• Capítulo 17

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Nat dormia de mal jeito em um colchão velho no chão

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Nat dormia de mal jeito em um colchão velho no chão. As duas mulheres moravam em uma quitinete de dois quartos e uma sala embutida na cozinha, enquanto o banheiro ficava entre o quarto das duas.

A semana foi puxada para as duas amigas, recebiam telefonemas, email em outros idiomas, e tinham de anotar coisas que nem sabiam o que eram, o que lhes salvou foi a internet.

O toque do celular ecoa por todo o quarto fazendo Nat pular de colchão assustada.

— Argh, toque maldito! – Apertou seus olhos tentando enxergar que horas eram — Quem é o idiota que esta me ligando às onze da noite?

— Seu chefe. O dono da empresa que a senhorita trabalha – A voz de Adrien soou séria

— Oh, Senhorita Jamia? – Estava bêbada de sono, deitou novamente com o celular encostado na orelha

— Não, Não. Adrien.

Nataly estava quase dormindo novamente, na linha telefônica só ouvia se a respiração dos dois.

— Acho melhor você abrir a porta – Sugeriu despertando a mulher

— Como? – Arregalou seus olhos levantando do colchão — Você esta em minha casa? – Esqueceu toda sua formalidade

Nat se olhou no espelho vendo sua grande juba tomar conta de seu rosto, vestia uma camiseta masculina grande que chegava no meio de suas coxas. Com certeza não daria tempo para se ajeitar, a mulher também não se importava, queria saber o que levaria um homem como aquele à uma favela em plena onze da noite.

Calçou seu chinelo havaianas e abriu a porta de madeira encarando os olhos verdes que mais pareciam esmeraldas brilhantes

— Pensei que não abriria mais essa porta. – Entrou na quitinete olhando em volta, toalhas jogadas no chão, algumas caixas com poucos móveis dentro. Uma mesa no centro junto com dois puff e uma poltrona, do outro lado havia a cozinha com apenas um fogão, geladeira, e a pia. — Com o dinheiro que recebe daria para arrumar essa... Esse lugar

— Desculpa, mas você veio aqui para analisar minha casa ou ... Espera, por que esta aqui? – Não sabia se cruzava seus braços ou se encostava na parede

— Estava analisando alguns documentos e... – Abriu sua maleta preta tirando de lá uma pasta com vários papéis — Encontrei isso.

Nataly temeu que fosse os seus documentos, seria Adrien tão esperto para perceber o documento falsificado ou seria ela tão burra ao ponto de acreditar que ele não descobriria nada?

••

— E assim conseguiríamos armas mais potentes – Conrado terminara de falar sendo aplaudida por todos no salão

— Mais a Coréia do norte não esta aberta a negociações, como pretende fazer com que eles mudem de idéias?

O acionista majoritário perguntou aguçando a curiosidade de muitos em volta, até mesmo de Mia.

— Bem, apresentaríamos nossas potências de armas a eles, principalmente o novo projeto de míssil que estamos a fabricar. Tenho certeza que ficaram interessados, ainda mais se mostrarmos a oferta com os estados unidos, esse pais que eles tomam como adversário.

Todos então aplaudiram novamente impressionados com a facilidade que Conrado tinha para elaborar tudo.

— Muitos testes de armas, mísseis, e bombas que a Coréia do norte fizera não tiveram sucesso, porque apostar em algo assim? – Pablo perguntou cruzando seus braços o olhando maldoso

— E por que não apostar? – Respondeu com uma pergunta descendo do pequeno palco a qual estava deixando o salão junto com todos que estavam a comemorar

— Conrado espera – Ouviu a voz de Mia chama-lo, porém o mesmo continuou a andar fazendo com que a mulher tirasse seu salto se pondo a correr atrás dele — Você esta surdo?

— ...

— Esta me dando um gelo? Não acredito... Depois eu que sou una criança cheia de infantilidades – Parou de andar captando a atenção de Conrado

— Você sabia que Pires tem trinta anos? – Parecia estar com raiva

— Não, e mesmo se soubesse, o que eu tenho a ver com o Pires? E desde quando a idade importa Conrado...

— Me deixe Mia – Lhe deu as costas se voltando a andar

— Não da para continuar assim, estamos agindo como crianças – Acompanhou o Russo — Não irei ficar correndo atrás de macho

— O problema é que se estivéssemos namorando seria tudo diferente – O russo soltou se arrependendo logo em seguida ao ver a expressão de pavor que Mia fez

— Isso, não. – Disse parada no hall de entrada

— Por que não? Qual é o seu medo? – Perguntou não obtendo respostas

— Irei dormir... Esta tarde! – Entrou no quarto suspirando logo em seguida, teria de dormir ao lado de Conrado, esse que estava pensativo lá fora.

••

— Chegou cedo minha filha – Mayara abraçou Mia apertando a em seus braços

— Tudo ocorreu bem. Então não tinha o porque de nos demorar em São Paulo. – Sentaram-se no sofá para conversar

— Que bom! Agora poderá visitar seu pai – Disse com a voz empolgada

— Ele esta melhor mãe?

— Sim – O sorriso tomou a face das duas mulheres

— Onde esta Adrien? – A negra perguntou

— Eu não o vi desde ontem, talvez ele tenha tomado vergonha na cara e esteja namorando – A mãe comentou feliz com a possibilidade — Eu quero netinhos para cuidar

— Mãe!

— Dona Mayara – Conrado cumprimentou Maya que o deu um largo sorriso

— Que bom lhe ver Conrado, peça ao motorista que leve suas malas – Falou observando o Russo

— Não precisa – Disse ao motorista que fez menção de pegar suas malas — Eu me viro

Subiu as escadas com um pouco de dificuldade deixando as moças conversarem em paz.

— Filha... Não deixe Conrado ir, esta difícil encontrar homens com boas intenções hoje em dia.




EU REALMENTE NÃO CONSIGO FAZER UM CAPÍTULO GRANDE

Pra mim cada capítulo tende acontecer algo. E ponto 😂

Ai Meu Deus, estamos no capítulo dezessete, como isso aconteceu? '0'

Beijos 💋

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