas de Nataly.
— Não se preocupe, não irei lhe envolver em meus assuntos.
Rose queria gritar que já estava envolvida o suficiente, porem se manteve calada, pois sabia que sua amiga tinha o direito de esconder as coisas dela, assim como Rose acabara de obter esse direito ao fazer algo que não deveria ter feito.
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— Está apaixonadinho irmão – Mia Azucrinava nos ouvidos de Adrien que estava pensativo, ou em estado do transe de amor, como chamava Mia.
— Não seja criança – Resmungou fechando os olhos ao levar um belo tapa na cabeça
— Ridículo – Revirou os olhos tendo um breve pensamento em Conrado, esse que sempre a chamava de criança.
— Mia vai procurar o que fazer lavar uma louça que hoje não estou pra brincadeira – Esticou suas pernas no sofá de couro que havia na biblioteca, acabou por jogar Mia no chão, pois a mesma estava encolhida no canto do sofá com o notebook em cima de seu joelho.
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Contradições do Amor
RomanceMia, uma mulher determinada que luta por aquilo que quer; se ver em uma contradição entre aceitar continuar a morar com seus pais, ou sair de casa para alcançar sua independência. Mia é mal vista pela sociedade que a olha feio por ser negra e ter pa...